Apenas uma noite entre amigos

804 46 2
                                    

Era só mais uma noite comum de bebedeira para Christopher. Depois de cumprir seu expediente em uma das vinícolas do seu pai, e também cumprir hora extra transando com a secretaria na mesa de reunião, recebeu uma ligação de seu amigo Alfonso.
- E aí, Ucker, tem planos para essa noite? Já ouviu falar do barzinho que abriu na cidade?
- Poncho, como estás amigo?  Aquele com o nome ridículo de "Caliente"?
- O próprio! Sinto saudades de conversar com você, amigo. Nos encontramos hoje às 19h lá?
- Te espero lá.
Depois de ir para casa e tomar banho. Christopher se arrumava no espelho. Era difícil nascer com uma beleza estonteante, mas ainda mais difícil nascer com um jeito encantador que atraía mulheres como abelhas no mel.
Ele tinha sorte de ter ambos. Era incrivelmente bonito e sedutor, tinha em sua cama a mulher que queria. E essa noite  seria mais uma delas. É claro que ele gostaria de ver Alfonso, colocar o papo em dia, mas como bem conhecia o amigo, sabia que em alguma hora ele iria começar com o papo de que ele devia se casar, que deveria ver por ele que conheceu a mulher de sua vida.
Realmente, Anahí, era linda, bem sucedida e agradável.  Gostava do amigo estar feliz com ela, mas não via isso para ele.
Casar? Essa era a maior besteira que ele já ouviu falar na vida, junto como o amor. Como conseguir gostar de uma só pessoa? Ele já havia gostado de algumas mulheres, mas nenhuma era perfeita, sempre o que faltava em uma, ele completava com outra.
Como combinado, ele apareceu no bar as 19h e pode ver Poncho já o esperando em uma mesa, acompanhado de uma cerveja.
- Veja só se não é o galã da cidade! - Alfonso gritou
- E o novo otário do ano, Alfonso. - Christopher o cumprimentou rindo. Tinha essa piada de o chamar de otário do ano, pelo recentemente casamento. Poncho já foi como ele, frequentador assíduo de bares e baladas, mas havia então alcançado a paz ao lado de Anahí.
Depois de algumas cervejas e conversas aleatorias, o temido assunto chegou. Poncho mais uma vez, tentava colocar um pouco de juízo na cabeça do amigo, Christopher.
- Ucker, fala sério. Você acha que pode ficar nessa vida por muito tempo, cara? Quando éramos mais jovens, tudo bem, mas agora você está perto dos 30 anos e só sabe pular de uma cama para outra…
- Que isso, meu rei. Eu não pulo em cama, imagina, só se elas pedirem. - disse sorrindo e dando outro gole na cerveja.
- Você sabe do que estou falando, seu pai está doente, logo terá que tomar conta das vinícolas e com essa vida que leva, não seria capaz de aguentar um dia de uma responsabilidade dessas. Você precisa de uma mulher, meu mano. Sossegar, pensar na vida mais do que só apenas em uma noite. Se continuar assim, vai acabar sozinho e infeliz.
- Poncho, meu amigo. Você sabe o quanto gosto de você, não é? Nossa amizade é de longa data, te respeito muito mas devo dizer que tudo isso que me disse, é a maior bobagem que já ouvi. Mas, vai lá e me paga uma tequila.
Um drink ali e outro aqui, horas se passando e Christopher sentindo que estava perdendo o controle de suas ações, mas isso não era ruim, pelo contrário, quanto mais bêbado ele se sentisse, era melhor. Costumava dizer que bebia para deixar as pessoas mais legais.
Já encostado no bar, corria os olhos procurando uma nova presa. Havia beijado uma aqui e outra ali, mas ainda não conseguia ter achado a candidata para levar para cama hoje  até bater os olhos em uma ruiva do outro lado do salão. Ela segurava uma taça de champanhe e conversava com uma amiga aparentemente. Ucker resolveu que seria ela, teria aquela garota na cama dele, custe o que custar.
Se aproximando da ruiva, meio desconcertado pela bebida, falou com a voz mole.
- Oi gatinha, me chamo Christopher e você?
Ela olhou com uma cara de desdém, mas o respondeu.
- Dulce María. - disse sem dar muita atenção ao homem parado a sua frente e voltando para sua amiga, que estava ao lado.
As duas continuaram a conversar de algum assunto que Christopher não ouviu e nem sequer tinha interesse de saber, ele só a queria.
- Dulce, dulce, dulce. Que belo nome, aposto que combina muito com você… Que tal conversarmos com mais privacidade, gatinha? - Christopher disse perto do ouvido da ruiva.
À partir dali, o resto da noite foi um borrão. Christopher se lembra apenas de mais rodadas de bebidas, flashs de câmeras, Alfonso sorrindo e o que mais importava, Dulce ao seu lado.

Na manhã seguinte, Ucker acordou com uma tremenda e habitual dor na cabeça. Abriu os olhos devagar, ainda tentando se acostumar com a luminosidade do dia entrando pela sua janela, tentou se livrar das cobertas, até que sentiu algo.
Abriu de uma vez os olhos e pode ver em seu lado, a ruiva da noite anterior.
- Olá, gatinha. - ele disse tocando a pele de Dulce que adormecia ao seu lado na cama.
- Oi meu amor, achei que nunca fosse acordar. Você não faz ideia de como adorei nossa lua de mel! - ela disse se levantando e dando um pulinho.
- Lua de mel? Você está louca, mulher? - ele disse coçando o cabelo.
- É, meu bem. Não se lembra? Nós nos casamos ontem a noite. Poncho e Anahí foram nossos padrinhos.
- Não, não, não. Nunca bebi ao ponto de cometer uma loucura dessas, Dulce. Pode parar com essa brincadeira sem graça.
- Aí, amor. Como você é engraçado pela manhã, acho que vou adorar acordar todos os dias ao seu lado. - ela disse sorrindo e se dirigindo até uma bolsa que se encontrava na escrivaninha do meu quarto. Puxou de lá uma pasta e entregou a Ucker.
Ele leu não podendo acreditar no que aquelas palavras formavam.
"Certidão de casamento de Dulce María Espinosa Saviñón e Christopher Alexander Luís Casillas von Uckermann.".

É a primeira vez que realmente tento me dedicar a postar alguma fanfic que escrevo. Espero que gostem.
Bebedeira forte essa do Chris que nao lembra nem do proprio casamento, hein?
Curtam e se possível comentem, me incentivará muito.

Todo CambióOnde histórias criam vida. Descubra agora