Doze.

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Inaê narrando.

Logo VT e a mulher dele já estava no camarote. Quando ele me viu, parecia que tinha levado um murro no estômago. Risos.
WP: quanto tempo, novinha. - beijou o topo da minha cabeça.
Inaê: as vezes é necessário meter o sumiço. - dei um sorriso de lado.
O baile tava ótimo. Dandan fazendo minhas vontades, toda hora tentava me beijar.
Grazi: vem, vamos dançar. - riu, me puxando.
Eu nem tava entendendo a música, era funk porque Grazi começou a jogar a bunda e fazer quadradinho.
Acompanhei ela, e logo começou a formar uma rodinha entre a gente. Os meninos gritavam e assobiava, umas garotas olhavam com ódio e nojo, e outras batiam palma.
A música logo acabou, e Grazi veio saltitante pro meu lado.
Grazi: respeita essa dupla. - riu, me abraçando.
Inaê: preciso beber mais. - fui pro barzinho que tinha ali.
Sabe quando você sente que tem alguém te observando? Eu estava começando a ficar indisposta.
Logo vi a garota discutindo com VT e sair do camarote pisando fundo. Ergui uma sobrancelha, tomando minha dose de tequila.
Xispa: Tá porra, vai morrer. - riu
Inaê: siga -me os bons. - pedi mais uma e logo ele pediu uma pra ele.
Tiú: num acompanha não, brow... Amanhã tu trampa - gargalhou e Xispa mandou dedo.
WP: como assim ninguém faz as honras de convidar para essas rodadas? - fez voz de sentido.
Todos nós rimos.
Quando dei por mim, já tinha tomado 15 doses. Rindo pro nada.
Xispa: amanhã tô demitido - falou lento
Grazi: Cu de bebo não tem dono - Xispa encarou ela, todos nós rimos.
VT: Como assim, parceiro? Vocês estão loucos e nem chama o chefe. - chegou, cheio de marra.
Inaê: Lixo tóxico chegou. - pensei, e logo dei por mim que tinha falado também.
Grazi e WP me olhava prendendo o riso, os demais meninos, olhava assustado.
VT me olhava sério, seu olhos estava escuro. Ops.
Inaê: acho que pensei alto demais. - peguei meu copo de uísque.
Grazi: até demais né? - falou prendendo o riso.
Inaê: cachaça demais. - dei de ombros.
VT respirou fundo, e fingiu que não escutou. Ainda bem.

[...]

Já estava amanhecendo. Eu já tava mais louca que avião sem gasolina.
Dandan não saia da minha saia, ave maria. VT me encarava com todo ódio que ele poderia ter no corpo. Credo né.
Inaê: tu sai da minha cola. - encarei Dandan.
Dandan: achei que ia rolar pelo menos um beijo. - o mesmo me prendeu na parede. Ergui a sobrancelha.
Inaê: pensou errado. - tentei sair, encarei o mesmo - Qual foi, me deixa sair.
Ele tentou me beijar, mas foi em vão. Comecei a me debater, mas parecia impossível sair do braço daquele cara.
Respirei fundo e logo senti alguém arrancando o mesmo de mim.
Abri os olhos devagar, e logo escutei a gritaria.
VT: tá tirando, mermão? - empurrou ele.
Dandan: qual foi chefe. achei que ela queria. - tentou de defender.
VT: das hora que eu tô te fitando Dandan. - ele tinha os olhos vidrados, e seu maxilar parecia que iam explodir.
Grazi: Tá bom VT, chega. - puxou VT.
O mesmo me olhou, respirou fundo e veio em minha direção.
Eu apenas o abracei. Ou eu estava bêbada demais, ou ele me salvou do louco.
Ele me envolveu em seus braços, e alisava meus cabelos.
VT: você tá bem? - eu apenas concordei, sentindo tudo girar.
Inaê: preciso ir embora. - falei, com certa dificuldade. Ele riu.
Grazi: vamo todo mundo lá pra casa. - levantei o olhar pra mesma e ela deu de ombros.
Fui até o carro com a ajudar de VT, parecia tão difícil andar bêbada.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora