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                             Epílogo.

  Felicidade. Euforia. Incredulidade. Sentimentos realistas e até mesmo clichês, porém verdadeiros. Ambos os dançarinos se encontravam nessa realidade, com os sorrisos largos até doerem suas bochechas e os risos incrédulos e bobos soltados em meio ao momento. Haviam vencido, após tantas batalhas, obstáculos, após cada desafio feito pelo concurso, feito por eles próprios, eles venceram, conseguiram. 

  -- Eu ainda não acredito. Nós vencemos, princípe. -- Ten sorriu bobo, olhando ainda para o amado, entrelaçando sua mão junto com a do coreano, um sinal, um simples sinal de quem eles eram e sempre irão ser.
 
  -- Eu ainda acho que é um sonho, me belisca, é sério. -- Pediu o outro estendendo o braço, obviamente falando brincando, porém o mesmo não fora visto pelo tailandês, o qual lhe deu realmente um beliscão no antebraço direito. -- Aí! Chittaphon! 

  -- O que?! Não foi você que pediu? Oras, eu te belisquei. -- Comentou como se aquilo fosse inexplicável, segurando a risada. 

 -- Eu não estava falando sério, né inteligência. -- Mostrou a língua para o outro, que retribuiu com o mesmo gesto, quem os visse de longe os chamariam de crianças. -- Bruto.

  -- Não, não, o bruto aqui é você, principalmente na cama. -- Ele disse dando de ombros, como se falasse apenas aos dois ali, o que de fato era-se, falando baixo a última parte. 

  -- O que que é isso, Ten Chittaphon?! Homem, vai tomar vergonha na cara! -- Riu enquanto dava dois tapinhas no ombro do outro, ouvindo sua risada junto a sua. 

  -- Mas é a verdade, oras. Nem parece ser essa coisa fofa como está sendo agora. -- Comentou ainda rindo baixinho, puxando o coreano pela mão a ver o metrô chegando. -- Vamos, assim eu acho que dá tempo de passearmos um pouco antes de voltarmos para o hotel e para a Coréia também. 

  -- Temos que contar aos meninos e a minha mãe ainda, eles irão pirar. -- Riu suavemente, seguindo o outro calmamente acariciando a palma da mão do tailandês com o polegar, em círculos pequenos. 

  -- Ah você jura? Nem pensei nisso. -- Ironizou brincando, e soltou um riso fraco, adentrando o metrô um pouco lotado, nunca soltando a mão do outro, apreciando a carícia de certa forma, e sorriu bobo em direção ao amado ao seu lado. -- Moraremos aqui por um tempo, você vai ter que aprender francês agora, mocinho. 

  -- Nha, porque? Eu posso deixar só você falar, assim não iremos nos separar nunca. -- Cantarolou sentindo-se bobo pelo amado, rindo junto a ele. 
 
  -- Olha a dependência, oh! -- Riu novamente negando com a cabeça, em sinal de reprovação. -- Francês não é uma língua difícil, as aulas começam só no próximo semestre, temos um tempinho ainda, posso ir te ensinando enquanto isso. 

  -- Hm, e o que eu ganho como recompensa? -- Exigiu fazendo uma careta, fingindo estar sendo exigente, olhando-o. 

  -- Além de você ter o privilégio de aprender uma língua me tendo como professor? Hm, eu diria que a cada lição e aula bem realizada, é um beijo, que tal? 

  -- Agora falou minha língua. -- Brincou rindo baixinho, roubando um selinho do outro. 

  -- Safado. -- Murmurou Ten rindo também, roubando outro selinho. -- E interesseiro. -- Deu outro selinho. 

  Assim, a dupla passou a tarde e até o início da noite andando pelas ruas de Paris, tirando fotos bobas e descontraídas, boa parte delas tiradas por Taeyong, bobo e apaixonado não só pela cidade mas pelo ser a sua frente, tiveram o tão amado clichê que era-se tirar um foto em frente a Torre Eiffel, tomando um delicioso chocolate quente devido ao clima gélido que ficava cada vez que a noite se aproximava. 

一 dancers; lty + tcp. Onde histórias criam vida. Descubra agora