ONE SHOTS - HAIKYUU!

Paris - Osamu Miya

Olha eu aqui trazendo um capitulo para a minha neném ficar melhor  ohmy_lari

Desculpem o sumiço, a minha falta de criatividade e bloqueio bateu, junto com mais um monte de tarefas e necessidades, eu ainda farei os últimos pedidos, mas paciência comigo, por favor! Vou tentar traze-los assim que puder. 

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"Eu tive que te perder Osamu. Se não deixasse você, não saberia me amar, não me veria como você gostava de dizer. Não seria um terço do que sou hoje. E eu me odeio por ter que te perder, jogar todos nossos sonhos fora.

Eu ainda sou completamente apaixonada por você, mas orgulhosa demais para mandar uma carta ou uma mensagem, eu não gostaria de estragar sua vida, mais uma vez. Eu sei que você entende porque eu tive que ir embora, provavelmente já superou tudo e deve estar feliz com uma pessoa que possa te amar 100% do tempo, enquanto eu penso o quanto você amava minhas pinturas.

Você amava me ver pintar, e às vezes sentava perto e pintava uma tela pequena, apenas para ter aquele momento comigo, como eu amava ver seu rosto sujo de tinta e aquele belíssimo sorriso, me embebedando de amor. Roxo era nossa cor, uma mistura do seu constante vermelho vivo, com meu azul profundo e escuro, era a combinação mais linda que eu poderia desejar. Seus amigos sempre diziam que nós éramos o arco-íris, eles em cima, sustentados por nós em baixo, como eles estão? Atsumu, Kita, Aran, Kiyoomi? Ainda são melhores amigos inseparáveis? Eu espero que sim, cuide bem deles, Osamu, afinal seu irmão é uma criança que cresceu demais. "

Terminei a carta que estava escrevendo, jogando a dentro de uma gaveta qualquer da loja. Faz cinco anos que eu não o vejo, não sei como está. Eu me mudei para Paris, consegui abrir um pequeno ateliê, no estilo vintage, o bege e marrom era dominado pelas longas telas e tapeçarias, um novo hobbie que aprendi na França, eu tinha um pequeno apartamento e um gato, que se tornou meu companheiro desde que mudei, acredito que o Japão não seja meu lugar mais. Abandonei meus pensamentos e foquei na tela átras de mim, a única que eu nunca tive coragem de pôr a venda, era a releitura de Van Gogh, Noite Estrelada, a última que fizemos junto.

Van Gogh nunca esteve louco de verdade, os pintores não são loucos. Apenas vemos o mundo com mais formas e cores do que ele realmente tem, não podemos ignorar seus sons lamuriantes, do choro ao riso, tudo é um complexo que deixa os sentimentos mais pesados do que eles realmente são. A música clássica tocava ao fundo e me embalava em pequenos passos, que pararam conforme o sino da porta tocava, eram clientes. Me virei, mas não pude dizer nada. Ele estava lá, com seu boné e os óculos redondos, que deixavam seu rosto perfeito, nem mesmo o melhor pintor conseguiria te reproduzir de verdade.

Você me olhou e em um francês perfeito, disse – " Je t'aime, toujours (Eu te amo para sempre)." – a voz rouca e grossa continuava a mesma, o rosto esculpido continuava idêntico, ele não mudou, continuou sendo o único amor da minha vida.

"Je t'aime, aussi (Eu também te amo).Mas não posso abandonar minha vida aqui. " – ele ainda mantinha um sorriso no rosto, mesmo eu tendo mudado minha fala para o coreano.

"Eu não quero que abandone sua vida, quero que me inclua nela e me deixe te amar. " – ele estava perto e eu pude sentir seu perfume, era a colônia que eu mais amava.

"Osamu, não é tão fácil..."

"Sim, é. Eu te amo, amo tanto que te daria o mundo se pudesse. Eu quero você, Dandelion."

Eu confirmei com a cabeça e sorri para ele, indo ao seu encontro com um abraço repleto de sentimentos e saudade. Eu o amava e nada o tiraria de mim uma segunda vez, nem mesmo a minha estupidez.