2° Tem. 5° capítulo

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LUDMILLA

Tendo enfim resolvido o problema dos federais, pude deixar as coisas dentro do meu comando sob a chefia de Luane enquanto tirava um momento só para mim. Queria muito poder deixar todos os problemas de lado e me focar em nada a não ser na decisão do que fazer para me divertir, para fazer o tempo passar com uma maior velocidade para o tédio não me matar. Sendo assim, cheguei em casa pouco depois de deixar a supervisão da semana longe de mim, queria paz momentânea e nada mais além disso. Precisava pensar, chegar alguma conclusão para não surtar de imediato.

Lud: O que você pensa que está fazendo  aqui, seu porre? - Joguei meu ultimato enquanto chamava o elevador.

??: A gente não se vê a quase um mês e é assim que sou recebida? - Dramatizou me acompanhando até o meu andar e por consequência meu apartamento.

Lud: Não é para tanto Patty, sem falar que é você que não para mais naquela merda de galpão - Joguei a realidade dos fatos e adentrei o apartamento com ela logo atrás de mim.

Patty: Queria que eu fizesse o quê? Que ficasse ali parada esperando sua ex vir me visitar e acabar me levando presa para ajudar a te localizar ou algo parecido? - Diante de seu comentário, foi impossível não sorri, mesmo sabendo que ela não estava tão errada. Apesar de até o momento, não ter recebido nenhuma alerta de que aquela área estava comprometida - Não sou tão idiota Santoro, sei quantos anos posso pegar, mesmo se aceitar um acordo para entregar um peixe ainda maior.

Lud: Não tô te julgando por isso sua otária, só tô dizendo que você devia me procurar mais vezes, já que quer tanto manter o mínimo de contato - Expliquei o meu ponto e ela se limitou ao silêncio, se jogando em seguida sobre o meu sofá - Mas ainda não obtive resposta. O que está fazendo aqui?

Patty: Eu até poderia dizer que estava morrendo de saudades,mas a verdade mesmo, é que sua mãe me pediu para conversa contigo. Só não pergunta o porque, ele não me disse - Abriu um sorriso ao receber um olhar curioso - Vai me explicar do que se trata toda essa preocupação dela contigo?

Lud: Patty, você conhece ama e que eu tenho, sabe que ela as vezes exagera até demais - Disse  indo até a cozinha para pegar algo para beber - Desde aquele maldito ocorrido, ela cismou que eu preciso conversar coalguém, desabafar. E como eu me recuso a frequentar um psicólogo, ela te empurrou para fazer esse papel, já que é uma das poucas amigas que eu confio a minha vida.

Patty: Mas ela devia saber que eu sou uma péssima conselheira - Concordei com um aceno de cabeça e ela sorriu - Por que não empurrar a Luane para essa tarefa? A mina é muito boa com essas coisas.

Lud: Mamãe ainda não confia tanto assim nela - Comentei me servindo de suco natural e fazendo o mesmo por ela - Até lá tentei explicar para ela que estou bem quanto a isso,que não precisa ficar no meu pé desse jeito. Mas quem disse que a coroa aceita as minhas palavras?

Patty: Ela é mãe Ludmilla, sabemos o poder de persuasão que elas possuem - Comentou e eu não pude deixar de rir.

Lud: Fale isso por você, porque eu não sou um pau mandado da minha velha. A respeito para caralho, mas não faço tudo o que ela quer - Comentei e a palhaça me fuzilou com o olhar.

Patty: Eu não falei isso desgraça, não precisa jogar essas diretas para cima de mim - Disse jogando o restante de seu suco no meu rosto.

Lud: Filha da Puta - Falei no refluxo e recebi um tapa na nuca - Cara, se eu não te considerasse como uma irmã, iria te jogar pela janela agora.

Patty: Voltando ao que interessa, porque isso aí é conversa perdida - Como se não tivesse feito nada, deu as costas e saiu andando comigo logo atrás dela - Eu estava me referindo ao fato de sua mãe saber como te convencer a seguir a idealização dela, em alguns assuntos, sua besta quebrada.

Lud: Não brinca com fogo sua escrota - Adverti enquanto seguia até meu quarto e como se tivesse sido convidado, a encosto não saía da minha cola - E tenta Não mexer em tudo o que vê pela frente, pode ser?

Patty: Não vou prometer nada - Sabendo que não iria conseguir nada diferente disso, apenas peguei um conjunto de baixo e me tranquei no banheiro.

O tempo em que fiquei presa naquele cômodo, foi completamente tomado por flashes que não me deixavam em paz. Tudo acontecia de forma instantânea, como se aquilo fosse programado e não houvesse nada que eu pudesse fazer para que não voltasse mais a acontecer. Tendo isso em mente e uma pequena força de vontade e controle, consegui me focar no que era realmente importante para o momento e tomar o meu banho com calma e agilidade, saindo do banheiro pouco depois com a toalha secando os cabelos. Mal ergui a cabeça para ajeitar meus fios e dei de cara com a Patty mexendo no pobre do meu celular como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Fingindo que não vi nada, passei em frente a cama e abre o closet para pegar algo de acordo com o restante do dia que pretendia ter lá fora. Terminando de me vestir e calçar o tênis escolhido, dei uma geral nos cabelos e voltei a minha atenção para o ser logo atrás de mim, que ainda parecia não ter notado a minha presença.

Lud: O que achou de tão interessante no meu celular, que ainda não o devolveu para a porra do lugar dele? - Não me aguentando Acabei por perguntar o que coçava na minha cabeça.

Patty: Nada na verdade - Disse sem me direcionar o olhar, que se mantinha preso no aparelho - Só estou intrigada porque raios, você ainda possuí o número dela, mesmo tendo se passado todo esse tempo.

Lud: Você é inteligente o suficiente para saber o porquê, não precisa que eu te liga - Falei olhando para o nada ao me jogar do lado dela - Ainda não superei aquele dia.

Patty: E vai superar em algum momento? Por que até onde eu tô sabendo, você se recusa a abrir as portas para um novo alguém.

Lud: Para ser sincera contigo mana, não faço a mínima ideia - Joguei a real com ela, que se limitou a assentir - Tudo o que eu não queria aconteceu de uma só vez, então só me restou dar tempo ao tempo e seguir com a minha vida.

Patty: Um outro fato que chegou até a mim, é que os federais se uniram para de caçar - Não me surpreendi com isso, a mina é um gênio dos sistemas digitais, Estranho seria se ela não soubesse de nada desse tipo. Principalmente estando ligada diretamente a mim - Tendo isso como algo muito inoportuno para seus negócios, como pretende agir com tudo?

Lud: Já estou vendo esse assunto com muita calma - Deixei em aberto - Eles já tiveram a sua primeira ação em equipe e também resultou em sua primeira falha.

Patty: Que seria a tentativa de abordagem em flagrante no seu último carregamento de armas - Assenti e ela suspirou - O que me deixou um pouco intrigada, foi o fato de terem encontrado o ponto de encontro com tanta facilidade e eu não ter conseguido detectar nada.

Lud: Pelo que tô sabendo, eles estão usando um sistema especial criado a pedido dela - Sorrir e ela me encarrou - Não achou que fossem facilitar para gente né?

Patty: Não sabendo que um deles sabem da minha habilidade - Se gabou e eu revirei os olhos - Outros ponto que está me deixando um pouco curioso é o fato de que normalmente, você já teria feito alto para derrubar ambas as corporações em um estalar de dedo, Da mesma forma que fez com os policiais brasileiros e canadenses no último ano - Ganhou por completo a minha atenção - Pretende fazer algo parecido dessa vez? Fazer da Cia e do FBI seus novos funcionários?

Lud: Não nego que seria uma ótima opção, muito menos que seria até interessante trazer o FBI para minha folha de pagamentos - Abrir um sorriso presunçoso e ela revirou os olhos - Mas a Cia não é uma alternativa, não com ela no comando da principal agência deles.

Patty: E usar sua cartada final não se encaixa em nada  dessa vez, não é mesmo?

Lud: Exatamente isso sua chata...

A agente do FBI e a Sub-Dona do morro ( Brumilla)Onde histórias criam vida. Descubra agora