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Ouvir isso, foi como se estivessem me atingindo com um cruzado de direita acompanhado de um soco inglês bem no meio da cara.

Bru: Eu ouvir isso bem? Estamos falando em salvar a vida dela e você me fala que precisamos matá-la? - Soltei tudo de uma vez só, não estava conseguindo raciocinar e se for para chegar nesse ponto tão incerto nem quero - Perdeu o juízo?

Dr: Não é da forma que você está pensando - Se defendeu - Não quero matá -la e sim salva-la, como você disse - Falou me deixando completamente confusa, porém um pouco mais calma por saber que o plano não é matar ela, até porque eu não iria deixar, para fazerem isso, iriam precisar passar por cima de mim primeiro.

Diego: Estamos esperando a sua explicação convincente - Disse cruzado seus braços.

Dr: Ela não é convincente - Disse e eu já estava pronta para rebater quando ele concluiu - É a única chance que ela tem.

Diego: Como assim? Existem rumores de um raio-x adulterado especificamente para esse uso - Tomou a palavra e vi que o RS estava completamente perdido no meio do assunto - Por que criar algo que uma vez injetado não tem como ser removido? Isso não tem cabimento.

Dr: Por que princípio, o projeto não iria ser usado como uma arma, mais sim como uma cura, então não havia porque criar um modo de remoção - Explicou e Diego o olhou fixicamente.

Diego: Como sabe disso?

Dr: Eu fazia parte do projeto, porém não quis continuar devido a nova proposta que nos foi apresentada - Disse e em segundos já estava sendo posto contra a parede.

Diego: Você está envolvido nessa merda toda?! - Vendo onde isso tudo poderia dar; achei melhor intervir, até porque o médico não tem culpa.

Bru: Diego, se acalma - Falei o empurrando para trás e ficando entre os dois - Não foi ele quem criou essa idéia de destruição, ele queria a salvação... Então se acalma e deixa ele terminar, quanto mais tempo perdemos, menos ele tem.

Diego: Tudo bem, você tem razão - Disse ajeitando o seu palitó - Conclui logo essa sua teoria, para sabermos se aprovamos ou não.

Dr: Mesmo estando fora, eu nunca perdi contato com algumas pessoas que estão dentro - Disse checando se estava tudo no lugar - Falei com uma em particular e perguntei sobre o chip e como eu já sabia, não há uma possibilidade de remoção... Ele foi projetado para funcionar em qualquer meio , seja com a vítima acordada, dormindo ou até mesmo em coma... Com a diferença de que em qualquer uma das últimas opções, ele age em uma proporção menor - Respirou fundo - O único meio para ele deixar de funcionar, é Se a vítima morrer... Com isso acontecendo, ele percebe que já alcançou seu objetivo e se autodestrói com um curto circuito mínimo, onde não vai causar nenhum dano cerebral.

Bru: Você disse que quer salva-la? - Perguntei e ele assentiu - Mas como pretende fazer isso?

Dr: Como falei antes, ela precisa morrer e para isso iríamos por em ação um método já usado antes... É arriscado, mas em meio às opções que temos, essa é a única chance que ela tem - Disse caminhando até o quarto dela e nós o seguindo - iríamos descarregar uma alta carga de energia elétrica diretamente no peito dela, o que fará seu coração parar imediatamente, precisando esperar um minuto exato... Esse é o tempo que o chip leva para detectar inatividade cerebral e se autodestruir - Concluiu abrindo a porta e nos dando passagem  - Não posso fazer nada, sem a autorização de vocês... Então pensem com calma no que querem e tentem chegar a uma decisão o mais rápido possível , no mínimo antes das cinco da manhã - Disse saindo do quarto, nos deixando a sós.

Me sentei no mesmo lugar onde estava antes e Diego fez o mesmo do lado, o RS foi embora para tentar acalmar a irmã que não estava em boas condições por causa do que está acontecendo.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora