Entre nós: Amor e crime.$2

Quarenta e três.

Grazi narrando.

Alguns meses se passaram, e foram os meses mais perrengues da minha vida. Eu e WP estamos passando o pão que o diabo amassou com VT.
Que inferno que foi esse? Inaê não pensou na gente?
Que saudades dessa louca. Saudades de ver ela, e se ela tá com o barrigão maravilhoso que tanto esperamos.
Eu tava deitada no sofá, vendo alguns perfis aleatórios no insta, logo um perfil gringo pediu pra me seguir. Ué?
Entrei, e o mesmo era privado. Tinha uns 219 seguidores. Fake?
Ou poderia ser inaê? Pedi para seguir a mesma e logo aceitou a solicitação. Vi um monte de foto, só da barriga.
Fiquei intrigada.
Logo WP chegou nervoso. Eu é que não mexo.
WP: se inaê não aparecer, vai ter 3° guerra mundial nessa favela. - se jogou do meu lado. - o que você tanto analisa aí? - me olhou curioso.
Grazi: essa não foi a data que a inaê sumiu? - entreguei o celular pro WP. - esse perfil me pediu amizade hoje. E quando fui seguir, aceitou na mesma hora. Seria coincidência demais? - ele me olhou pensativo.
WP: caraca, se for ela, a barriga já tá desse tamanho? - mostrou uma foto recente. Eu concordei. - minha nossa senhora da bicicleta. - eu ri.
Grazi: não vou falar nada, vou esperar da sinal de vida. Se for ela, tenho certeza que não vai aguentar por tanto tempo. - ele concordou indo pegar uma lata de cerveja.

[...]

Grazi: você deveria se cuidar mais. - fiz cara de nojo, vendo ele entrar todo cheio de olheira e barba por fazer.
VT: qual foi que agora você se preocupa? - bufei. - na hora da sacanagem, não preocupou.
Grazi: vá te lascar pra lá. - ele me encarou. - cansei dessas piadinha, tá achando ruim? Mata todo mundo porra. Eu não ajudei ninguém pra você tá nesse rancor todo. Tem que se foder mesmo. - ele ficou calado.
Sai de perto, se não ia ter que meter um murro.
Palhaço do caralho.
Fui até a sorveteria, e peguei um picolé. Paguei e sai dali, tentando restaurar minha calma.
Essa favela não era mais a mesma, que saudade de tacar um terror.

WP narrando.

VT: tá braba né? Tu dormiu de calça? - encarei o mesmo, negando. - qual foi?
WP: tu tá ligado que ela tá certa né? Ninguém mais aguenta essa tua loucura. Inaê quando quiser aparecer, ela vai aparecer. - o mesmo me olhou. - não adianta maltratar, e ficar doido atrás dela. Tu acha que não foi tudo muito bem pensado? - o doido bufou.
VT: é minha mulher e meu filho. - falou, tentando não se alterar.
WP: pode até ser seu filho, mas tua mulher, não é desde o dia que você sacaneou ela. - dava pra ver o ódio na cara do mesmo.
Porém, ele não falou nada, apenas negou e saiu dali, cheio de marra, esse viado.