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BRUNNA

Cheguei bem cedo na agência hoje, nem sei bem o porquê, só que foi uma exigência do meu pai. Não gostei muito, mas como ele é quem manda, não tive como não aparecer.

Estava fazendo uma ronda sem motivos por todo o local, não curto muito ficar igual uma estátua até o chefe decidir a hora da reunião ou seja lá o que ele vai começar a fazer, já faz um tempo que não chego a essa hora aqui, tenho chegado sempre no horário, mas nunca antes dele, isso desde que voltei do Brasil há mais ou menos um mês. Parei de observar todos os setores desse lugar e fui rever meus equipamentos, nunca se sabe quando vai sair em combate, né? Então é sempre bom estar preparado.

Lari: Oi amor? - Ela surgiu não sei de onde me abraçando - Que milagre aconteceu contigo, para chegar aqui antes do comandante?

Bru: Oi bebê - Me soltei do abraço - Exigências do próprio comandante - Respondi enquanto checava minhas armas - Ele quase me colocou para fora de casa a chutes essa manhã.

Lari: Sério? - Começou a rir da minha cara é lhe lancei um olhar mortal, fazendo ela parar um pouco - E por que ele fez isso?

Bru Não faço ideia, ele anda meio diferente desde que conheçeu a Ludmilla - Coloquei a minha 9mm no coldre e meu distintivo preso ao lado para calça - Sei lá, é como se ele soubesse de algo e não quisesse me contar, não sei o que pensar.

Lari estava para me dizer mais alguma coisa, mais foi interrompida pelo chamado do comandante, onde os mais experientes deveriam comparecer na sala de comando em cinco minutos e foi o que fizermos. Entrando em sua sala, fui logo me jogando em uma das cadeiras e a Lari fez o mesmo ao meu lado. Meu pai estava na ponta da mesa, com seu tablet em mãos, muito focado no que fazia, tanto que nem se deu conta que já estávamos todos ali, Caio foi o último a chegar.

Bru: Todos presentes senhor - Avisei e ele direcionou seu olhar a mim e em seguida aos demais, nunca o chamei de outra coisa aqui dentro, sempre fui muito profissional em relação a isso. - Podemos saber o porquê dessa convocação?

Jorge: Claro - Disse se levantando e deixando o tablet sobre a mesa, seguindo até o telão principal onde acionou algumas imagens - O que estão vendo, são informações detalhadas da máfia San Diego, à qual estamos tentando derrubar já faz um tempo, mas eles são esperto não deixam brechas e agem sempre em locais diferentes - Selecionou uma em específico, a deixando em uma resolução que ocupasse a tela quase que por completo - Esse homem, é o chefe deles, Nosso principal alvo.

Bru: Se já estão atrás dele há algum tempo, porque decidiu nos contratar apenas agora? - Soltei a pergunta que pelo menos metade dos Presentes se faziam.

Jorge: Porque vocês são os melhores em campo e precisamos organizar algo para pegá-lo em flagrante.

Bru: Resumindo você quer um infiltrado concluir e todos engoliram em seco, quando ele Assentiu, Com exceção de duas pessoas é claro eu e a Lary jamais nos abatemos por algo do tipo na verdade sempre quisermos isso mas nunca nos foi permitido Por isso a minha surpresa quando fui escolhida no Brasil, principalmente por saber que tinha dedo do meu pai naquilo tudo.

Caio: Mas senhor, nunca fizemos algo assim, não temos idéia de como proceder em uma situação dessas - Disse e encarando a todo momento sem desviar o olhar - Tem certeza do que está sugerindo?

Jorge: Tenho total certeza, por isso vou lhe dar uma semana para que decidam quem de vocês será o meu infiltrado - Disse olhando diretamente para mim - Estão dispensado.

Bru: Não precisa de uma semana - Falei ignorando o que ele disse - Posso muito bem encarar essa missão, já tenho a experiência necessária.

Caio: Tá falando da missão fracassada no Brasil? - Ele provocou - Sabemos disso.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora