Onze.

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Inaê narrando.

Ele ainda sim, podia está mentindo né? Neguei e fiquei calada.
O mesmo se aproximou de mim, e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Ô porra.
Inaê: para, VT. - suspirei. - Quero ir pra casa.
VT: certeza? - Me olhou e eu concordei.
Tinha uns dias que eu não via minha mãe, eu literalmente, estava só ficando na casa da Grazi e em festas.
Ele apenas concordou, subi no quarto, peguei minhas coisas e desci novamente.
Assim que adentrei ao carro, fiquei caladinha.
Tava no grau da cachaça, e meio chateada.
VT parou o carro na frente de casa, não falou um "A" e muito menos eu.
O clima tava estranho demais.
Inaê: Obrigada. - falei abrindo a porta.
VT: calma. - segurou na minha mão. Encarei ele. - vai ficar indignada comigo?
Inaê: VT não tenho nem o porquê de ficar indignada contigo. Não temos nada. Foi só um beijo. - sorri de lado. - Tô indo nessa, tô cansada. Se cuida.
Nem esperei que ele respondesse e já sai logo.
Entrei rapidamente em casa. Minha mãe já dormia.
Subi para meu quarto, e fui diretamente tomar meu banho relaxante.

[...]

Dois meses depois.

Os meses se passaram correndo. Eu estava fazendo cursos e mais cursos, evitava ao máximo de ir na casa da Grazi e de ver VT pessoalmente.
Algumas coisas mudaram. VT vivia desfilando com alguma menina. Grazi e WP estão ficando sério, porém, VT não sabe.
Dandan vive dando em cima de mim. Mas vamos ser sinceras, ele é lindo.
Grazi: você só sabe estudar. - resmungou se jogando na minha cama, encarei ela com tédio. - E nem vem com esse seu texto elaborado, já sei tudo de co e salteado. - revirei os olhos.
Inaê: Não tenho tudo de mãos beijadas não. - ela me deu dedo, segurei o riso.
Grazi: Inaê do céu, é só um baile caralho. - falou se estressando.
Inaê: Tá bom, demônio. - passei a mão no rosto. - mas eu não durmo na tua casa, e quero distância do teu irmão.
Ela comemorou e concordou.
Marcava exatamente 19:30. Fui tomar meu banho. Lavei meu cabelo, me depilei, escovei meus dentes e tudo que tinha direito.
Sai enrolada na toalha, e com uma toalha no cabelo. Arrasany.
Separei minha roupa, vesti minha lingerie e comecei a secar meu cabelo.
Passei a prancha e fui preparar minha make. Passei desodorante, hidratante corporal e vesti minha roupa, acompanhada por uma sandália cheia de pedrarias.
Me perfumei, coloquei um relógio, brincos, colar. Peguei meus documentos, cartão de crédito, meu celular e desci.
Grazi tava faltando ter um filho.
Conceição: lindíssima, minha filha. - Deu um beijo na minha testa. - que Deus te proteja.
Grazi: pelo menos a demora fez milagre. - Dei dedo.
Me despedi de mainha e saímos de casa, indo para o carro dela.
Dessa vez, era um IX35 Preto. Lindo demais.
A favela tava linda. Uma movimentação que só.
Grazi: hoje é dia de loucura - falou animada.
Inaê: Lá vem você, né vadia louca. - gargalhei. - e pelo amor de Deus, se você for foder com WP, me trás pra casa. - ela mandou dedo e concordou.
Passamos em um armazém de bebidas para que a bonita pudesse comprar a essência do vaiper dela.

01:30 AM

O baile fervia, loucura com doideira. Grazi não desgrudou um momento de mim, o que era estranho.
Logo se via um alvoroço. Seguranças com metralhadora, e logo atrás VT com uma de suas raparigas. Bem vestidas, e dessa vez, bonita.
Não me abalou em nada, logo Dandan se aproximou com uma de suas cantadas baratas. Não faz mal da uma estia né?
Inaê: tá precisando fazer umas mudanças com essas cantadas. - falei rindo e ele fez careta.
Dandan: um brasileiro não desiste. - neguei, tomando um gole da minha bebida.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora