Muralha - Aone Takanobu

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A pedido da minha ilustre babyzinha @Kamsama 

Espero que goste meu amore, fiz com todo carinho do mundo! 

Aone é so um neném que tem que ser posto num potinho incrivelmente aconchegante e nada pode mudar minha mente. 

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"Como você consegue ser amiga daquele poste Tayla-san? Ele me dá medo. " – uma das garotas me perguntou quando o sinal do intervalo tocou e eu segurei a vontade de revirar os olhos diante daquele comentário idiota.

Takanobu Aone é meu melhor amigo desde que eu entrei no Date Tech, nos conhecemos por um acaso onde eu precisava ir à biblioteca pegar um livro e não alcançava a prateleira, e ele foi gentil o suficiente para pegar para mim. O mais alto sempre tinha sido extremamente gentil e atencioso, mesmo sendo mais calado e na dele.

"Sendo. É bem simples na verdade. " – respondi e dei as costas, saindo da sala e indo para o ginásio, sabia que o encontraria sentado por lá, já que em nenhum desses dois anos passávamos o intervalo separados. Nem quando eu ou ele precisávamos copiar algumas coisas a mais. Considerava o albino meu melhor amigo e acho que ele me via dessa maneira também, mas sentia meu coração bater mais forte sempre que lembrava dele.

Assim que meus pés me trouxeram até a entrada para o ginásio, pude ver a cabeleira branca em pé me esperando e não contive um sorriso quando o abracei por trás e escutei a voz grossa e rouca falar.

"Oi, estava te esperando. " – apesar dos trinta centímetros a mais que ele tinha, o garoto era atencioso o suficiente para se abaixar quando eu queria um abraço apertado.

"Vamos almoçar então, eu fico morrendo de fome nesse início de aula. Vamos para o jardim que tem aqui atrás? " – ele confirmou e eu entrelacei nossos dedos para o arrasta-lo comigo.

Os jardins atrás dos ginásios eram sempre pouco usados e viviam vazios, acho que ninguém sabia muito bem da existência deles, e por incrível que pareça, eram mais bem cuidados que os jardins principais. Nos sentamos em um banco que tinha lá e me preparei para comer o bento que tinha preparado naquela manhã para nós dois.

"[S/N]? – olhei para ele e confirmei, enquanto colocava um pouco de arroz e complementos na boca. – "Você se sente incomodada por eu ser assim? " – aquela pergunta me pegou de surpresa e comecei a tossir quando engasguei com a comida. Ele se preocupou e me ofereceu água e uns tapinhas nas costas.

"Que tipo de pergunta é essa? Ser assim como Aone? " – consegui respirar normalmente de novo e ele corou um pouco.

"Ser calado. As pessoas têm medo de mim. " – a voz dele saiu como um sussurro e eu me senti indignada com isso.

"Problema é delas Aone, sua personalidade é incrível e eu gosto de você exatamente assim. Não é porque eu sou um alouca imperativa que você tenha que ser assim para me agradar, eu gosto da sua calmaria. " – respondi e ele ficou mais corado ainda.

"É que parece que quase ninguém aceita isso. Nem entendem nossa amizade, já que você é bonita e divertida. " – aos poucos a voz dele ia sumindo e eu me sentei mais perto para conseguir escutar melhor.

"Não ligue para isso, as pessoas são invejosas. Eu gosto da sua amizade e você é meu melhor amigo, e acho que isso que importa, certo? " – retruquei seu comentário e o gigante finalmente olhou nos meus olhos.

"Certo. " – voltamos a ficar em silencio e eu continuei a aproveitar meu almoço, quando ele voltou a falar e eu tive que engolir tudo para não me engasgar novamente. – "Mesmo que tenham esses comentários, eu me sinto feliz em saber que eu tenho você comigo. "

"Eu sempre vou estar aqui, gigante. " – ele sorriu e corou quando eu sorri de volta.

"[S/N]? "

"Oi. "

"Eu sou apaixonado por você. "

"Eu também sou apaixonada por você. " – respondi e arregalei meus olhos na hora que assimilei as palavras. – "Pera, o quê? "

"Eu disse que sou apaixonado por você. " – as bochechas estavam vermelhas de vergonha e eu senti as minhas queimarem também. Meu peito parecia que ia explodir de felicidade e meu rosto estava quente pela declaração.

"Eu também sou apaixonada por você. " – puxei sua mão de leve e entrelacei nossos dedos, era engraçado o quão pequena eu conseguia ser perto dele. – "Aone? "

"Sim. " – ele respondeu e virou o rosto para perto do meu. Em um ímpeto de coragem, juntei nossos lábios em um selinho demorado e logo me afastei com as bochechas rosadas.

"Me desculpe por isso. " – resmunguei e logo sua destra puxou meu rosto.

"Faça de novo. " – o rosto dele estava tão vermelho quanto o meu, mas selei de novo nossos lábios e logo o almoço foi esquecido. – "Isso é muito bom. " – ele falou quando nos separamos e eu tive que rir de leve.

"Eu sei. "

"Podemos fazer de novo? " – ele perguntou com os olhos brilhando de ansiedade, parecia uma criança que tinha ganhado um doce. Confirmei e ri de novo.

"Podemos sim, Aone. " – e no final, nosso almoço terminou com uma série de beijos e declarações. A muralha de ferro se abria para mim, e eu amava ele por isso. 

ONE SHOTS - HAIKYUU!Onde histórias criam vida. Descubra agora