Alguém aqui pediu maratona? então aqui está de presente para vocês.
MARATONA 01/?
10 𝚍𝚎 𝙹𝚞𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚎 2023. - 𝙽𝚎𝚠 𝚈𝚘𝚛𝚔.
Jᴏsʜ Bᴇᴀᴜᴄʜᴀᴍᴘ
Os dias em minha vida são tão corridos que nem tenho mais atenção nenhuma para outras coisas, a não ser o meu trabalho é claro. – Sou promotor público, o tal advogado que trabalha para colocar todos através das gradas sabe? Então, esse mesmo.
– Eu não tenho mais nada a dizer. – Me sento na cadeira, olhando para frente onde se encontrava o senhor juiz. Minha ajudante está ao meu lado, preparando os papéis.
– Daremos uma pausa para decidir se o acusado será condenado ou não. – Antes que ele pudesse se levantar, nós levantamos e o esperamos sair da sala.
– Será uma causa ganha. – Escuto minha irmã mais nova falar sobre meus ouvidos. – Estou orgulhosa.
– Não devemos criar esperanças, anote isso. – Caminhamos para fora da sala, indo em direção a cafeteria do local onde acontecia o julgamento do homem que havia assassinado sua mulher. – Nem sempre a justiça é correta. – Concluo.
– Sabe que trabalha para ela, não sabe? – Pergunta se sentando sobre a cadeira, em frente a minha.
– É claro que sei Sofya. – Levanto minha mão para o atendente vim até nós. – Apenas não conte com isso. Fazemos o melhor, mas não decidimos quem vai preso ou não.
– O que gostariam? – Pergunta a jovem moça de cabelos loiros e longos.
– Um café expresso, por gentileza. – Pego uma pasta dentro da minha bolsa, retirando um papel importante.
– Um bolo com capuccino. – A mulher sai da mesa anotando o pedido, permitindo ler pela a última vez o caso do homem que acabava de matar a sua esposa. – O que tanto ler?
– Ele a matou, sem piedade e nem pensou nos filhos. – Solto um suspiro. – Que homem é este? – Continuo olhando para a foto da mulher que estava esfaqueada sobre a cama sem vida. – Isso é horroroso.
– Vamos. – Sofya se levantou. – Já tomaram uma decisão. – Guardo novamente os papéis e deixo uma nota de 20 dólares sobre a mesa.
[...] – Depois de uma conversa longa, finalmente tomamos uma decisão. – O juiz falava enquanto meus dedos estavam em figa, torcendo para que o homem fosse para a prisão. – Por favor, tragam o envelope. – O policial caminhou até o juiz, entregando o envelope marrom.
Ele leu o papel retirado de dentro do envelope, e a ansiedade tomava conta de mim. – Através de uma decisão em consenso de todos os presentes, o acusado será condenado a prisão perpétua por 50 anos. – Solto o ar que havia prendido e por fim, o peso em minhas costas saíram.
– Você conseguiu. – Sofya pulou me abraçando. – Eu sabia. – O martelo do juiz bateu e o policial foi até o acusado colocando a algemas.
– Eu vou te achar Joshua. – Gritou pelo meu nome. – Pode ter certeza de que irei me vingar de você. – Me ameaçou.
[...] Caminhávamos para fora do tribunal, onde havia diversos jornalistas esperando por alguma notícia. Nada que eles já não sabiam. – Entramos no carro que esperávamos por mim e por Sofya, era um completo silencio. Ninguém ousava falar nada.
– Chances de ele ir atrás de você? – Perguntou minha irmã, preocupada.
– Zero. – Respondo olhando para o meu celular, o ligando e tirando do mudo. – Ele está preso, um lugar que o merece. Não tem o porquê de temer.
– Você diz com tanta certeza, isso me deixa assustada. – Relaxo os ombros e encaro a rua. – Isso é tão errado, não me diga que não tem medo.
– É claro que tenho medo, Sofya. – A respondo. – Mas o medo não pode me impedir de fazer algo que eu gosto. Simples! – A rua estava movimentada, caia alguns pingos, mas não era forte. – Quer ir jantar em algum lugar?
– Não. – Respondeu mexendo em seu celular. – A mamãe marcou um jantar comigo, gostaria de nos acompanhar? – Nego a cabeça rapidamente.
Eu nem ousaria em ir jantar com a minha mãe... Não depois de quando ela descobriu tudo. – Ela te perdoou, você sabe disso.
– A questão é que eu não me perdoei. – O motorista para em frente ao apartamento de Sofya. – Depois me conte tudo sobre o jantar. Até amanhã no escritório. – Beijo sua bochecha.
– Até mais. – Saiu do carro.
– Para onde senhor Beauchamp? – Perguntou Miguel, meu motorista.
– Para meu apartamento. – Suspiro.
Para mais onde seria? – Meu celular vibra, o que me fez olhar rapidamente.
Sabina: Vi o resultado do seu julgamento. Mais uma vitória para o doutor Beauchamp.
Sabina: Meus parabéns, você merece!
Sorrio com a mensagem de Sabina e reviro os olhos depois de receber mais uma mensagem dela. – Sabina foi a única pessoa que mantive contato desde tudo. A minha vida sempre foi tão solitária, até minha irmã começar a faculdade de direito e começar a fazer estágio comigo.
Como muitos me chamam: o melhor advogado dos Estados Unidos. – Fazer um estágio comigo, é algo difícil. Mas, como ela é minha irmã dei uma chance e desde então ela vem me surpreendendo de tantas maneiras possíveis, até estamos se aproximamos.
O meu motorista estaciona em frente ao meu prédio. – Pode ir para casa, não vou precisar de mais nada. – Desço do carro e passo pelo portão do porteiro.
– Vi seu julgamento senhor Beauchamp. Meus parabéns. – Agradeço balançando a cabeça. – Tem algumas correspondências para o senhor.
– Muito obrigado. – Pego os papéis de sua mão e fui em direção ao elevador, apertando o último botão.
Contas... Contas e mais contas. Nada de importante, pelo menos. – A porta do elevador se abre, e com ela vejo a porta branca fechada. Pego a chave que estava em minha bolsa, abrindo em seguida.
– Lar doce lar. – Suspiro ao sentir o cheiro do meu apartamento gigante.
Vou em direção da enorme janela, a que me dava visão ao todo Parque. A vista daqui é linda, eu não trocaria por nada neste mundo. – Fecho os olhos por alguns segundos, me levando a imaginar o quanto Any amaria essa vista. De frente ao parque central City que tanto amava.
05 𝚍𝚎 𝙹𝚞𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚎 2018. - 𝙼𝚒𝚊𝚖𝚒, 𝙵𝚕𝚘𝚛𝚒𝚍𝚊.
A ligação foi encerrada e eu já chorava... feito uma criança que tinha acabado de perder seu doce, como uma pessoa que tinha perdido alguém que tanto amava. – Ela verá essa ligação e te ligará, eu tenho certeza. – Sabina passa suas mãos delicadas em minhas costas.
– Eu fui um trouxa... Eu assumo. – Enxugo minhas lágrimas. – Mas eu a amo Sabina, descobri isso tarde demais. E ninguém tem o direito de apontar o dedo em minha cara, porque todo mundo errou em algum momento, ninguém é perfeito. Vocês podem não ter feito a mesma coisa que eu, mas ainda sim erraram e não tiveram dedos apontados em seu rosto falando coisas que te machucaram. Ninguém pode fazer isso!
– Ei. – Sabina se levanta e vem até mim. – Você machucou a minha irmã e queria que eu fizesse o que? Ficasse ao seu lado e passasse a mão em seu cabelo? É claro que eu não ia fazer isso! Mas, agora eu entendi e não vou ficar atacando na sua cara, e a minha irmã tem todo direito de decidir se quer voltar para você ou não.
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Lᴀ Mᴇɴᴛɪʀᴀ
FanficBᴇᴀᴜᴀɴʏ+// A ᴍᴇxɪᴄᴀɴᴀ, Aɴʏ Gᴀʙʀɪᴇʟʟʏ ɴᴀᴍᴏʀᴀᴠᴀ ᴜᴍ ᴊᴏᴠᴇᴍ ʀᴀᴘᴀᴢ ᴄᴀɴᴀᴅᴇɴsᴇ, ǫᴜᴇ ᴘᴏʀ ɪʀᴏɴɪᴀ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ɴᴏɪᴠᴏ. Eᴍ ᴜᴍᴀ ғᴇsᴛᴀ ǫᴜᴇ sᴇᴜ ᴍᴇʟʜᴏʀ ᴀᴍɪɢᴏ ᴅᴀ, ᴀ ɴᴏɪᴠᴀ ᴅᴇ Bᴇᴀᴜᴄʜᴀᴍᴘ ᴄᴏᴍᴘᴀʀᴇᴄᴇ ᴇ ғᴀᴢ ᴄᴏᴍ ǫᴜᴇ ᴛᴜᴅᴏ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ʙᴀɢᴜɴᴄ̧ᴀᴅᴀ ɴᴀ ᴠɪᴅᴀ ᴅᴏs ᴅᴏɪs.