Treze.

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Inaê narrando.

Acordei exatamente às 11:58. Tudo girava. Tentei analisar o local em que eu me encontrava, mas tava difícil relembrar. Acho que eu nunca tinha entrado naquela parte da casa.
Fiquei alguns minutos tentando me manter em si. Segurando o vômito e tentei me sentar.
O quarto estava escuro, friozinho, e cheiroso.
Todo ajeitado. Cabia minha casa inteira ali.
Olhei pro lado, e vi ele ali. Dormia igual um anjo, lindo por demais.
Ergui uma sobrancelha, tentando me lembrar o que havia acontecido. Me analisei, e vi que estava de lingerie. Eu hein.
VT: vai ficar velando meu sono agora? - falou ainda de olhos fechados. Arregalei os olhos, e forcei um sorriso.
Inaê: porquê eu tô dormindo no seu... - respirei fundo - rolou algo entre... Nós? - ele me olhou, com seus lindos olhos.
VT: bem que podia ter rolado né... Mas tu tava bêbada demais pra isso. - mandou uma piscadela. Sorri sem graça.
Inaê: acho que ainda estou. - coloquei a mão na testa.
VT: deita aí pô, descansa. - bateu no local em que se encontrava vazio.
Apenas concordei, sentindo meu corpo pesar.
Passou uns minutos, senti a respiração do mesmo pesada. E logo em seguida, seu braço me agarrando pela cintura.
Meu corpo não esperava por aquilo. Uma corrente elétrica atingiu minha corrente sanguínea. Me causando arrepios e uma respiração descompensada.

[...]

Acordamos novamente com uma gritaria na sala. VT parecia grilado, e eu assustada.
Inaê: o que tá rolando? - sussurrei. E ele fez um sinal com o dedo. Pedindo pra escutar.
Xxx: CADÊ ELE PORRA? NAO VAI ME DIZER QUE TÁ COM AQUELA SEM SAL? - era voz de mulher, e eu não sabia quem era.
A feição de VT mudou, parecia que tinha escutado voz de algum defunto. Ele se levantou em segundos, vestindo sua blusa.
VT: fica aê... - pegou sua pistola no criado mudo.
Não deu nem tempo de responder. Ele saiu fechando a porta, e eu nem raciocinava direito.
A gritaria continuou, e a voz de VT mal dava para escutar, mas era fria e calculista.
Xxx: DEIXA EU VÊ ELA UÉ, QUERO VER SE É ISSO TUDO MESMO. - a voz parecia mais próxima que o normal.
Grazi: Vai pra lá, Bruna. Tu num tinha ido seguir tua vida fora? Voltou porque? - falou, debochando.
Bruna: Fica. Na. Tua. - falou, em um tom ameaçador.
VT: chega, mermão. - sério. - vaza, garota. Nossa história acabou tem é tempo! - um silêncio tomou conta.
Logo escutei um barulho na porta, alguém tentava abrir. Ainda bem que aproveitei para trancar.
Bruna: Parece que tem alguém com medo. - A mesma tinha uma risada diabólica. Logo escutei algo se batendo contra a parede.
VT: eu mandei tu parar, caralho. Quem deixou tu subir nessa porra? - o mesmo falava algo no radin.
WP: Que merda é essa, brow? - parecia surpreso.
VT: tira esse caralho daqui. Leva pra qualquer inferno. - falou nervoso.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora