Lᴀ Mᴇɴᴛɪʀᴀ

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13 𝚍𝚎 𝚖𝚊𝚒𝚘 𝚍𝚎 2018 - 𝙼𝚒𝚊𝚖𝚒, 𝙵𝚕𝚘́𝚛𝚒𝚍𝚊

Aɴʏ Gᴀʙʀɪᴇʟʟʏ

Entrei em minha casa correndo em direção ao meu quarto. – De alguma forma, o que Josh havia me dito me fez acreditar que ele queria terminar comigo. – Quem não planeja um futuro ao lado de sua namorada? Isso é completamente normal e saber que ele não planejou nada, me faz pensar em todas as possibilidades possíveis.

– Any. – Sabina me chama do outro lado da porta. – Por favor, me deixa entrar.

– Eu quero ficar sozinha. – Engulo o choro.

Todo esse drama, para que serve? Nada! Exatamente, para nada!

– Sou eu, sua irmã de sangue. A que sempre te apoia e que sempre é trouxa sozinha. – Seguro a risada. – Eu quero saber se você está bem, ou se devo bater no Josh. – Me levanto da cama e limpo os respingos de lágrimas que tinha em meu rosto. – Eu me preocupo com você... – Abro a porta com um sorriso de lado. – Aí sua canalha, eu vou te matar. – Começo a rir e ela pula em mim, fazendo nós duas cairmos no chão. – Você me deixou preocupada.

– Eu sei. – Me ajeito no chão e me deito, Sabina faz a mesma coisa olhando para o nosso teto. – Ele foi babaca comigo.

– Eu sei. – Fecho os olhos imaginando o sermão dela. – Mas ele te ama e o fato dele não planejar nada com você, pode ser que ele goste de aproveitar o momento.

– Não o proteja. – Resmungo.

– Deus me livre Gabrielly. Até parece que não me conhece. – Brinca e ri em seguida. – Sei dos seus sentimentos e dele. Josh se importa e te ama sem ao menos falar para você, isso já não basta?

– Eu tenho medo. – Digo. – Gostar, se apaixonar e amar são coisas totalmente diferentes. Imagine se eu tiver ainda com alguém e eu esteja apaixonada e cega por ele.

– Não coloque essa ideia em sua cabeça. – Assinto ainda de olhos fechados. – Apenas viva cada segundo ao lado dele. Nunca sabemos o se passará no dia de amanhã.

– Você está parecendo a mamãe Sabina. – Começo a rir da comparação que tinha feito. – Eu entendo o que você quer dizer. Talvez esteja certa.

– Aliás, você viajará para Los Angeles. – Comemora. – Isso é incrível.

– Pensei que teríamos de comprar morango para ela abrir a porta. – Levanto a cabeça vendo Charles com duas sacolas de besteira. – Trouxe reforços. – Levanta as sacolas e nego com a cabeça rindo.

– O que seria de mim sem vocês? – Pergunto me sentando e abraçando a perna de Charles.

14 𝚍𝚎 𝚖𝚊𝚒𝚘 𝚍𝚎 2018 - 𝙼𝚒𝚊𝚖𝚒, 𝙵𝚕𝚘́𝚛𝚒𝚍𝚊.

Nᴏᴀʜ Uʀʀᴇᴀ

A noite em casa com as minhas novas visitas foram até normais, até a vinda de Josh com uma cara nada boa, ele devia ter brigado com a namorada dois. – Eu odeio vê-lo mentindo para todos, principalmente para Any. Minha amiga desde a infância, nossas mães são grandes amigas e isso é incrível, já que não tivemos o trabalharmos de chorar para ir à casa um do outro. Eu adoro, principalmente quando ela está feliz, seus olhos brilham e um sorriso aparece em seus lábios ocupando cada espaço dele. Ela é incrivelmente perfeita! – O chamei em um canto na noite anterior, mas, a resposta que recebi não foi nada boa e isso me deixou com total certeza.

A merda tinha sido grande. – Estamos nos corredores da universidade em silencio. Eu não falei nada desde que vi ele parado esperando por alguém, talvez seja Any, eu não sei. Vai saber se ele arruma uma outra namorada, eu não iria ficar mais surpreso com a pouca vergonha dele.

– Any. – Ele a chamou. Any o encarou e abaixou a cabeça, indo para longe dali.

A merda que ele tinha feito havia sido grande. – O escuto reclamar e depois não escutei mais falar em nada.

– Ela não falou com você? – Escuto Charles falando. Josh o encara com uma cara nada boa e em seguida balança a cabeça negando. – Pelo menos ela está fazendo algo.

– Eu só falei algo de errado. – Minha sobrancelha se ergue. – Não era para tanto!

Será que ele havia se dedurado? Não me surpreenderia com tanta burrice.

– Com toda certeza. – Noto uma pintada de deboche na voz de Charles. – Você só disse que nunca pensou no futuro dos dois e que se fazer feliz ficando ao lado dela já era bom o bastante.

– Idiota! Fez muita merda. – Digo irritado.

– Vocês queriam o que? Que eu mentisse. – Pergunta incrédulo.

– Mais uma mentira não faria diferente, correto? – Josh me olhou com uma cara nada boa. Balancei os ombros como se não ligasse para nada. – Só espero que você não a magoe. Fale com ela! Apenas isso. E se eu vê-la chorando, irei quebrar a sua cara. – Caminho em direção a minha sala.

– Belo amigo que tenho. – Mostro o dedo do meio para ele.

Jᴏsʜ Bᴇᴀᴜᴄʜᴀᴍᴘ

Fui para casa correndo, em busca de um presente que Any tinha me dado. Era uma pulseira com o pigente do Sol, ela sempre anda com a sua pulseira em seu pulso, mas hoje ela estava sem e de alguma forma tudo aquilo me assustou. – Nunca tive coragem de usar, sempre imaginei que aquilo seria uma traição de certa forma com a Savannah. Eu não uso a nossa aliança de noivado, não só por causa da Any, mas de tudo. – Coloquei a pulseira e voltei para a universidade correndo. Any estava sentada com todos os nossos amigos no jardim, ela sorria e brincava como sempre. Mas, o seu sorriso ainda não era o mesmo.

– Any. – A chamei. Ela me encarou por cima do ombro e suspirou. Noah me olhou e negou com a cabeça. – Podemos conversar?

– Não estou a fim, Josh. – Fecho os olhos e prendo todo ar. – Podemos conversar em outro momento. Mas, não agora.

– Então eu falarei. – Fecho os olhos. – Eu planejo tantas coisas ao seu lado. Como irmos para Los Angeles juntos e morarmos juntos, conhecermos o mundo lado a lado e depois ficarmos parados em canto enquanto eu e você trabalhamos no que gostamos. – Abro os olhos e vejo ela me encarando com seus olhos lacrimejados. – Não estou falando porque estamos brigados. Mas porque pela primeira vez, estou conseguindo falar um pouco que sinto sobre nós dois. Eu não preciso falar eu te amo para você, porque sabe o que sinto e isso está bom demais. – Solto todo ar ao ve-la se levantando. – Uma vez, você me disse que o nosso amor é igual a lenda da lua e do sol, infinito e para sempre independente da distância e do que acontecesse, e eu gostaria de ouvir dizer que ainda é assim. – Ela caminha lentamente secando cada lagrima que tinha em seu rosto.

– Nada mudou! O meu amor por você continua o mesmo. Infinito e para sempre. – Passo minhas mãos em sua cintura e a puxo. Aperto um pouco e ela arfa, fazendo com que um sorriso saísse de meus lábios.

– Você é tudo que eu sempre quis. – A beijo.