VT narrando.
O bagulho era louco e o processo era mais lento ainda.
Minha vida tava o verdadeiro caos, e eu gostava disso. Minha cabeça tava a prêmio, um dos mais caros se não me engano, e isso era minha motivação de todos os dias. Era minha brincadeira favorita, deixar todos ao meu redor com ódio de mim. E dane-se, não tenho mais nada a perder.
Flavin: aê chefe, tá ligado lá daquele Bang? - encarei ele. - se pá, tá aqui no Brasil. - ergui uma sobrancelha.
A conversa tava boa demais para ser verdade. Já catei meu celular e entrei no insta, e tava lá uma foto da suposta cria que é minha. Toda linda, tá maluco???
Fui do céu ao inferno em questão de segundos, minha cabeça girou legal.
VT: chama WP pra mim, agora. - falei nervoso.
Flavin saiu dali voado, indo atrás do WP. Eu só sabia sentir meu coração acelerado. Eu tava nervoso. Tá porra._
WP: espero que seja importante, hoje e minha folga, seu baitola. - chegou resmungando. Joguei o celular pro mesmo.
Ele analisou o que via e me olhou pasmo.
VT: fiquei desse modelo aí também. - ele me encarava procurando palavras.
WP: tá porra. - passou a mão na nuca. - que moleca bonita viu. Mas aonde ela tá? - falou pensativo.
VT: fechando contrato com uma editora. Eu preciso encontrar ela pô, minha filha. Tô nem aí pra inaê não pô, ela que se lasque pra lá. - WP me olhava atento. Deve que nem tava acreditando nas minhas palavras.
Mas deveria, já se passaram três anos, me libertei de todo ódio que havia em mim.
WP não disse nada, tava em dúvida até agora.
[..]
Inaê narrando.
Inaê: não posso ficar mais de uma semana. - falei olhando o papel. - tenho outros trabalhos além desse aqui. - falei óbvia. - não tem nem possibilidade de ficar mais de meses aqui, pelo amor. - falei, ficando nervosa.
Heitor: esse é o acordo. - falou dando de ombros. - se as outras marcas são mais importantes, desista. - encarei ele, segurando o riso.
Quem eles achavam que era? Me tirar lá do fim do mundo, pra ficar me tratando assim?
Respirei fundo e me levantei.
Inaê: quando você aprender a trabalhar com o público, conversaremos. Caso contrário, vou desistir sim! Não sou eu que estou falindo. Agora se me dê a licença, eu tenho uma cidade inteira pra visitar. - sai dali, carregando minha dignidade sem ao menos deixar eles responder.
Minhas veias pulsava, o ódio que eu estava sentindo não era pra menos.
Sai da editora sentindo uma movimentação estranha. Lá vem.
Peguei meu celular digitando o número de Adrian.
Tocou duas vezes e o mesmo atendeu.
- Começo de ligação.
Adrian: e aí? Como foi? - falou animado.
Inaê: uma merda. Tinha um garoto lá, Deus me livre, sem educação demais. - bufei. - não assinei contrato, queriam que eu ficasse mais de um mês aqui. - falei disparadamente. - Como está Aurora? - falei boba. Ela é tudo pra mim.
Adrian: está bem, fala com a mamãe. - incentivou a mesma.
Aurora: Tio Adian deu sovete.. - falou animada.
Adrian: sua mãe vai brigar com o tio. - falou no fundo e ela deu risada.
Inaê: se ela adoecer, eu arranco teus dentes. - ele riu. - daqui a pouco estou aí.
- Fim de ligação.
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Entre nós: Amor e crime.$2
Teen FictionA vida nunca foi fácil, e não será agora que irá ser. Uma história conturbada, cheia de emoção, ódio, rancor, mas o amor sempre vence tudo. Inaê, doce e amada por onde passa. Victor, odiado e destemido por toda favela. Será o que o destino planeja p...