Vinte e oito.

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Inaê narrando.

Depois de ter pedido pra Grazi avisar que queria falar com VT, achei que ele pelo menos ia mandar mensagem, mas nem isso ele fez.
Nem dei muita ideia, fiquei o dia todo em casa, ajudando minha mãe nos afazeres, terminei já estava anoitecendo. Tomei um banho pra tirar o suor, vesti uma roupa de malha fina e fui bater perna.
Eu tava num cansaço que só. Enjoada de tudo que venho fazendo, e nada dava certo. Eu tava precisando era de emoção, outro rumo na vida.
Logo vi o carro de VT, e o mesmo saindo dele.
VT: bó lá pra dentro. - sorriu, me abraçando de lado.
Inaê: melhor você ir me falando logo. - ele me olhou, e riu.
VT: tá curiosa é? - bufei.
O mesmo pegou uma lata de cerveja, e me deu outra.
Esses momentos a sós e em silêncio me deixava nervosa.
Grazi: estão na lista negra. - falou seria e depois riu. - comemoração pela volta de vocês? - VT me olhou.
Inaê: mais fácil eu ganhar na mega sena. - dei de ombros.
VT: brinca muito em. - deu um gole na cerveja.
Grazi: dois perturbado. - negou, abrindo uma cerveja.

[...]

Logo a madrugada chegou, e nada do VT falar o que queria. Minha mãe já tava na cola igual polícia.
Inaê: gente, foi muito bom esse momento com vocês, mas já estou de partida. - me levantei.
Grazi: eu te levo, doida. - levantou também.
VT: pode deixar que eu levo, tenho que trocar um lero com ela. - prendi a respiração, me deu moleza no corpo.
Grazi me olhou, esperando alguma reação, mas eu nem sabia o que tava acontecendo.
Inaê: tudo bem amiga, quando eu chegar em casa te mando mensagem - abracei a mesma - te amo!
Grazi: juízo vocês. - falou sorrindo - também te amo amiga, boa noite.
Ajeitei minha roupa no corpo, e sai junto com VT. Adentramos no carro, e logo senti meu coração querendo saltar pela boca.
Calada estava, calada fiquei.
Uns dois minutos depois estávamos na frente da minha casa, ele parou o carro e ficou me olhando.
Inaê; ok, o que você queria conversar? - falei tentando não demonstrar o nervosismo.
VT: bora ficar de boa ou não? - rápido e prático. Encarei ele.
Inaê: pra quê? Pra na primeira oportunidade você ficar tirando onda com minha cara? Pra aparecer com outras nos rolê? Olha, eu tô de boa em..
VT: pô morena, tô jogando ideia certa em tu. Eu te curto demais pô, não sei ficar longe de tu! - falou, apertando minha perna. Respirei fundo.
Inaê: eu preciso ir, minha mãe tá que me liga. Amanhã a gente termina essa conversa. - ele só concordou, e me puxou pela nuca.
O mesmo me deu um selinho, foi o mesmo que levar um choque, ave maria, logo ele pediu permissão para começar um beijo de língua. Autorizei, é claro.
Começamos um beijo fogoso, e que saudade viu. Ô homem maravilhoso.
Terminamos o beijo por falta de ar, e com direito a alguns selinhos.
VT: boa noite, minha gata. - sorriu, retribui o sorriso.
Inaê: boa noite, VT. - sai do carro.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora