Dezenove.

2.1K 94 1
                                    

Inaê narrando.

Cheguei de viagem, tudo certo. A alma tava até mais tranquila. Me arrumei e mandei mensagem pra Grazi. Nada de visualizar, ou me atender. Fiquei preocupada, nunca furou comigo.
Liguei pro WP e o mesmo disse que também estava atrás dela. Estranho.
Continuei mandando mensagem. As horas se passaram e resolvi ir até a casa dela. VT estaria por lá.
Coloquei um vestido, e calcei uma rasteirinha, passei perfume, desodorante, creme de pele e um gloss. Peguei as chaves de casa, e meu celular e subi até a casa do mesmo.
As luzes estavam acesa, e o carro dele tava do lado de fora.
Inaê: VT tá aí? - perguntei a um segurança.
Xxx: Tá sim, gatinha. Vou avisar que tu tá querendo um lero. - concordei e ele chamou no radin. - Entra aí.
Passei pelo mesmo, sentindo a secada dele e dos demais. Neguei e fui até a porta principal.
VT tava deitado no sofá, algumas garrafas quebradas, pingos de sangue e um cheiro insuportável de maconha. Ele mantinha seus olhos fechados.
Inaê: O que aconteceu aqui? - sussurrei pra mim mesma.
VT: nada que seja interessante. - encarei ele, levando um pequeno susto. - qual foi da visita?
Inaê: eu tinha marcado com a Graziela. Mas ela não me responde e nem me atende. - resmunguei.
VT: discutimos.. - deu de ombros. - ela falou um bagulho, me estressei e meti a mão na cara dela.- arregalei os olhos. - ela saiu sem dizer onde ia.
Inaê: Nem eu falaria.- ele me olhou. - e esse sangue aqui no chão?
O mesmo deu de ombro, levantando a mão que tinha um corte fundo.
Inaê: Desde que horas tá sangrando assim? - falei, pegando um pano, e indo até o mesmo.
VT: tem um tempo já. - falou, impaciente.
Fiquei calada, peguei a mão dele, e coloquei o pano, na intenção de estancar o sangue.
Inaê: precisa de pontos. - ele me olhava curioso. - tá me escutando?
VT: exquece... - fechou os olhos de novo.
Ele tava um cheiro de pinga, e droga. Impossível lidar com isso.
Inaê: vem, vou te levar no postinho. - puxei ele devagar.
O mesmo resmungou e veio.
Gago apareceu e me ajudou com ele. Peguei a carteira dele, e fomos até o postinho. Graças a Deus era 24hrs.

[...]

Gago: o que rolou? - disse, me entregando uma lata de refrigerante.
Inaê: nem eu sei. - suspirei.
Doutor: esses são os remédios. - me deu uma receita. - vai ajudar a cicatrizar.
Inaê: obrigada, doutor. - forcei um sorriso.
Logo vi VT atrás, cheio de marra, mas com o semblante de cansaço.
VT: bora logo, tô nem afim de ficar aqui.- falou, ignorante.
Revirei os olhos, e acompanhei ele.
Inaê: quantos pontos? - olhei a mão dele.
VT: nove. - olhei pro mesmo, enquanto ele me ignorava.
Mereço mesmo.
Gago foi dirigindo, enquanto eu só ficava pensando no quanto eu era besta de ajudar esse maluco e ele ficar me evitando.
Chegamos na casa dele. O carro do WP estava lá.
Desci e adentrei na casa, encontrando a casa totalmente limpa, sem nenhum vestígio de garrafa quebrada.
Grazi estava sentada no sofá, conversando com WP.
Inaê: Ei... - ela me olhou, sorrindo. - estava atrás de você.
Grazi: me desculpa. - veio me abraçar.
Inaê: tudo bem. Aqui. - entreguei a receita.
Grazi; o que é isso? - me olhou.
Inaê: seu irmão, cortou a mão. - ela olhou com decepção pro mesmo. - no posto não tinha o remédio, e a farmácia tava fechada. - ela concordou. - podemos deixar pra amanhã? - ela riu, concordando. - acho que agora vou indo, sai sem avisar minha mãe.
Me despedi de todo mundo, e na hora de falar com VT  ele me encarou.
VT: podemos conversar? - ergui uma sobrancelha.
Inaê: podemos sim.- senti meu coração querendo saltar do peito.
Ele me guiou até o quarto dele.

Entre nós: Amor e crime.$2 Onde histórias criam vida. Descubra agora