2° Tem. 27 capítulo

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LUANE

Se não fossem as ocasiões e o fato de eu a amar pra caralho, Com certeza Ludmilla seria uma mulher morta hoje. Até agora não tô acreditando que a filha da mãe, me convenceu a liderar mais essa transação. Será que Não bastou o fracasso da anterior?

As vezes esqueço de que para aquela idiota, uma falha nunca será obstáculo para a sua Vitória e se o que ela quer é realmente alcançar um posto ao lado dos militares, sem deixar o legado do pai para trás. É o que ela irá conquistar.

A transação de hoje, será a de um cargueiro na zona sul da cidade e como sempre, todos já sabem o que fazer quando devem agir. Só terei o trabalho de aparecer para bater o papo com o líder do outro lado antes de fecharmos o acordo e assinar um documento idiota, que só não é mais escroto, porque serve para nós livrar de uma prisão ocorrida dentro desta ação. Acordo feito quando Ludmilla decidiu que esse seria o seu novo negócio e que não se arriscaria por tão pouco, sem ter ao menos uma garantia, então a assinatura era obrigatória em todas as transações feitas por nós. Não sendo mais algo que se encaixe fora da lei, não havia motivos para ter que me esconder de quem estava ao meu lado para o que desse e viesse. Dessa forma mesmo a meu contra gosto, Larissa estava envolvida nessa merda. Quando ficou sabendo o motivo pelo qual eu não passaria a noite em casa, não me deu escolhas, apenas se vestiu, esperou dar o meu horário e saiu logo atrás de mim, sem se importar com a minha opinião ou com o meu pedido para que ela ficasse em casa. A filha da mãe deveria saber que isso pode ser perigoso de alguma forma e me ouviu ao menos uma vez, para variar um pouco. Mas não,lançou o Foda-se e chegou ao encontro com minha equipe antes mesmo de mim, o que gerou certo tumulto por ela ser agente federal.

Luane: Calem a porra da boca!!! - Não aguentando mais todos falando em alto e bom tom, tudo ao mesmo tempo, acabei perdendo a paciência e conseguindo o silêncio que desejava - Depois de mais de um mês, já deve ter ficado bem claro que nossa posição  mudou, estou certa?

??: Sim senhora, mas nunca chegou até a gente que iríamos trabalhar diretamente com um deles.

Luane: E não vão - Fui clara e tenho certeza de que se olhar matasse, eu não estaria mais aqui. Larissa cruzou os braços sem mover nem mesmo um músculo enquanto me fitava e ficou a espera de alguma conclusão, talvez esperando para ver se compensaria me mandar para uma cova a sete palmos abaixo da terra ou não - Ela só está aqui, porque é teimosa demais para acatar um simples pedido de quem se preocupa com seu bem estar e garanto que isso não irá se repetir - Deixei claro enquanto sustentava sem a menor cerimônia, o seu olhar calibre 38 - Agora me façam o favor de irem em busca de suas posições, temos vinte minutos para estarmos prontos.

Lari: Sei cuidar de mim, sempre soube - Foi firme ao dizer assim que todos se dissiparam - Não precisava dessa cena toda.

Luane: Não é cena seu porre eu me preocupo contigo apenas isso - Falei pulando em frente ao volante e ela fez o mesmo ao meu lado.

Lari: Não precisa disso, essa preocupação em excesso é desnecessária - Continuando com a firmeza em seu tom de voz, disse ao por o cinto com o carro já em movimento.

Luane: Por que não pensa dessa mesma forma quando a Brunna decidi sair sozinha em uma missão? - Joguei e ela me olhou atentamente cruzando os braços, parecia inconformada.

Lari: Isso é diferente, eu...

Luane: Diferente é o caramba! - A interrompendo, acabei me exaltando, porém era necessário para que a mesma pudesse me entender, então não me arrependi de nada - É a mesma coisa. Você tem medo de que ela possa sair machucada, de que ela talvez possa não voltar mais - Não era a minha intenção fazê-la se sentir mal, mas era algo que a mesma precisava ouvir, então fiz o máximo para tentar ignorar as lágrimas que ameaçavam se derramar perante sua face - Eu me preocupo contigo dessa mesma maneira Larissa, mas você parece não se importar. Quer garantir o bem de todos, mas não se preocupa com o seu próprio. Não pode continuar agindo assim, sua vida tem valor assim como a de todos no mundo e para mim, tem um valor ainda maior. Então por favor, me espera aqui - Pedi direcionando meu olhar a ela, assim que estacionei o veículo em um lugar pouco visível - Não sai do carro - Emendei lhe cedendo um rápido beijo ao secar suas lágrimas derramadas antes de deixar o automóvel e ir me juntar a equipe principal. Faltavam cerca de cinco minutos apenas para que o nosso processo fosse feito de maneira limpa e bem sucedida,  se não tivéssemos nenhum tipo de problemas, o que  infelizmente não aconteceu como o esperado.

??: Onde está o líder de vocês? - O superior dos nossos amigos questionou ao meu segundo no comando, sendo assim tratei logo de tomar a frente - Ainda não é você.

Luane: Está certo, mas terá que se contentar com a minha presença essa noite - Fui firme ao dizer e percebendo que não estava brincando, ele apenas assentiu fazendo sinal para seus homens, os quais se juntaram a alguns dos meus e juntos, começaram a carregar a carga no caminhão da nossa companhia. As coisas estavam indo bem, até um certo alguém resolver não me ouvir e surgir do nada.

??: Vocês trouxeram mais alguém? - Não prestando muita atenção na pergunta, apenas neguei, estava focada no que era feito a poucos metros a minha frente, porém isso foi um erro - Ei?! Você!! Não pode ficar aqui, é uma área reservada, coloque as mãos onde eu possa ver!! - Como era noite, a luz presente no ambiente não era de muita ajuda e a distância não colaborava muito. O nem viu quem se aproximava e mesmo assim, simplesmente disparou duas vezes, tiros esses que ganharam a minha atenção e só então me dei conta do óbvio.

Luane: Não, não, não - Com a negação me consumindo, sai em disparada ao alvo dos disparos efetuados e vi meu mundo ir ao chão,  ao ver que realmente era ela - Lari? Acorda, por favor - Pedi tomando seu corpo sobre meu colo ao me ajoelhar perto de si - Não faz isso comigo seu porre, acorda - Percebendo a gravidade da situação, marquei o rosto do idiota que fez isso é tomei as providências necessárias para o momento - Yuri?! - Chamei o mais alto possível, não poderia perder muito mais tempo -  Termine tudo aqui e me procure com urgência logo depois, okay? Eu preciso levá-la a um hospital o quanto antes - Ele apenas assentiu e me ajudou com ela antes de ir fazer o que foi pedido. Depois de mim, ele era quem comandava na ausência da Ludmilla, então não havia o que me preocupar com nada disso, só tinha que manter o meu foco em quem precisava de mim - Aguenta firme amor, você vai ficar bem - Disse convicta de algo que não me convencia como deveria, os disparos foram feitos com zero precisão, o que pode ter sido uma grande sorte. Ela foi atingida no abdômen e um pouco abaixo da clavícula esquerda, onde a bala ficou alojada, a poucos centrimetro do órgão vital.

Furando todos os sinais que apareceram em minha frente, rapidamente parei no estacionamento do hospital mais próximo. Não me preocupando em trancar o veículo, apenas a tomei em meu colo e adentrei o hospital chamando por todos os médicos presentes, esperando que ao menos um viesse me atender. Assim que chegaram até a mim,já se deram conta da gravidade da situação e sem que mais nada precisasse ser dito por mim, a colocaram sobre a maca apresentada pelos enfermeiros,  já se direcionando corredor adentro. Com isso, só me restava fazer mais uma coisa, além de esperar pelas notícias passar pelos médicos e isso não podia esperar até porque tenho certeza de que ela já deve ter percebido que algo aconteceu. Essa ligação que elas possuem é algo incrível e admirável, então não cabe a mim tentar esconder algo dessa magnitude e com esses pensamentos rondando a minha mente, me joguei sobre um sofá na sala de espera e peguei o celular para passar adiante as péssimas notícias...










Comecei cedo hoje,  gosto de começar cedo, pq vejo os comentários positivos de vocês e isso me faz postar ainda mais capítulos kkkkk.

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora