Trinta e nove.

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Grazi narrando.

Vê minha amiga naquele estado me deixava chateada, tadinha, ninguém merece passar por isso. Victor era um idiota, ele passava dos limites, ele é um otário.
WP tinha um apê na barra da Tijuca. Nem eu sabia disso. Acho que ninguém sabe. Ele deixou a inaê ficar lá, pelo menos pra espairecer. Ela tá sem cabeça pra tudo. Eu entendo o lado dela, é maior decepção você deixa de viver a vida pra poder viver a do outro, achando que tá fazendo o certo. Só ladeira a baixo.
Inaê: obrigada. - limpou o rosto. - se vocês puderem esconder o fato de que estou aqui e que não sabem de mim, vou agradecer muito. - falou tristonha.
Grazi: se cuida amiga, a gente sempre vai tá com você. - abracei a mesma. - e agora você tem que manter a calma, tem um serzinho aí, que precisa de você bem. - alisei os cabelos dela.
A mesma concordou e ficou calada.
WP: tamo junto maninha, tu tá ligada, precisando é só ligar pra mim ou pra Grazi. - o mesmo beijou a testa dela.

[...]

Grazi: você é um idiota. Eu tenho é vergonha de falar que você é meu irmão. Otário. - estava em DR com VT. Não tinha paciência pra gente ridícula.
WP: calma aí pretinha. - tentou me tirar do foco.
Grazi: calma nada Wiliam, Victor tá achando que tem um rei na barriga. Você tá achando que trair a Inaê com aquela ridícula da Bruna te faz mais macho é?
VT: Graziela, olha lá em. - falou me encarando.
Grazi: olha lá o que? A menina tá esperando um filho teu. - apontei pro mesmo. - você tá sendo pior que o papai. - ele veio pra cima de mim. - bate, é assim que começa. O pior é a traição, e isso você já fez. Eu espero do fundo do meu coração, que ela nunca volte com você. E tu sofra amargamente por ter largado quem tava contigo quando tu tava na ruína.
Nem deixei ele responder e sai dali. Todo dia uma coisa nova. Uma besteira nova. Uma feiúra nova.
Dessa vez VT me deixou de cara. Nunca imaginei uma coisa dessa, hoje em dia, não podemos esperar nada de ninguém.
Cheguei em casa e tirei minha sandália, meu celular começou a tocar. Olhei no visão, tia Conceição.

Começo de ligação.

Grazi: fala veinha. - tentei soar mais tranquila.
Conceição: oi filha. Sabe da inaê? - falou preocupada.
Grazi: ó tia, sei não. - era difícil mentir, mas inaê pediu. - ela não ligou, nem nada. mas se ela der sinal de vida, eu ligo aí.
Conceição: liga mesmo filha, VT também tá atrás dela. - falou sem saber de nada.
Grazi: olha tia, vou calar é minha boca viu? Porque eu tô é querendo matar esse filho de um corno.
Conceição: - risada - que isso minha filha. Vou desligar aqui, tenho um monte de coisa pra resolver. Beijos.

Fim de ligação.

[...]

Inaê narrando.

Aqui era tudo muito chique. Tudo planejado, parecia que eu estava numa cena de filme, com visão ao mar e tudo.
Rio de janeiro era maravilhoso. Eu amava aquela cidade. E aquele apê, era meu mais novo amor.
Eu estou tão chateada com tudo que aconteceu, com tudo que tá acontecendo. Eu não estou nem conseguindo raciocinar direito. Mas ninguém morre de amor né? Ou morre? Não, não morre. O amor faz a gente amadurecer. E se antes eu era o terror, agora eu vou ser pior. Vou pensar em mim, e no meu/minha filho. VT vai conhecer a pessoa que ele largou, e agora quem não quer ele, sou eu.

2 semanas depois.

A vida tava mais difícil do que eu pensei. Todo dia uma ameaça diferente, Bruna enchendo o saco, Dandan deu seu sinal de vida, VT querendo conversar. Eu tô prestes a explodir.
Grazi: o que você vai fazer? - me olhou. - vai fugir por aí? - riu. - a qualquer momento VT descobre que você tá aqui na mordomia.
Inaê: como se eu quisesse levar essa vida né? - encarei ela. - eu tô cansada.
Grazi: desculpa, não achei que você iria levar a sério. - levantou a mão em sinal de rendição.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora