[ ᥣ͠ꫝᦾ ꯱ᥙ᧞᥉ᧉᡶ] (concluída) - REVISANDO

ꪶཷ୭͓ꦿ݉ᐧᨗ Eleven

• set DJ Pedro - inúmeros
•  Babygirl - Lindo
•  Say something - Austin Mahone
• Pyd - Justin Bieber

°. 🌙 "。ೃ

• capítulo não revisado:

E lá estava eu olhando-me no espelho pela décima vez, sempre perguntando a Will se estava bom e ele claro falava que eu estava linda, mas algo faltava então puxei o gloss da bolsa passando mais uma vez na boca. Parecia que eu estava indo para o meu casamento mas não era verdade, o negócio era que Oscar me deixava nervosa, tudo que se tratava dele me deixava simplesmente doidinha. Sem rumo! Nem mesmo Max um dia fez algo do tipo comigo, e eu gostava disso, eu amava na verdade.

Depois de uma longa discussão fui empurrada para fora do restaurante para que não me atrasasse mais do que já estava e assim segui caminhada em direção a casa do mais velho, que não era tão longe assim já que era na mesma rua que a minha e eu já estava acostumada com aquela caminhada. Ao chegar, parei em frente à mesma encarando a porta com receio, a última vez em que pisei naquele quintal acabei por cause o beijar, foi naquela varanda onde conversamos sobre muitas coisas e soltamos algumas risadas. Eu estava com receio mas precisava ir até lá.

— Vai ficar aí só olhando? — Tomei um susto quando fui tirada do meu transe por César que estava todo arrumado e perfumado. Esse me lançou um sorriso beijando minha bochecha acompanhado de um abraço. — Ele está lá dentro, vai lá!

Com o incentivo do mais novo acabei por passar pelo Impala lustrado, caminhar até o quintal da casa percebendo que o balde da ácido não estava mais lá e a luz do fundo estava acessa como se ele já soubesse que eu entraria por lá. Ao chegar dei uma olhada em volta vendo que a churrasqueira já estava posta e acessa, em cima da mesa havia comida e ao lado dela um isopor provavelmente com cerveja. Deixei minha mochila sobre a cadeira e me sentei em uma olhando para o céu, a noite estava estrelada e se que tinha uma nuvem nele. Estava perfeito! A lua cheia brilhava perfeitamente lá em cima causa uma sensação de alívio e segurança para mim, eu era uma admiradora secreta dela e fazia questão de ressaltar meu amor por ela. Foi em meio aqueles pensamentos que não notei sua presença, apenas quando esse começou a descer as pequenas escadas, então me levantei indo em sua direção para ajudar com a bacia de carne que trazia.

— Já estava aqui a muito tempo? — Ele questionou parando em frente à mesa colocando as coisas sobre ela e indo checar a churrasqueira.

— Cheguei faz uns cinco minutos. — Disse ajeitando as travessas sobre a mesa para que ficasse mais fácil.

— E por que não entrou? — Ele indagou mais uma vez e minha vontade foi de falar a seguinte frase: porque eu fiquei com medo de entrar e por breves segundos observei a lua. Mas não, o que eu disse foi o seguinte:

— Não queria ser importuna!

Ele me olhou por cima do ombro dando risada, aquela risada que fazia meu corpo todo estremecer, talvez eu esteja o olhando com um olhar e apaixonada mas não era por mal eu me sentia muito bem ao lado dele, Oscar me causava uma sensação descomunal que jurei jamais ter sentindo, era bom demais. Era único. Assim que o vi pegar o pegador me levantei levando uma das travessas com hambúrguer para que pudesse colocar na grelha e recebi como recompensa um sorriso de tirar o fôlego. Senti todo o meu chão sumir e meu corpo flutuar em direção as estrelas, dançar com os cosmos depois voltar.

Não sei dizer por conto tempo ficamos ali preparando as coisas mas estava muito bom, conversamos sobre algumas coisas aleatórias e fiquei até supresa quando ele me confessou que queria ser cozinheiro antes de entrar para gangue, e claro que dei um pequeno incentivo para que isso viesse acontecer e elogiei sua comida que realmente estava perfeita, o tempero estava ótimo tudo no ponto certo. Aquele homem tinha um talento escondido por debaixo daquela face de estremecer qualquer um.

Ao terminarmos de comer e levar a louça para dentro da casa nos sentamos no banco, ele acendeu um cigarro e eu não fiz diferente levando até a boca acompanhado da cerveja logo depois olhando para o céu e vendo que as estrelas brilhavam ainda mais naquele momento e no meio delas a lua, que sempre encostava os enamorados e com isso soltei a fumaça pela boca apontando o indicador em direção a ela chamando sua atenção:

— O que está fazendo? — Ele perguntou olhando para a mesma direção.

— Alguns dizem que quando o indicador tampa totalmente a lua significa que está mais perto da terra. — Sorri o olhando por breve segundos. — Eu sempre fui uma amante da noite, meu pai contava-me histórias sobre ela e dizia do encanto que ela tem. A minha favorita é a do sol e a lua. Já ouviu? — Ele negou e então resolvi contar.

Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir dai começaram a viver um grande amor. Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo deu-lhes então o toque final, o brilho!
Ficou assim decidido que o Sol iluminaria o dia, e que a lua iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viver separados.
Abateu-se sobre eles uma tristeza quando tomaram conhecimento que nunca mais se encontrariam. A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus lhe havia dado, ela foi se tornando solitária. o Sol por sua vez tinha ganho o titulo de astro rei mas isso tambem não o fez feliz.
Deus então chamou-os e explicou-lhes:
Você Lua iluminará as noites frias e quentes, encantará os enamorados e será diversas vezes motivo de poesias. Quanto a você Sol, sustentará esse titulo porque será o mais importante dos astros, iluminara a terra durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a sua simples presença fará as pessoas mais felizes. A Lua entristeceu-se muito com o seu terrível destino e chorou dias a fio, já o Sol ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajuda-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus. No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido: Senhor ajude a Lua ela é mais fragil do que eu, não suportará a solidão, e Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela. A Lua sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para a consolarem, mas nem sempre conseguem, hoje eles vivem assim... separados, o Sol finge que é feliz, a Lua não consegue esconder que é triste, o Sol ainda esquenta de paixão pela Lua, e ela ainda vive na escuridão da saudade. Dizem que a ordem de Deus é que a Lua devia ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso porque ela é mulher e a mulher tem fases, quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possivel ver o seu brilho. Lua e sol seguem seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca, humanos tentam a todo o instante conquista-la. como se isso fosse possível. Acontece que Deus decidiu que nenhum amor neste mundo seria impossível, nem mesmo o da Lua e do Sol... foi então que ele criou o eclipse.

— Hoje Sol e a lua vivem a espera desse instante, desses raros momentos que lhe foram concedidos e que custão tanto para acontecer. — Sorri soltando um longo suspiro no final, tanto que não notei que estava sendo admirada pelo mais velho enquanto eu admirava a paisagem da bela lua que nessa noite se encontrava cheia e assim como ela eu estava feliz, pois estava com quem me faz sentir meu brilho. Posso julgar até mesmo como meu sol, Oscar me deixava da mesma maneira que a lua. Ansiando pelo o nosso encontro e desejando seus lábios nos meus a cada momento. Quando perto feliz, mas longe triste e morta. Mas diferente dos dois que esperava que não houvesse separação entre nós. O amor não é algo que pode ser separado.