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LUDMILLA


                       Ligação on


Lud: Eu sei o que o senhor disse pai, Mas eu não quero ficar parada sem fazer nada.

Diego: Eu não quero nem saber Ludmilla! Só quero que você deixe de ser a sub desse morro! - Praticamente gritou, como vai adiantar

Lud: O senhor sabe o grande respeito que eu tenho por ti, mas eu não vou fazer o que está me pedindo, estou me saindo muito bem.

Diego: Para quê isso Ludmilla? Você volta para casa em dois meses no máximo e vai assumir tudo que é seu por direito, incluindo os vários morros que tem desse país.

Lud: Eu sei disso também pai, mas já faz tempo que estou nessa posição, e não vou deixá-la até o dia que eu voltar.

Diego: Quanto tempo?

Lud: Uns 3 anos eu acho – Comentei um pouco inserta.

Diego: E como é que eu só fiquei sabendo essa semana?! – Falou com sua voz alta além dos limites normais.

Lud: Eu sempre dou o meu jeito e você sabe muito bem disso, sem contar que eles não sabem quem e meu pai.

Diego: Tudo bem então, já que não tem como fazer você me ouvir, pelo menos se cuida.

Lud: Sempre...

Diego: Preciso ir, tenho que resolver umas pendências por aqui.

Lud: Vai lá, também tenho o que fazer.


                    Ligação off


Meu pai me mandou para o Brasil há cinco anos. O que eu não gostei muito, mas ele praticamente me colocou no jato particular dele, com uma bolsa contendo tudo que eu fosse precisar dentro e me despachou para esse país. Fiquei puta com ele, por quase um mês. Até que finalmente o mesmo me  explicou o porquê de tudo. Estavam querendo por um fim nele, é não eram os caras da lei, mas sim os inimigos do meu pai. Os quais ameaçaram matar todos o que meu velho ama, se ele não cedesse o que tem de mais importante, e mesmo não considerando essa idéia ele quis saber o que os filhos da puta queriam. E achando que eles estavam se referindo a alguém de nossos complexos de maior lucratividade, meu pai foi completamente surpreendido, quando Alberto, o chefe dos desgraçado disse que o que ele queria era nada mais nada menos que EU.

Tendo que me enviar para o Brasil, meu pai pôde fazer o que faz de melhor, que é se livrar de rivais que se acham no poder de bater de frente com o dono da máfia San Diego e sair em pune. E os que ousam me colocar no meio de ameaças, ou barganhas, sempre sofrem uma morte pior que os demais. Devo dizer que o inestimável Diego Santoro - Tenho que dizer que só eu e mamãe chamamos ele assim - É super protetor quando o assunto é Ludmilla Oliveira, a Anjo Caído, como futuro nome de associação ou seja EU.

Depois de dois meses que eu estava aqui, me informaram que tudo havia sido resolvido por lá, o que significava que mais uma máfia rival, havia caído para a da minha família. Mas mesmo com tudo resolvido, meu pai decidiu que era melhor eu passar um tempo por aqui. Não tenho muito o que fazer, aceitei o pedido dele. Mas como eu não nasci para ficar olhando os outros fazerem as coisas por mim, dispensei os carinhas que não saiam da minha cola, é comecei a me envolver nós trampos do morro, subindo constantemente de posição, tendo assumido o posto de Sub-dona a exatos três anos.

??: Lud, o chefe tá te procurando – Avisou Marcos, um dos vapores da minha inteira confiança.

Lud: Avisa que apareço por lá em 10 minutos ou menos - Disse e ele vazou para fazer o que eu pedi.

Eu ter me tornado Sub-Dona desse morro, foi tão vantajoso para mim, quanto para o RS, que agora tem uma ficha limpa do seu lado. Tá certo que mostrei ser uma pessoa de confiança, mas eu não estar sendo procurada pela polícia, ajudou muito na decisão dele, apesar de eu não fazer tudo o que ele manda, quase nada para falar a verdade.

Lud: Manda o que Tú quer comigo - Cheguei no " Escritório" Dele já me jogando no sofá ao lado da mesa onde o mesmo estava sentado.

RS: Quero que vá receber uma mercadoria na zona Sul para mim - Só pode ter levado alguma pancada na cabeça, para tá achando que eu vou fazer essa merda.

Lud: Nem pensar, ficou maluco? Não vou arriscar meu passe livre por aquele lugar, por causa de umas das suas jogadas falhas - Me levantei para já ir embora - Da um jeito do seu fornecedor trazer essa porra ao menos até a entrada do morro, ou mandar um dos vapores ir buscar.

Sair de lá, sem deixar ele dizer qualquer outra coisa, para gente não ter que prolongar essa discussão, que ele deveria saber que não vai ganhar.

Deixe me falar um pouco sobre o RS, quer dizer, falar o que eu sei. RS, é a simples abreviação de Renato Smith, ele é o atual dono do morro do alemão, assumiu o posto aos dezessete anos, quando seu pai morreu na frente de seus olhos, em um tiroteio contra a polícia. O que já faz uns onze anos, mas ele nunca esqueceu e até hoje diz que vai matar o filho da puta que tirou a vida do seu pai e é mais do que óbvio que eu não duvido dele, já que o mesmo sabe quem foi.

E aqui estou eu na Zona Sul, mas não para fazer o que o RS pediu, mas sim porque eu quero. Tô sempre indo é voltando, entre esses dois mundos. Nesse exato momento estou na praça de alimentação observando tudo enquanto fazia um lanche. Estava bem distraída, quando recebi uma mensagem do Marcos.


                    Mensagem on


Marquito: Onde você se meteu?

Lud: Não é da sua conta, mas eu resolvir dar uma volta. Por que?

Marquito: O RS tá puto contigo, te procurando em tudo que é canto.

Lud: Ele melhor do que ninguém nesse morro, sabe que eu só faço o que quero. Então diz para ele ir se fuder e me deixe em paz, que hoje eu só volto para essa merda na hora do baile.


                Mensagem off



Encerrando a mini discussão, guardei o celular, montei na moto e sair cidade a fora. Precisava disso para poder aguentar RS na minha cabeça quando voltasse para o morro.


......


?: Ele tá querendo falar contigo antes de saírem para o baile.

Lud: Que já está na hora né? - Perguntei ingnorando seu comentário.

?: Vai mesmo ficar fazendo isso com ele? Mesmo sabendo que ele não gosta de ser contrariado?

Lud: Eu não tenho medo Daianne e não faço nada contra a minha vontade - Deixei claro ao exibir meu melhor sorriso.

Dai: Você é tão cabeça dura quanto ele, mas ainda sim as vezes ele me assusta - Disse ao sorrir em negação.

Lud: Fica de boa, tá legal? Eu sei lidar com ele - Terminei de vestir minha jaqueta e sai com ela ao meu lado.

Daianne é irmã mais nova do RS e completamente diferente dele. A mina nunca gostou e não gosta da vida que o irmão leva, se tornou uma grande amiga para mim, talvez até minha confidente, apesar de eu nunca contar muita coisa e acabar ouvindo muito mais. Chegando no baile, eu e Dai subimos para área vip, onde a primeira pessoa que eu vi, e acho que isso é carma foi justamente o filho da mãe do RS.

Renato: Tá me evitando por que pirralha? - chegou batendo de frente.

Dai: Não começa Renato - Dai é a única que o chama pelo nome, sem correr risco de levar um tiro.

Renato: Já te pedi para não me chamar assim e o meu papo não é contigo.

Dai: Mas... - A Interrompi.

Lud: Como eu disse mais cedo, tá de boa, vai lá curtir com a galera, eu resolvo aqui - Ela assentiu e fez o que eu pedi - Solta o verbo que eu não tô com tempo.

Renato: Para fazer a porra de uma tarefa você não pode ir a Zona Sul , mas para ficar desfilando pode! - Exaltou a voz sem se importar com quem nos observava.

Lud: Não grita que eu não sou surda - Falei levando a mão a orelha - E é isso mesmo. Eu só posso desfilar, como você disse, enquanto tiver minha ficha limpa, então vê se não fode com o meu psicológico essa noite.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora