Entre nós: Amor e crime.$2

Dois.

Grazi narrando.

Era até maquete de jornal eu tá andando com alguém nesse morro. Por onde passávamos, era comentário.
A bicha era linda mesmo. Cabelão batia na bunda, corpinho todo definido. E um caráter maravilhoso.
Fomos diretamente pra tenda da tia Núbia, já pedi um combo de Jack, energético e gelo de água de Coco. Sou nem obrigada né?
Fiz um copo pra Inaê, e tratei de fazer o meu.
Inaê: Eu não sou de beber. - falou, dando um gole na sua bebida. - Você é o tipo de amizade, que minha mãe vai falar pra eu me afastar. - Dei dedo e a mesma gargalhou.
Grazi: Tu é otaria assim mesmo, ou só quando você respira? - A mesma revirou os olhos.
O baile tava tranquilo, nem tão cheio, e nem tão vazio (AINDA NÉ?)
Eu ainda não tinha avistado VT e WP, devem que estavam comendo alguma piranha.

"Tu vai foder no céu piranha, dentro do helicóptero"

Dj Guga era massa demais, eu já tava embrasadinha. Inaê só observava, vez ou outra, mexia o corpo.
Grazi: Que isso garota, se solta. - puxei ela.
Inaê: Grazi, não. - riu, mas logo me acompanhou na dança.
Trabalho lindo, as minas se morderam.
Logo chegou um dos seguranças do VT, mereço.
Xispa: Chefe tá mandando a bonita subir. - encarei ele.
Grazi: Manda seu chefe não me estressar hoje. - Xispa riu. Mandei dedo.
Xispa: Bora Grazi, colabora. - ele analisou Inaê. - Quem é?
Grazi: Não é pro teu bico. - Dei um tapinha no ombro do mesmo.
Ele riu, e logo nós o acompanhamos. Não se pode nem curtir mais.
Fui subir as escadas e logo Inaê me cutucou.
Inaê: Temos que subir mesmo? - falou apreensiva.
Grazi: Relaxa, amiga. Tudo tranquilo. Aqui é mais seguro. - Dei uma piscadela. Ela concordou e subimos.
Eu tinha uma raiva tão grande quando VT ficava nessas gracinha, e ele sabia muito bem. Faz pra provocar, irmão só serve pra isso mesmo, estressar.
Grazi: Na próxima, tu vai atrás. - Cheguei cheia de marra. O mesmo me olhou, empurrou uma de suas puta e me abraçou de lado.
VT: Na próxima de meto bronca. - deu um beijo no topo da minha cabeça. - Quem é a dondoca?
Inaê: Dondoca num sei aonde. - bufou, ele riu.
Grazi: Não começa, VT. É filha da tia Conceição. - o mesmo olhou curioso, mas apenas concordou.
Inaê olhava para o mesmo com desprezo, e deu pra perceber que ele ficou mal humorado com isso.

[...]

Eu tinha dado o perdido. Tanto no VT, quanto na Inaê. Ela vai me matar.
Eu tava na casa do Ítalo, um dos meus rolos. Bicho gostoso da porra.
Trabalhava pro meu irmão tem uns 2 anos.
Ítalo: Gostosa. - bateu na minha bunda. Mordi os lábios.
Começamos o fogo novamente, muita loucura, fazia um trabalho lindo.
Meu celular não parava de tocar. Já estava me estressando.
Peguei o mesmo e vi o nome da Inaê, lascou.

~ Começo de ligação.

WP: Aonde tu tá porra? - falou, estressado.
Grazi: Que voz gostosa. - ele respirou fundo. - Cadê minha amiga?
WP: Seu irmão tá querendo matar ela. - falou calmo. Logo escutei Inaê e VT discutindo.
Grazi: Ah pronto. - Me levantei, comecei a vestir minha roupa. - Marca aí.

~ Fim de ligação.

Ítalo: Mais já? - Me observou.
Grazi: Nada é pra sempre. - Mandei beijo e peguei minhas coisas.
Nessas horas o carro salva bonito.
Olhei no relógio e marcar 05:21 AM. Dona Inaê chegou metendo banca.
Acelerei minha nave e logo cheguei em casa.
Os seguranças abriram o portão e logo vi o fuzuê que tava aquela casa. Mereço.
Desci do carro e já pude ouvir a voz do VT.
VT: TU ME RESPEITA, PORRA. - disse segurando o braço de Inaê.
Inaê: Vai fazer o que? Me matar ou me bater? - falou tranquila, e encarando o mesmo. Surta bebê.
Grazi: Que isso, gente? - falei, surpresa.
Os mesmos nem me deu bola, ficaram lá se encarando querendo se matar.
WP: Tem é horas que essas porra tão assim. - disse, tomando um copo de uísque.
Neguei e logo escutei o estalo de tapa. Arregalei os olhos, e WP levantou doido.
Inaê: NUNCA MAIS ENCOSTA EM MIM. - disse, apontando o dedo pro VT. - Imundo.
Inaê estava nervosa, era nítido.
Puxei a mesma pro carro.
Grazi: O que aconteceu? - ela negou, e eu concordei. Levando a mesma para sua casa.