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MARATONA 03/03

11 𝚍𝚎 𝙹𝚞𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚎 2023. - 𝙽𝚎𝚠 𝚈𝚘𝚛𝚔.

Nᴀʀʀᴀᴅᴏʀᴀ

Josh estava ainda sentado em um canto qualquer da enorme sala. Ele tinha tudo que sempre sonhou, mas faltava apenas uma coisa para ficar completo. O grande amor da sua vida. Faltava Any Gabrielly ao seu lado para que tudo ficasse exatamente o que sempre sonhou. - A maioria das pessoas o julgariam ao saber de toda história, insinuando que ele não chegou a amá-la, mas seria idiotice dizer isso, ele chegou a amá-la, porém foi apenas no final do lindo relacionamento.

Ele levou a garrafa novamente até sua boca, dando mais um gole e sentindo a garganta queimar quando a bebida chegou a descer pela garganta. - A porta se abriu e mostrou Sofya entrando. Ele a olhou e rezou para que não tivesse acontecido nada, ele não estava na melhor situação para resolver algum problema de um criminoso qualquer, ele não conseguia nem resolver o seu.

- Eu vou te matar. - Ele fez uma careta ao escutar a ameaça. - Você não foi trabalhar e está bebendo que nem um idiota. - Ela o ajudou ele se levantar e tomou a bebida de sua mão, colocando na mesinha qualquer.

- Me devolve. - Se enrolou todo para falar, mas no final saiu algo. Ele esticou seu braço, mas recebeu um tapa em sua mão. - Doeu. - Resmungou e abriu a boca de sono.

Sofya fez um sinal para que o garoto ficasse quieto. Já estava com problemas demais para ter que cuidar de um irmão mais velho que acabara de matar uma garrafa de bebida forte. - Vamos, irei-te dá um banho gelado. - Ela o ajudou a se levantar e caminhar para o andar possível. - Vai me contar o porquê de estar bebendo igual louco?

- Não. - Respondeu quase travando. Ao chegar no quarto, ela o jogou na cama e foi encher a banheiro do seu irmão com água gelada. Por alguns segundos, imaginou ela o matando afogado e sorriu, negando com a cabeça.

Ela retornou ao quarto e o encontrou, já capotado sobre a cama e com as mesmas roupas. Ele ainda cheirava a bebida, não iria permitir que continuasse daquele jeito. - Ela o acordou e o levou até o banheiro, retirou sua roupa exceto a cueca e o empurrou para a banheira que estava cheia de agua gelada.

- DROGA SOFYA! - Ele exclamou, já com frio e agoniado por ter tomado um choque ao tocar na água gelada. - Por que fez isso?

- Precisa de um banho e um choque. - Fingiu um sorriso. - Termine de tomar um banho, não seja uma criança. Volto com seu café dentro de alguns minutos e lembre-se de colocar uma roupa! - Ela deu uma piscada e voltou para o andar de baixo.

No mesmo lugar que ele estava sentado, encontrou o seu celular aberto com uma foto dele com Any.

Ela teria sido o verdadeiro motivo por ele estar daquele jeito? - Ela não tinha nenhuma ideia e nem se quer imaginava o porquê, já que ele dizia ter esquecido da mulher que tanto amava e havia feito tanto mal.

Nunca esqueceríamos de alguém que amamos, apenas podemos superar e ele não estava fazendo nenhum dos dois. Não superara a garota e nem tinha a esquecido. - Ela foi para a cozinha e ligou a maquina de fazer café, em alguns minutos o café já estava pronto. Caminho até a caixa de remédio e pegou uma aspirina, um copo com água e retornou para o andar de cima, onde Josh já estava deitado em sua cama quase dormindo.

- Não seja tão idiota. - Resmungou a loira. - Tome esse remédio e o café. Te ajudará! - Ele não desobedeceu a sua irmã por medo.

Sofya era alguém muito brava quando a contrariavam e isso é um ponto forte para se tornar advogada. - Ele tomou cada gole do café mesmo não gostando e logo em seguida entregou a caneca sem nenhum pingo de café.

- Vai me contar o que aconteceu? - Ela se sentou na cama, ao seu lado e fez alguns carinhos em sua cabeça. O garoto fechou os olhos e por alguns segundos torceu para que ela não o perguntasse, ele não queria falar. - O que aconteceu? Fiquei preocupada com você. - Apelou pela voz fofinha dela. Josh abriu os olhos e viu a cena, com um bico em seus lábios e uma carinha de choro.

Ele respirou fundo e fechou novamente os olhos, segurando toda vontade de chorar. - Encontrei com Any na rua. Ela está mais bela e com outro homem. - Sofya abriu a boca e fechou por alguns segundos, ela sabia que esse momento iria acontecer.

Não ousou falar nada, apenas ficou ao lado de seu irmão e fez um carinho em sua cabeça, o esperando pegar em um sono profundo.

12 𝚍𝚎 𝙹𝚞𝚕𝚑𝚘 𝚍𝚎 2023. - 𝙽𝚎𝚠 𝚈𝚘𝚛𝚔, 𝚆𝚊𝚜𝚑𝚒𝚗𝚐𝚝𝚘𝚗.

Aɴʏ Gᴀʙʀɪᴇʟʟʏ

Deve ser por volta das 03:00 da madrugada agora. Fui chamada para mais um trabalho, mas dessa vez será em outro país. Para ser mais exata, será no México. - Irei retornar para o país que me machucou mais que tudo. O país onde meu pai foi morto e onde minha irmã mora, com risco de ser caçada pelos piores maníacos do mundo por ser irmã de uma agente federal. - Eu me preocupava com sua segurança, de todos da minha família para ser mais exata.

- O serviço será fácil. - Escutei minha parceira, Diarra dizer. - Já capturamos piores. - Assenti com um sorriso.

Me sentei na poltrona do jatinho e coloquei minhas costas. Eu estava cansada, ser acordada do nada era assustador. - Vamos repassar o caso? - Me levantei da poltrona e encarei todos da minha equipe.

- Vamos. - Todos responderam.

- Leon Webber, 40 anos, nascido em Orlando, fugitivo do FBI desde os 20 anos e se mudou para Cancun. Ele sequestra mulheres e as estupras, antes de matá-las as torturam. O último corpo foi encontrado boiando no mar de Cancún e a última localização que tivemos foi passando por um banco e desde então não encontramos mais nenhuma pista. - Nossos casos sempre foram perturbados, mas sempre ajudamos o máximo que pode.

- Esse homem é inteligente e rápido, calcula cada passo de sua próxima vítima, e pelo que recebemos dos policiais da região ele está com mais uma vítima. - Pego um arquivo que estava sobre a mesa e vejo a maldade que esse homem tinha feito a mulheres... - Ele se aproxima de mulheres entre 18 a 20 anos, no máximo 23.

- Mulheres jovens são mais fáceis de serem enganadas. - Digo em um sussurro. - Quando pousar, quero que se dividam. Dois de vocês vão atrás da família da última vista, dois vão atrás de novas pistas no último local que foi encontrado o corpo e um de vocês vão até o necrotério onde estão fazendo os exames. Daremos algumas falas depois de sabermos mais sobre. - Eles assentiram e se sentaram. - E por favor, não podemos cometer nenhum erro. Não queremos encontrar mais mulheres mortas, não é?

Voltei a me sentar na minha poltrona e abaixei minha guarda, fechei os olhos tentando pensar em algo que poderia nos ajudar. - As cenas do enterro do meu pai voltavam para minha cabeça. Memorias difíceis de serem esquecidas, eu realmente as odiava mais do que tudo.

- Você está bem? - Escutei Zayn me chamar. Não abri meus olhos e balancei a cabeça, assentindo. - Tem certeza?

- Tenho sim, meu amor. - Respondi pela primeira vez. - Pode ficar tranquilo. É apenas conturbado encontrar casos assim todo dia. Horrível e doloroso saber que ninguém estar seguro, e saber que estamos praticando para ajudá-los me deixa tranquila. Estamos aqui para protegê-los e estamos lutando contra toda maldade.

Lᴀ Mᴇɴᴛɪʀᴀ Onde histórias criam vida. Descubra agora