Trinta.

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VT NARRANDO.

WP entrou na minha mente. Tava a milhão, ali era lugar de difícil acesso, porque teria um carro "quebrado" por lá? Comecei a ficar nervoso. Respirava fundo e passava a mão na nuca para manter a calma e postura.
Olhei pro lado e tava lá a marrenta, toda jogada na cama, parecia uma capivara atropelada, mas não deixava de ser bonita e ter a cara de marrenta.
Peguei um beck e sai dali. Tava com a mente fervendo. Amanhã tem que pôr alguém pra ficar na contenção.
Grazi: fazendo o que acordado, zumbi? - falou com uma latinha de cerveja na mão, me encarando.
VT: tô puto e bolado. - a mesma revirou os olhos. & - WP pesou na minha mente, pô.
Grazi: de quê? daquele carro? - concordei e ela me olhou óbvia. - ele só falou o óbvio né?
VT: eu sei pô, eu sei. mas o problema é que ninguém sabe daqui. só a gente da gente. - respirei fundo e ela me passou a latinha.
Grazi: você tá querendo pôr minha mente pra funcionar agora? - olhei pra ela, e sorri fraco. - tá bom, alguém sabia que a gente ia vir? - neguei.
VT: mais tu tá ligada como as notícias correm rápido né? Bruna tava na minha mira, e eu tô boladão com essa doida na minha.
Grazi me olhou desconfiada, mas não falou nada.
VT: começa não, nem dou confiança pra aquela maluca. - sentei na cadeira que tinha ali.
Grazi: lembra aquela vez que eu e a Inaê foi pra baladinha no asfalto? - encarei ela, esperando a bomba. - não me olha assim, a gente não fez nada demais. - começou a se defender.
VT: fala logo Graziela. - falei sério e ela bufou.
Grazi: na época que a Bruna tinha sumido, nunca mais ouvimos falar do china. - fechei os olhos, tentando analisar. não boto fé nisso que ela vai falar não.
VT: tá, e aí? - falei impaciente.
Grazi: espera cão. - fez careta. - aquele dia a Inaê tava animada, mas na dela. Tomando um drinks e pá, daí ela me falou que tava incomodada com uma pessoa olhando ela, e me mostrou. - neguei com a cabeça. - quando ela apontou, o cara sorriu, até então eu tinha achado o sujeito bonito, mas quando olhei direito, reconheci a peça.
VT: porra Grazi, e porque tu num soltou a prosa naquela época ? - levantei nervoso, passando a mão pelo rosto.
Grazi; eu não terminei. - falou dando de ombros. - quando reconheci ele, puxei inaê pra gente ir embora e quando estávamos indo pro carro vi uns homens seguindo a gente. Por sorte conseguimos entrar no carro e depois de um tempo eles desistiram de procurar algo. Acho que era nós mesmo. Não contei no outro dia, porque não vi necessidade. Mas algo tá me dizendo que tem alguém querendo fazer maldade pra tu, e querendo usar a Inaê pra causar isso. - concordei, mas nervoso.
Nem discuti, pra mim aquilo era o auge do estresse.
Se china e Bruna estiver pensando que vai fazer algo pra inaê, eles estão enganados, eu pego eles primeiro.

[...]

Acordei já era tarde, Inaê já não tava mais na cama. Respirei fundo, e sentei na cama, lembrando da conversa com a vacilona, o estresse subiu na hora.
Neguei com a cabeça e fui tomar uma ducha, era loucura demais pra minha mente, tá maluco.
Tomei meu banho caprichado, escovei os dentes e sai com a toalha pendurada na cintura.
Inaê: ops... - tampou os olhos, sem graça.
VT: até parece que nunca viu. - falei em um tom brincalhão.
Inaê: para de conversa fiada. - me olhou seria, e depois soltou uma risadinha. - tá tudo bem? Você parece preocupado com algo.
Olhei para a mesma, incrível como essa garota me conhece tão bem. Feiticeira do caraio.
VT: tudo bem pô, só umas coisas pendentes que tá tirando meu sossego. - ela me olhou desconfiada, mas concordou.
Inaê: se veste logo, vim te chamar pra tomar café. Tá todo mundo na mesa te esperando. - falou animada.
VT: pode crê, já eu colo lá. - ela assentiu e saiu do quarto.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora