Dezessete.

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Inaê narrando.

Depois da invasão, minha mãe disse que iríamos viajar. Fiquei animada, não estava muito adepta a aquela favela cheia de confusão.
Mas o interessante, era que foi tudo muito rápido. Ela me avisou a noite, e de madrugada estávamos saindo.
Até carro particular apareceu. Estranho né? Mas nem questionei. Entrei no carro com minha mala e uma bolsa de mão, e logo adormeci.
Acordei com minha mãe aparecendo no carro com lanches, e me entregando. Apenas sorri em forma de agradecimento, e peguei meu celular. Algumas mensagens de Grazi e uma do VT.
Neguei, vou dá um tempo pra mim.
[...]
Jericoacoara? Sim, gente. Eu estava em uma das cidades que era louca pra conhecer.
Inaê; O que tá acontecendo aqui? - falei, pensativa. Olhando pra minha mãe.
Conceição: nada demais. - deu de ombros. - precisamos descansar, haverá muitas coisas pela frente.
Ergui a sobrancelha, sem entender muito bem o que significava aquilo.
Eu nem debati sobre o assunto, tava tudo muito esquisito pro meu gosto. Assim que eu descansar minha mente, irei perguntar o que estava acontecendo.
E

ntramos no hotel, já estava tudo reservado. Tudo muito sofisticado, chique, e com um ar de leveza.
Tirei as roupas da mala e comecei a ajeitar tudo certinho.
Logo ouço meu celular tocando.
VT 🔥
Respirei fundo, deixei o celular tocando, e assim que ele parou, coloquei no silencioso.
Eu estava fazendo papel de boba, de criança, mas realmente fiquei sistemática com tudo que aconteceu.
Depois de arrumar minhas malas, decidir conversar com a minha mãe, peguei meu celular e desci.
Elas não estavam no momento, no apartamento que escolhemos tinha uma cozinha. Ali eu vi que tinha várias sacolas com várias besteiras, meu celular começou a tocar novamente, olhei a tela e era o VT.
Logo eu vi que já estava na hora de dar uma explicação a eles, respirei fundo e atende a ligação.
~ Começo de ligação.
VT: caraca tio, achei que você nunca fosse me atender Inaê, sacanagem isso pô fiquei mô preocupado. - disse eufórico.
Inaê: eu estou bem. - disse, tentando achar as palavras.- desculpa ter sumido sem falar nada.
VT: onde tu tá? - preocupado.
Inaê: minha mãe arrumou uma viagem, não me pergunte como pois nem eu sei o que que aconteceu. ela só avisou que iríamos sair de madrugada quando foi 4 horas da manhã, na verdade, antes de 6 horas da manhã na verdade a gente já tava de viagem. - ele respirou fundo. - aconteceu algo?
VT: o simples fato de você estar me evitando, te diz algo? - bufei.
Inaê: não é assim também, VT. Preciso de um tempo pra mim e minha mãe. - só dava para ouvir a respiração dele impaciente, o que eu podia fazer gente? Desde que eu conheci ele, eu só vivia na casa dele, eu mal ficava em casa.
VT: pode crê, pode crê. - falou, chateado. - te cuida aí. Quando chegar, liga nois.
~ Fim de ligação.
Foi estranho? Foi. Dava para ver que eu já tirei ele tinha alguma forma, ele mal deixou eu responder ele e já desligou o telefone? Como assim gente? Eu deveria, eu devo ficar com a minha mãe.. Nem tudo se resume em macho!
Respirei fundo, minha cabeça começou a girar. E logo veio várias perguntas querendo me culpar em algo.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora