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LUDMILLA

Acordei ainda com as Malditas dores de cabeça bem mais calmas dessa vez. Demorei um pouco até que meus olhos se acostumasse com a claridade e tinha que ser, estava outra vez em um hospital, mas em um de verdade dessa vez. Me apoiei nos braços me sentando com certas dificuldades, isso não pode ser bom.

Bru: Oi? Como você está? - Perguntou entrando no quarto e se sentando na cadeira ao meu lado, depois de me dar um selinho.

Lud: Vou viver - Comentei sorrindo.

Bru: Não teve graça - Disse séria ainda me analisando - O que aconteceu com você?

Lud: Não é nada demais, eu tô bem - Me inclinei para beijá-la, mas a dor não deixou e tive que recuar.

Bru: Você está longe de estar bem Ludmilla - Disse sentando na cama e pegando a minha mão, nunca pensei que ela fosse desse tipo que se preocupa tanto - Por isso liguei para sua mãe, ela está ai fora e parece estar se segurando para não dar na cara dos médicos, já que eles não dizem nada.

Lud: Tú ligou para minha mãe? Agora eu tô ferrada, não vou ter como ignorar a tal ida ao hospital do exterior, vou matar essa marrenta - Me diz que ela veio sozinha por favor? Me diz que meu pai não tá aí fora? - Eu praticamente implorei, como se fosse adiantar alguma coisa, mas o desespero tomou conta.

Bru: Não, ele não está... Segundo a sua mãe, ele não estava em casa - Mas é claro que não, essa madrugada seria o transporte de uma das cargas dele - Mas por que o medo dele?

Lud: Não é medo - Suspirei - É só que... Aturar a minha mãe já não é fácil, mas quando eles estão juntos, é dez vezes pior. Prefiro morrer ao ter que aguentar aqueles dois dentro de um hospital - E também esse motivo, já ia me esquecendo, papai evita aparecer em qualquer lugar que tenha polícia, câmera de segurança, qualquer coisa que tenha haver com o governo.


Tentando ignorar ao menos um pouco a enxaqueca, a puxei pelo braço, fazendo com que a mesma caísse sobre mim, então a beijei sem cerimônia nenhuma. Minhas mãos ficaram pousadas em suas costas e bunda, enquanto ela levou uma das mãos ao meu cabelo e a outra ficou ao lado da cama a dando um certo desequilíbrio para sustentar um parte de seu piso. Acho que ela estava com medo de me machucar.

??: Atrapalho? - Mamãe soltou invadindo o quarto, então finalizei o beijo com um selinho e a Brunna voltou a se sentar na cadeira - Bom ver que já está melhor.

Lud: Eu sei, disse isso para ela - Apontei para a loira ao meu lado - Estou tão bem, que já posso ir para casa, não é mesmo?

Sil: Não - Oi? Como assim não? Nunca passei tanto tempo em um hospital, só pode ser brincadeira - Segundo o médico, você ficará de observação por um momento e depois de analisar os seus novos exames, ele fará a prescrição médica.

Lud: Vou mesmo ter que ficar aqui? - Cruzei os braços respirando fundo - Eu detesto hospitais... Posso muito bem ficar sob observação em casa, como da última vez - Soltei e só então vi que falei merda, de novo.

Bru: Desde quando isso acontece? - Perguntou com olhar fixo em mim e mamãe fez o mesmo, já que ela também já me perguntou isso, porém não a respondi - Fala logo, antes que eu te force a dizer - Gostaria de ver ela tentar ou não... Não sei bem, tô muito confusa, tentando relaxar um pouco respirei fundo e fixei meu olhar no da Brunna, é como se neles meus problemas fossem embora. E eu tô virando uma otária por causa dessa garota, isso não tá certo.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora