VT narrando.
VT: eu não tô pra gracinha. - falei, me estressando. - eu quero as porra aqui, pato!
Pato: pô chefe, nirin quer que o senhor cola lá. - levantou a mão em sinal de rendição. Passei a mão pelo rosto, sentindo o estresse me abalar.
VT: vocês não resolve merda nenhuma nessa bagaça. - dei um murro na mesa. - Cadê o WP, porra?
Galego: tá vindo aí mano. - apontou pra porta.
Neguei. Esses moleque testa a minha fé.
Procurei um Beck bolado, ainda bem que eu achei.
Acendi o mesmo, puxei, prensei e soltei. Fiz isso umas 3 vezes e logo senti a paz me rondando.
WP: o que tá pegando? - chegou, ajeitando a pistola na cintura.
VT: qual é a do nirin? Esse pau no cu tá querendo demais. Paguei pra ter os bagulho e ainda quer que eu vou lá? - WP me olhou pensativo.
WP: não é todo dia que o chefe tá comprando coisas dele. Deve ser um emocionado. - respirei fundo. - vou descolar esse bang, irmão. Fica na paz. - concordei e ele deu um tapinha na minha costa.
Fiquei lá na boca por uns minutos e sai dali voado....
WP: o viadin disse que precisa de assinaturas. - bufei.
VT: eu vou chegar é estourando a mente daquele cuzao. - WP riu, negando. - de onde esses cuzao arruma isso? Palhaçada, irmão, palhaçada.
Grazi: gente, que calor é esse. - chegou se abanando.
VT: tava aonde vacilona? - a mesma me mandou dedo.
Grazi: tava batendo perna no Joca. - concordei. - Inaê tá atrás de tu. - falou dando de ombros.
Olhei pra mesma, curioso. E ela mal deu ideia. Senti meu coração acelerar um pouco, e eu logo tratei de tirar isso do pensamento. Corri atrás demais, ela sabe onde me encontrar, e isso é certo pô.
Continuei acertando umas papelada, contando droga e dinheiro. Logo vi a noite caindo.
VT: tu fica na contenção, pato. Qualquer vacilo, cobro de tu. - o mesmo assentiu.
Pato: fica tranquilo, meu patrão. - encarei ele e fiquei calado.
Fui até meu carro e adentrei no mesmo, ligando o som baixo, e indo pro meu apê.
Antes fiz uma ronda pela favela, e tudo nos conformes, do jeito que o pai gosta.
Assim que estacionei o carro, vi Inaê se aproximando. Com cara de cansada. Tendeu nada.
VT: o que tá pegando? - olhei pra mesma.
Inaê: nada. - negou, suspirando. Ergui a sobrancelha para a mesma. - Uai, tô falando sério.
VT: tô falando nada pô. - tranquei o carro. - Grazi disse que tu queria trocar um lero, diz aê
Inaê: você que tava mandando mensagem. - falou óbvia. Revirei os olhos.
VT: bó lá pra dentro. - puxei ela, indo até o portão e abrindo o mesmo.
Cumprimentei os seguranças e fomos para o interior da casa.....
Inaê; vai falar o que é ou não? Eu vou embora. - falou impaciente.
Olhei para a mesma sorrindo debochado, e tomei um gole da minha cerveja.
VT: toma uma aí pô. - ela bufou, pegando uma lata de cerveja. Toda marrenta, uma gata. Feiticeira do caralho.
Inaê: Terra chamando. - estralou os dedos no meu rosto.
Encarei a mesma, fechando a cara.
Ela resmungou, negando.
Grazi: e agora fazem resenha e não chama. - falou, atraindo a atenção. - vocês dois estão na minha lista negra.
VT: não começa. - a mesma mandou dedo. - pega uma aí também.
Ela riu e concordou.
Grazi: posso saber o motivo da bebedeira? - olhou curiosa. - vocês por um acaso se acertaram?
Inaê; mais fácil eu conseguir ganhar na mega sena. - sorriu de lado. Olhei para a mesma.
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Entre nós: Amor e crime.$2
Teen FictionA vida nunca foi fácil, e não será agora que irá ser. Uma história conturbada, cheia de emoção, ódio, rancor, mas o amor sempre vence tudo. Inaê, doce e amada por onde passa. Victor, odiado e destemido por toda favela. Será o que o destino planeja p...