2° Tem. 26 capítulo

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LUDMILLA

Com a chegada tão repentina do anoitecer, nem mesmo me dei conta do que realmente aconteceu durante todo o dia,  muito menos quando foi que Luane terminou seus afazeres e foi embora. Ela estar me ajudando aqui nesses últimos dias, é o que tem me salvado. Não estou na minha melhor forma e isso se recebe pelo simples fato de que não tenho conseguido manter uma instabilidade de dois dias seguidos. Sem a menor sombra de dúvidas, aquele tiro realmente acabou comigo. Preciso urgentemente alcançar o intermediário que liga a minha sanidade ao senso de moralidade juntamente ao raciocínio lógico. Enquanto não conseguir fazer que esses três caminharem juntos em uma via de mão única, eu estou completamente fudida e nem é da maneira que gostaria.

A conversa com a Mia dois dias antes de deixar sua casa, foi bem esclarecedora e prática, porém não é tão simples executar o que me foi pedido. Toda vez que mergulho em algum acontecimento passado, é como se eu estivesse realmente o vivendo novamente. Não consigo sair dele, muito menos aceitar que seja apenas uma ilusão. Ao menos já ficou claro que o gatilho principal para prender em tal crise mental, é o disparo de uma arma de fogo, o que com certeza me deixa fora das ações em ruas por um bom tempo. Na verdade, se isso continuar assim, é possível que eu jamais possa voltar a liderar algumas missão. No fim das contas, Brunna não precisa mais se preocupar com a minha prisão, a não ser que decidam invadir um dos vários alojamentos que possuo e dêem há 7 de mim prender tem flagrante, devido às operações que exerço ou exercia em cada um deles. Acho que não podem mais exigir a minha cabeça a prêmio, uma vez que todas as novas ações são feitas em prol do Governo militar, serviços pelos quais estamos recebendo muito bem e não devemos o porquê de mudar o nosso nomeia que é ele quem nos dar tamanho poder e liberdade para agir. Para que a minha bênção possa ser concretizada, Precisariam me pegar em uma das minhas antigas tarefas e como elas não existem mais, seriam obrigados a armar algo, para só então terem a chance de jogar sobre mim, todas as provas do crimes já passados.

Brunna. Ainda não acredito que precisou de tudo isso, para que ela aceitasse que somos um casal improvável e que mesmo assim vai sempre estar unido de alguma forma. Não importa o que possa acontecer, no fim de tudo, sempre será a gente contra o mundo.

Viajando a um motivo pelo qual acabamos em separação, foi o que me fez pensar em mudar um pouco a minha área de trabalho. Era meio óbvio que para darmos realmente certo, uma de nós teria que desistir do que faz de melhor e assim como eu, ela jamais deixaria sua carreira morrer. E mesmo que essa fosse uma opção, eu jamais a pediria isso. Tudo o que sempre quis desde que a conheci, foi vê-la bem e feliz, e com certeza não seria possível obter os dois, se exigisse tal feito da parte dela. Assim como a mesma, eu também não gostaria de deixar a minha área e da mesma forma que não o faria, também não ouviria um pedido formal vindo da parte dela, para que eu saísse dessa. Porém, Eu A Amo demais para aceitar um fim tão tosco e se para tê-la de volta, fosse necessário deixar de lado os meus afazeres dentro da máfia mais famosa em vários países e que levava a si, o nome do meu pai. Eu o faria de bom agrado. Por ela, já havia virado as costas a ele uma vez e não me importaria de repetir o ato, se com isso, a tivesse novamente ao meu lado. Mas parece que os grandes estavam a meu favor, já que surgiu a oportunidade de continuar fazendo o que faço de melhor sem se preocupar com a lei e de forma alguma eu poderia me negar. Iria aproveitar a chance recebida e chegar ao ponto que desejava. Só não estava esperando por um disparo covarde. O importante é que agora estou bem ou tentando caminhar para ficar.

Em casa, tomei um banho demorado e relaxante antes de cair na cama para tentar descansar o corpo e principalmente a mente, a qual raramente tem me ajudado desde aquele maldito tiro. Entender o que a Mia explicou, foi muito fácil e simples, porém colocar em prática já se tornava uma situação completamente oposta e controversa. Seria algo praticamente impossível. Na realidade o motivo para que nada de ruim tenha acontecido ainda, é o fato da Brunna está sempre presente ememomentos oportunos. Até parece que a mesma onda prevendo o que vai e quando vai acontecer, e talvez seja esse o motivo para que eu não consiga ou não queira encontrar o ponto chave que me livraria de toda essa merda. Mais isso seria possível? Se esse é o meu pensamento, porque simplesmente não chegar a tal ponto que me livrar desse enorme problema que chegar até ela por conta e risco próprio? Não estou conseguindo me entender como deveria. E com certeza ser presa ao que minha mente jogou com um dejavú, não era algo que serveria de ajuda.

Flashback On

Bru: Ela estava viva esse tempo todo Lud - Sussurrou e seus olhos já estava visível as lágrimas que se formavam.

Lud: Por que não vai falar com ela? - Perguntei e antes que pudesse obter qualquer resposta, ouvi dois disparos. Bru olhou para baixo e abriu um meio sorriso, caindo em seguida nos meus braços - Bru? Por favor, olha para mim...

Flashback Off

Sendo pega de surpresa, dei um sobressalto sobre a cama e deixei o apartamento o mais rápido que consegui, já com a chave da moto em mãos. Montando sobre o possante de duas rodas, não pensei duas vezes antes de acelerar o máximo possível na ocasião.

Para onde eu deveria ir? Qual seria o lugar onde encontrá-la?

Não obtendo respostas, seguir para o local onde conseguiria a ajuda necessária para qualquer problema. Em pouco tempo, já estava deixando a moto no estacionamento do prédio e subindo até o andar do apartamento da Larissa, no qual nome de força ou perdi tempo tocando a companhia, apenas me fiz ser ouvida da forma que julguei ser importante e mais rápida. Cerca de dois minutos depois ou menos, o encosto já estava abrindo a porta e me fuzilando com o olhar.

Lari: Tá querendo que eu seja expulsa do meu próprio apartamento por desordem, demônio? - Disse ríspida, sem humor algum, porém eu não me importei, não era por isso que vim parar aqui.

Lud: Sabe onde a Brunna está? Preciso falar com ela - Saiu em sequência, sem pausa alguma e respirando fundo, me deu as costas caminhando para cozinha.

Lari: Brunna? Tem uma desgraça ambulante te procurando aqui! - Disse em alto e bom tom antes de sumir da minha frente. Estava pronta para mata-la pela forma como me anunciou quando a loira se fez presente.

Bru: O que está fazendo aqui? - Questionou surpresa, porém a minha única ação foi simplesmente toma-la em um abraço apertado.

Lud: Você está bem? - Perguntei minutos depois.

Bru: Estou sim, mas porque a pergunta? O que houve? - Voltou a questionar, agora preocupada e como um flash, vi todos os acontecimentos referentes a cena que me trouxe aqui e de brinde, senti uma forte dor de cabeça - O que você viu?

Lud: Você baleada nos meus braços - Saiu como facas rasgando a minha garganta. Somente a menção de tal fato, me doía como um inferno - Queria ter certeza de que era apenas mais uma ilusão.

Bru: Já conversamos Ludmilla, tudo isso são apenas fatos já acontecido, não precisa se preocupar com eles - Disse se sentando no sofá e me puxando para fazer o mesmo ao seu lado - Não vão te fazer mal algum.

Lud: Dessa vez foi diferente, parecia algo que ainda iria acontecer, como uma visão - Falei baixando a cabeça entre as mãos enquanto voltava mais uma vez no exato momento.

Bru: Essa bala já cicatrizou - Disse tomando minha mão na sua e a levando até seu peito, onde senti a cicatriz - E  o responsável por ela, estar aí, não pode fazer mais nada, graças a você. Eu estou bem e segura, já fez o que poderia ser feito por mim e agradeço por isso - Sorriu se deitando no meu colo e como senti falta de momentos como este ao lado dela...



Capítulo não revisado!

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora