Grazi narrando.
Logo de cara, já vi VT.. inaê brincava demais! Arrodeada de moleque, aí depois que o doido surta, ele é errado. Certo não é, mas ela também quer dá nó em goteira.
Me sentei ao lado dela, enquanto WP trocava uma ideia com meu irmão.
Grazi: você é foda em.. - tomei um gole da minha cerveja, encarando a mesma.
Inaê: não começa. - bufou.
Grazi: depois você tá xingando ele. Pondo como errado. - falei óbvia.
Inaê: uai. - me olhou. - ele ali com aquela aguada, pode né? - olhei pra direção que ela apontava. - só me cobre algo, quando ele for justo.
Respirei fundo, negando. Até me calei, a garota já estava ficando no grau.
WP: e aí, minha deusa. - chegou beijando meu pescoço.
Grazi: vamo marcar só um tempo aqui, e vazar. - ele concordou, enquanto Inaê me analisava, quieta.
Nem dei bola. Quero ver amanhã as lamentações....
VT: qual é a dela? - me encarou, sério. fiz como quem não sabia de nada, realmente não sei. - para de se fazer de loca, mano. tô ligada na daquela mina, só pra aperta minha mente. - passou a mão no rosto, visivelmente nervoso.
Grazi: olha irmão... - respirei fundo - eu não tô sabendo de nada, tanto que ela veio pra cá, e nem sequer me chamou. eu praticamente implorei pra ela ir na praia, e ela fez aquela cena dela. - ele fechou os olhos, respirando fundo - se liga, se for chamar pra DR pse controla que ela tá pistolada.
Ele riu, e negou. Ê bicho doido.
Fiquei na minha, voltei pra mesa. Inaê tava acima dos limites, e aquele bando de urubu nem gostava.
Grazi: bora pra casa. - cutuquei ela.
Inaê: só mais um pouquinho, Grazi. - a mesma falou arrastado.
Grazi: não - ela me olhou - a tia tá atrás de você.
Ela arregalou os olhos, e apenas concordou.
Dei um beijo no WP e peguei a chave do carro, saindo dali, com a mesma apoiada no meu ombro. Bêbada não, além disso...
Conceição: menina, você saiu pra comprar sorvete - falou, brava - como não me avisa nada?
Inaê: desculpa mãe - choramingou
Grazi: da um desconto, tia. foi aqueles urubu do gaguin, galego, xispa - bufei.
Conceição: vai direto tomar banho, bêbada enjoada. - eu ri e Inaê apenas concordou, saindo dali - essa garota tá toda diferente - respirou fundo - não sabe o que quer, e fica nessa rebeldia.
Grazi: aí tia, eu nem me envolvo mais - falei, pensativa - eles são adultos o suficiente pra ter uma conversa descente - ela concordou - tá desse jeito aí, porque VT tava no bar com outra. mas ela não tá ligada que falou pro menino esquecer ela - suspirei
A tia ficou calada, só concordando.Inaê narrando..
Ressaca? Temos, e muito. Minha cabeça parecia que ia explodir.
Abri os olhos devagar, me adaptando a luz que entrava pela janela. Respirei fundo. Hoje eu iria escutar horrores.
Passei a mão pelo criado mudo e achei meu celular. Mensagens e ligações era o que mais tinha. Bufei.VT: podemos conversar? - 23:58
VT: pô morena, dá uma moral pro véi. - 00:02
VT: tranquilo, vou ficar no pé não. - 00:05
VT: tu tá ligado que o pai é amarrado em tu e fica nessa. - 00:12O que aconteceu aqui? Respirei fundo, me levantando e fazendo um coque no cabelo. Peguei minha toalha e adentrei ao banheiro, pegando minha escova de dente e pondo a pasta. Logo liguei o chuveiro, me adentrando abaixo do mesmo. Senti a água entrando em contato com meu corpo, fazendo com que eu me arrepiasse.
Tomei meu banho, fazendo minhas higienes, lavei meu cabelo e logo escovei meus dentes.
Terminei saindo dali enrolada na toalha, e com outra na cabeça. Renovada.
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Entre nós: Amor e crime.$2
Teen FictionA vida nunca foi fácil, e não será agora que irá ser. Uma história conturbada, cheia de emoção, ódio, rancor, mas o amor sempre vence tudo. Inaê, doce e amada por onde passa. Victor, odiado e destemido por toda favela. Será o que o destino planeja p...