Lᴀ Mᴇɴᴛɪʀᴀ

032

21 𝚍𝚎 𝙹𝚞𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚎 2023. - 𝙽𝚎𝚠 𝚈𝚘𝚛𝚔, 𝚆𝚊𝚜𝚝𝚑𝚒𝚗𝚐𝚝𝚘𝚗.

Nᴀʀʀᴀᴅᴏʀᴀ

Josh estava com a cabeça apoiada sobre a sua mesa, com vontade de fugir daquela empresa e abandonar o caso que havia comentado com sua irmã. – Era um caso difícil. Estava a ponto de desistir.

Ele tinha comentado com a irmã da vítima que faria o impossível e o possível para fazer justiça, entre tanto, não imaginava que seria um caso difícil.

Já devia ser oito horas da noite quando ele se levantou decidido a abandonar o caso, quando alguém bateu na porta e ele olhou diretamente para ela, sentindo suas pernas balançarem ao ponto de cair novamente na cadeira. – Ocupado? – Perguntou a morena, com um semblante sério.

– Nenhum pouco. – Apontou para a cadeira a sua frente. – Se sinta a vontade. – Disse assim que a acompanhou até se sentar na cadeira.

– Sofya falou comigo.

É claro que ela tinha falado. – Deseja beber algo? – Apontou para a janela, onde tinha uma mesinha com algumas bebidas.

– Não. – Any notou ele se levantar e ir até a pequena mesa, e ficou ali o observando. – Então, onde eu estava? – Se fez essa pergunta para si mesmo. – Sua irmã me pediu para ajudá-lo em um caso. – Josh arregalou seus olhos e voltou a encará-lo.

– Oh. – Ele não tinha nem ideia do que responder.

– E eu aceitei. – Disse, de imediato. – Com algumas condições. – Josh assentiu, ainda sem responder nada. – Não teremos nenhum relacionamento, a não ser profissional. – Apontou com o dedo. – Estamos de acordo? – Perguntou, com sua sobrancelha erguida. – Joshua? – O chamou, o tirando de seu pequeno mundo.

– Estamos de acordo. – Respondeu, hipnotizado pela morena. – Quando começamos?

– Amanhã de manhã se encontramos em frente ao seu prédio. – Se levantou e deu a última olhada. – Espero que o homem seja preso. – Disse, antes de se retirar da sala em pequenos passos e barulhentos.

Assim que ela se retirou da sala, Josh soltou todo ar que segurou em algum momento desde que ela entrou. – Ele continuou olhando fixamente para aquela porta, com seus olhos azulados mais escuros do que o atual e se fechou com cuidado sentindo todo cheiro do perfume da mulher que tanto ama.

– Josh... – Ele a escutou o chamar e com isso abriu seus olhos delicados, e a encarou fixamente com um sorriso em seu rosto. Ela estava apoiada na porta, com suas bochechas vermelhas e seus olhos escuros do que o normal.

– Any. – A chamou. – Esqueceu de algo? – Perguntou dando a volta e se apoiandoo na mesa, sem nem tirar o olhar dela.

– Sim. – Deu um passo em sua direção. – Disso aqui! – Antes que ele pudesse reagir, sentiu seus braços passando pelo redor de seu pescoço e com isso deu uma fungada como se estivesse emocionada. – Eu senti sua falta. – Disse, num sussurro.

– Eu senti saudades. Demais. – Josh se emocionou e deixou lágrimas caírem sobre seu rosto. – Eu te amo tanto! – Fez um carinho sobre o cabelo.

– Eu te amo por demais!

Josh abriu seus olhos novamente e encontrou a sala vazia, somente ele estava ali... Com o sentimento o preenchendo a cada segundo. – E cada cena vivida por ele tinha passado por uma mera imaginação que o deixou com o coração partido.

– Será que essa dor passará algum dia? – Perguntou, a si mesmo. – Eu preciso... – Pausou e olhou para a mesa. – Beber... Isso. – Deu a volta e se afundou na bebida.

Any apertou o botão do elevador e ficou batendo o pé, ansiosa e nervosa para sair daquele prédio. Se arrependimento matasse, certamente ela estivesse morta. Não era para estar ali, saindo de uma simples reunião com o seu ex-namorado e sim para estar com o homem que tanto ama.

Zayn a estava esperando para um cinema, o que faziam quase todo final de semana. – A porta do elevador se abriu e ela entrou, assim que a porta se fechou respirou fundo e fechou seus olhos, segurando qualquer coisa que ousasse fazê-la sentir a mesma coisa que anos.

– Isso é errado. – Disse alto. – Eu não devia ter vindo... Estou sendo idiota...

Talvez ela estivesse sendo idiota, mas quem ligava para isso? Talvez, eu ligue. – Vou voltar para a sala dele e dizer que não... – Ela ia apertar o botão do andar que estava, mas parou no mesmo instante.

– Não... – Respirou firme. – Vai ficar tudo bem... – Com certeza disse em voz alta.

Se alguém visse pela gravação a chamaria de louca, falava sozinha e andava por um elevador não tão largo que caberia somente cinco ou seis pessoas por vez.

[...] Sabina a esperava em casa, sentada no sofá assistindo alguma novela que adorava. Já era tarde da noite quando a irmã mais velha chegou e se sentou no sofá.

– Como foi o passeio? – Perguntou Sabina, comendo uma pipoca.

– Foi maravilhoso. – Respondeu Any, com um sorriso em seus lábios. – O que fez o dia inteiro? – Perguntou notando do pijama da noite anterior.

– Terminei de assistir as séries da Netflix. – Sorriu. – E comi pipoca. – Levantou o balde de pipoca. – De resto, não fiz nada. – Resmungou. – Foi o maior tedio...

– Podemos sair...

– Balada? – Perguntou animada.

Sabina era festeira, não podia negar.

– Ou algo mais calmo. – Sugeriu Any.

Ao contrário da irmã mais nova, Any era calma e tranquila. – Com certeza uma balada, que nem os velhos tempos.

– Ok, ok. – Se rendeu. – Marcamos para amanhã a noite. – Piscou. – Vamos dormir agora?

– Vamos.

Any estava de pijama, conversando por mensagem com o Zayn.

"Querido... Amanhã a noite irei a balada com a minha irmã, quer ir?"

"Obvio, linda" – E naquele instante ela sorriu e desligou o celular, pensando na sorte em tê-lo. "Eu te vejo amanhã no trabalho?"

"Amor, fui dispensada amanhã o dia inteiro. Podemos se ver na parte da noite, quando formos para a balada. O que acha?"

"Ok. Eu te amo! Profundamente e para sempre"

Invés de responder como sempre, a morena sorriu e sentiu uma grande vontade de chorar. Não entendia e não sabia como explicar o tal sentimento que estava presente.

Alguns anos atrás, ela achava que Josh era o homem certo e talvez fosse para aquela garotinha indefesa... Mas por agora, Zayn era o homem certo para está Any Gabrielly.