Capitulo 38

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CHRISTOPHER UCKERMANN

Me sentei na areia da praia atrás da minha casa, com Dulce sentada no meio das minhas pernas e encostada em meu corpo.
Acariciei a sua barriga, com um sorriso no rosto.

— Tem uma coisa que eu ia fazer antes do acidente... Uma pergunta, na verdade. E ia te dar isto. — retirei uma pequena caixa de veludo azul do bolso.

Dulce dispara um olhar surpreso enquanto olha.

— Tive sorte de não se perder em meio aos destroços do meu antigo carro e mais sorte ainda que você não o viu... Queria que fosse diferente, uma surpresa maior, mas não posso mais aguentar se não te perguntar isso... Dulce, eu já não consigo mais imaginar uma vida na qual você não esteja ao meu lado. E quando digo isso, é te vendo acordar todos os dias ao meu lado, aguentar suas implicâncias com minha decoração, nossas disputas para ver quem cozinha melhor... E agora, quero nossa Luninha correndo conosco, como uma grande família. Eu quero ser inteiramente seu de novo, então... Você aceita se casar comigo, Dulce María Espinoza Savinon? Dessa vez de verdade e para sempre.

— Você tem certeza disso, Ucker? Quer dizer, não quero que case comigo só porque estou grávida e que se deixe levar por isso.

— Dulce, acabei de dizer que quero VOCÊ! Independente se você esteja grávida ou não. Você é a mulher da minha vida... E então?

— É claro que eu aceito. — Dulce disse com os olhos cheios de lágrimas e me beijou.

Correspondi o seu beijo de uma forma suave, segurando seu rosto em minhas mãos.

Quando nos separamos, olhei em seus olhos. Ela era a mulher da minha, somente ela.

— Nunca me imaginei casando... Quando eu achei que estava naquela vez, eu surtei. Me senti preso, amarrado a uma coisa pavorosa. Imagina ter uma mulher só o resto da vida? Parecia coisa de filme de terror. Não imaginava que agora estaria aqui, querendo apenas duas mulher e não várias...

— Duas mulheres, Christopher!???? — ela me fuzilou com os olhos.

— Claro... Luna e você. Minhas duas princesas.

— Você é um bobo e eu te amo.

— Eu também te amo, María... Agora que sabemos que passaremos o resto da vida juntos, temos que decidir onde... Mesmo estando em uma cama todos esses meses, meu vinho novo continuou a concorrer como um dos melhores do mundo... E o resultado já saiu.

— E como foi?

— Infelizmente não ganhei, mas consegui o segundo lugar e isso me abriu uma porta para morar na Itália, o que sempre foi meu sonho, expandir uma vinícola do meu pai até lá, porém não sei se meus sonhos de agora caminham com os de antes, até porque me sinto um novo homem...

— Você quer saber se eu iria junto? Se for isso, a resposta é sim... Eu vou para onde você for.

— Imaginei que diria sim, mas se tivesse que escolher ficar aqui de novo, você ficaria?

— Para falar a verdade, Chris... Quando penso em como Luna deve ser, o seu rosto, seu cabelo... já associo a imagem dela correndo por essa casa, brincando na areia dessa praia... Parece que já somos tão parte disso tudo.

— Eu também acho, Dulce. O sonho da minha vida de antes, já não é o mesmo. Estou vivendo um próprio sonho nesse momento, e não quero sair daqui, nossa história é aqui, e além disso Any grávida vai necessitar muita energia, até mesmo nossa.

— Poncho vai enlouquecer! — Dulce ri.

— Coitado, se for uma menina, vai ser pior ainda.

— Podia ser um menininho, não é? Luna e ele poderiam ser amiguinhos.

— Amigos, sim. — dei um pigarro. — Luna só vai ter mais do que isso quando tiver uns 40 anos.

— Estou vendo quem vai surtar nisso tudo, você vai ser pior que a Anahí! Vou pedir ajuda ao Alfonso. — Dulce riu.

Abracei ainda mais forte minha noiva e me deixei respirar em seu cabelo.
O meu final feliz chegou.

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