24.

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— E então? Iremos nos inscrever? — Taeyong se põe a perguntar, agora estavam ensaiando na sala a qual haviam reservado.

— Para a bolsa de Paris? Como trabalhamos em uma dupla, nossas decisões devem sempre ser em base de nossas opiniões, então não posso simplesmente colocar nossos nomes lá, não sei se você quer isso tanto quanto eu. 

Assim que ouvirá a resposta do Tailandês, respira fundo olhando para o próprio enquanto toma um gole d'água. 

— Você quer isso?

— Você quer?

— Ten…

— Você quer Taeyong? É uma resposta simples de sim ou não, apenas isso.

— Eu não sei! Ok? Tem muitas coisas envolvendo isso, não posso largar tudo e ir, por mais que eu deseje isso. — Respondeu um pouco irritado. 

— Bom… você não é o único que tem incógnitas lhe impedindo. — Suspirou sentando-se um pouco no chão da sala, a fim de descansar.

Taeyong, acompanhando o parceiro, senta-se também junto a ele. 

— E posso saber quais são elas? Se me permitir saber, é claro.

O outro que massageava levemente o próprio quadril, colocou -se a suspirar pensando se deveria conversar sobre isto com Taeyong. Enfim resolveu responder o rosado, evitando contato visual.

— Meus pais são os principais, eles me sufocam de uma maneira… de uma maneira ridícula, que um pai jamais faria com o próprio filho.

— Quer conversar sobre isso? Sobre essa maneira ridícula que eles te sufocam? — Taeyong pouse a perguntar, calmo e respeitoso.

— Eu não sei, nunca conversei muito sobre isso. Eu apenas criava uma desculpa, uma defesa para não falar sobre. Eu sempre menti para não preocupar ninguém.

Falar sobre isso era difícil para Ten, relembrar cenas indesejáveis era o pior de tudo. Relembrar das coisas que exigiam de si. Relembrar da culpa.

— Isso acaba hoje. Não precisa mentir para mim, para ninguém na verdade, Ten. Todos nós temos problemas, e é natural e normal falar deles com quem nos sentimos confortáveis.

— E é exatamente por todos terem seus próprios problemas que não quero incomodá-los com os meus.

— Deveria ser ao contrário Ten, você deveria contar os seus problemas para então os seus amigos te ajudarem, e não só eles mas você mesmo também. — Diz com a voz calma ao mesmo, que encarava um ponto fixo da parede da sala, pensativo.  — O que eu estou tentando te falar é que não importa o que falem para você, você é muito maior do que eles, você é melhor. Você é você, entende? 

— Eu sei que já fiz essa pergunta uma vez, mas irei fazê-la novamente. Porque está me ajudando? Porque está fazendo isso? 

— Uma vez me disseram: " Um dançarino morre duas vezes - uma quando para de dançar, e essa primeira morte é a mais dolorosa. " — Taeyong respondeu respirando fundo, olhando para Ten de soslaio. — Não quero que sinta esse vazio dentro de si. Quero que viva. E quero que viva com esperança. 

— Com qual esperança? 

De tentar. 

Assim que Ten ouviu a resposta do coreano, seus lábios se curvaram em um sorriso de canto. Sentia -se confortável perto de Taeyong, e por incrível que pareça, O Tailandês sentia -se bem. 

Enquanto olhavam-se nos olhos, sabiam que todo o ódio que um dia sequer sentiram, havia sido deixado para trás. Assim como a água escorria sob seus dedos, ambos sentiam o ódio e a raiva deixando seus corpos, deixando apenas aquela troca de olhares. Apenas aquela ligação que os próprios criaram. 

A quebra do contato visual vieira do Tailandês, que dera um leve saltito pelo susto de ter a porta da sala aberta bruscamente.

— Ah, me perdoem! Não sabia que ainda tinham estudantes aqui. Não era minha intenção interrompê-los — Sr. Choi, o faxineiro da Universidade, fazia algumas reverências, sendo logo impedido por Taeyong, segurando suas mãos.

— Está tudo bem Sr. Choi, não tinha como o senhor saber que estaríamos aqui. Sem problemas. — Sorriu em forma de conforto ao senhor, para não prejudicá-lo. 

— Irei deixá -los a sós novamente, continuem ensaiando, me perdoem novamente o incômodo.

— Irei repetir Sr. Choi, sem problemas! Mande um beijo a sua filha por mim! — Despede-se com um aceno e um sorriso do senhor. 

— Conhece ele? — Ten perguntou, com um sorriso leve nos lábios pela simpatia do outro.

— Sim! É o faxineiro da nossa Universidade, ele é um homem muito gentil e tem uma filhinha muito fofa. — Solta uma risada fraca, respondendo o Tailandês. — Sempre dou morangos a ela, ela tem uma paixão por eles.

— Só por esses comentários, quero conhecê-la. Fiquei curioso. — Afirma com os lábios curvados em um sorriso calmo.

— Ganhei a atenção de Ten Chittaphon?! Devo me sentir honrado?! — Pergunta Taeyong, fazendo graça da situação, ganhando risos e sorrisos do outro. 

" E que sorriso. " Taeyong pensou ao ver o sorriso magnífico e brilhante do Tailandês.

— Claro que deve! Não é todo dia que alguém consegue ter minha atenção Lee Taeyong. — Respondeu rindo mais um pouco, entrando na brincadeira.

— Então irei me garantir de ganhar sua atenção com mais frequência, pode deixar. — Afirma com devoção e um sorriso nos lábios.

— Claro, claro Sr. Lee, mas agora temos uma coreografia para terminar, e com certeza ela está longe de estar pronta.

— Ten Chittaphon e seu perfeccionismo. — Taeyong diz baixinho, brincando com o outro.

— Eu ouvi isso Taeyong! — Exclamou alto, rindo do susto que o parceiro recebeu com sua exclamação. — Cuidado mocinho.

— Se não o que?

— Que ousadia é esta?! — Pergunta fingindo estar bravo com o mesmo, correndo atrás dele fazendo-o correr também. — Eu vou te mostrar o que acontece se não tiver cuidado. — Continua a correr atrás do outro rindo no processo.

Ambos gastaram no mínimo 20 minutos apenas naquela brincadeira em que se colocaram, mas pouco se importaram com o tempo perdido. Apenas estavam vivendo o momento. Tendo esperança. 

— O que acharam deste capítulo? Tivemos interação dos nossos meninos!! AAAAAA

Espero que estejam aproveitando isso tanto quanto eu🤍 Até a próxima!!

一 dancers; lty + tcp. Onde histórias criam vida. Descubra agora