Pablo

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A brincadeira de casinha acabou.

- Dulce? Tá tudo bem aí? Você está quieta e nunca demorou tanto no banho. - Christopher disse na porta do banheiro.

- Acho que estou bem. - Dulce respondeu. Ela já havia saído do banho e colocado o absorvente, mas ainda estava tentando assimilar as coisas, sentada em cima da tampa do vaso.

Agora teria que ir embora, não restava dúvida. Tudo estaria acabado.

Com a decisão de enfrentar o que fosse, ela se levantou e foi até Christopher vestindo apenas a toalha enrolada no corpo.

- Christopher, minha menstruação desceu. Acho que nosso acordo acabou. Já pode anular o casamento.

- Você não está grávida, certo. Mas as coisas mudaram desde o combinado, Dulce. Eu já não sou mais o cara que era. Eu não queria me casar, não sei em que pé estaríamos se não fôssemos casados, talvez namorados, ficantes? Não sei... O que importa agora é que eu queria ter você em minha vida. Esqueça o acordo. Eu te quero aqui comigo, Dulce María.

Os olhos de Dulce se encheram de lágrimas e ela beijou Christopher.

CHRISTOPHER UCKERMANN

Eu espero que isso signifique um "sim", que ela ficará aqui.

— Também não gostaria de ir a nenhum lugar. Afinal, olha o paraíso que moramos. - Dulce disse e balançou os ombros.

— Só por isso?

— E por gostar de você, Uckermann.

Mais tarde naquele dia, resolvi chamar meus pais para jantar conosco em um restaurante. Os dois eram separados, mas conseguiam se dar bem, ainda mais quando o assunto era seu único filho e já estava mais do que na hora, deles conhecerem Dulce.

Dulce estava magnífica em um vestido preto colado, e seus cabelos ruivos em ondas. Ela tinha um ar gracioso e um sorriso tímido no rosto ao ver meus pais.

— Dona Alexandra, Victor. É um prazer conhecer vocês.

Meu pai comprimentou Dulce com um aperto de mãos, enquanto minha mãe já a abraçou e eu realmente tinha medo do que ela poderia falar.

— Dulce... Meu filho fala muito de você e sei que não é para menos, você é a garota que vi no tarô.

— Mamãe! Não vai encher Dulce com essas crenças suas.

— Não é incômodo nenhum, meu bem. Mas vamos nos sentar para conversar melhor?

Todos nos sentamos a mesa, e continuamos a conversar banalidades.
Dulce tinha uma energia magnífica ao conversar com meus pais, realmente parecia que ela tinha a sintonia perfeita com todos a sua volta.

Antes da sobremesa, um homem passou por nossa mesa e os olhos de Dulce se voltaram a ele.
O homem se virou e sorriu ao ver ela.
O que estava acontecendo?

— Dulce? É você? - O homem misterioso disse.

— Pablo? Meu Deus, quanto tempo!

Dulce se levantou da mesa, e cumprimentou o tal Pablo com um abraço.

— Chris, esse é Pablo meu ex noivo!




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