Epílogo parte II

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DULCE MARÍA

Estava com Anahí em meu antigo quarto, sofrendo para entrar em meu vestido de noiva.
Quando finalmente o último zíper foi fechado, a loira me olhou com os olhos estreitos e disse:

— O que aconteceu com você, María? Esse vestido estava perfeito e agora parece que encolheu 3x... Você não está grávida... Ou está? — quando proferiu essas últimas palavras, seus olhos começaram a brilhar.

— Não que eu saiba. Deve ser muita massa italiana. — lhe devolvi um largo sorriso.

— Eu quero ser dinda de mais um neném, arrumem logo uma irmãzinha para Luninha!

— E por que você não arruma um irmão para Luca, hein Giovanna?

— Por Deus, não. Uma gestação já foi o suficiente para mim e a humanidade, achei que Poncho iria sair correndo naquela época.

— Aposto que ele queria, mas o coitado te ama!

— E você também! Agora vamos, se recomponha e vá finalmente trocar aliança com meu bebê.  Você enrolou Christopher por três anos, mulher!

Me virei mais uma vez para o espelho e conferi. Me sentia nervosa mesmo vivendo uma vida de casados, em alguns minutos eu teria um papel e uma benção para oficializar isso.

Escutei uma música característica ao lado de fora da casa e sabia que era minha hora de entrar.
Meu pai me acompanhou até a praia onde se encontravam pequenas decorações de rosas e bancos brancos que acomodaram somente os mais íntimos e a família, como também um arco grande onde estava o pastor e meu noivo.

Quando comecei a dar meus primeiros passos em direção ao altar, foi como se um filme passasse em minha cabeça. A primeira vez que vi Christopher, antes mesmo do plano de Maite, o jeito bad boy e os cabelos bagunçados e compridos. Nosso primeiro beijo, o dia em que percebi que estava me apaixonando. Tudo estava tão fresco em minha cabeça e mesmo assim parecia ter acontecido há séculos atrás. Quem poderia dizer que o irresponsável Christopher Uckermann, seria o excecional pai de família e companheiro de vida? Era como se isso tudo fosse um sonho e quando me aproximei dele, fiquei com muito medo de acordar em minha cama, na casa dos meus pais.

Mas era real, em cada sensação e palavra que o pastor proferiu, quando nos olhamos com ternura enquanto disse meus votos e deslizei a aliança sobre seu dedo anelar da mão direita, sabia que minha vida não poderia estar melhor.

Quando Christopher pegou o que seria minha aliança em suas mãos, me olhou com aqueles olhos penetrantes e disse:

— Onde quer que fores, irei. O seu povo será o meu povo, e o seu Deus, o meu Deus. Que eu seja castigado, se outra coisa além da morte me separe de ti.

Meus olhos se encheram de lágrimas quando ouvi sua palavras e senti a aliança tomando o seu lugar de destino.
Estava oficialmente casada.



Depois da sessão de fotos, e cumprimentar nossos amigos na nossa festa de casamento, puxei meu marido e Luna para um canto mais reservado.

— Mamãe, sua festa foi linda! Mas eu queria brincar agora, Luca tá me esperando já mamãe. Posso ir?. — Luna me disse com aquela voz fofa que enchia meu coração de amor.

— Claro que pode, meu bem. Mas antes, me dá um beijo e um abraço.

— Abraço da mamãe!  — minha filha disse e esticou os braços para mim.

A peguei no colo, lhe dando um abraço apertado e um beijo estalado na testa, antes de enfim liberá-la para as brincadeiras.

— Você está estranha meu amor, o que foi? - Christopher disse chegando mais perto de mim.

— Chris... Promete que não vai surtar?

— O que houve? Você está me assustando.

— Eu estou grávida, meu amor! Descobri faz alguns dias, estava esperando para te contar no casamento.

— Eu vou ser pai de novo?

— Vai sim. Não está assustado?

— Assustado? Estou é feliz! Sei que não conversamos sobre ter outro filho, mas se aconteceu, era para ser! — disse pousando a mão em minha barriga.

— Eu te amo tanto, Chris!

— E eu amo mais a você e meus pequenos. Obrigado por tudo o que me deu. Sou um homem completamente realizado por te ter ao meu lado.

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