➜ Capítulo três

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No dia seguinte, Manon descobriu o que era mesa informal, e também descobriu que Evalin, Marion e Josefin poderiam ser tremendamente convincentes.

As três pestinhas haviam implorado para que Manon se sentasse junto com elas, haviam dito que estavam interessadas sobre o seu reino.

Evalin havia dito que como uma futura rainha precisava saber dessas coisas, Josefin disse que como herdeira da Torre do Norte também deveria estar informada, e Marion disse que simplesmente queria saber mais sobre sua tia bruxa.

E naquele instante, Manon estava explicando para as três pestinhas sobre como era o Reino das Bruxas. Fazia isso enquanto trocava olhares com Dorian.

Depois do ocorrido na biblioteca, Dorian os levou para seu quarto e eles finalmente conversaram.

— Que proposta o rei de Melisande te fez? — foi a primeira coisa que o rei perguntou.

— Ele me pediu em casamento — ela deu de ombros, analisando a expressão confusa do rei. — Disse que seria bom para Melisande ter uma rainha poderosa e que seria bom para o Reino das Bruxas ter um rei influente para prosperar mais.

Dorian gargalhou na hora, e fez um bico para ela.

— E você simplesmente recusou?

— Disse a ele que não preciso de um rei para me fazer prosperar, posso conquistar tudo sozinha — disse ela, fazendo os olhos do rei brilharem.

Depois daquilo, tudo não passava de um borrão na mente da rainha. Lembrava de Dorian mordendo seu pescoço, beijando seu corpo e gemendo seu nome.

Naquela manhã, haviam tomado um banho demorado e passado diversas camadas de perfumes, afinal, iriam tomar café da manhã com um bando de feéricos de olfato apurado e muito, mas muito fofoqueiros.

— Tia Manon, você vai me deixar montar na sua serpente alada que gosta de flores? — indagou Evalin, de repente, fazendo Manon encará-la.

Àquela altura, já não se importava em ser chamada de tia, mas não podia dizer que gostava.

— O nome dele é Abraxos — retrucou Manon, fazendo a feérica gargalha.

— Tia Aelin nos disse que ele gosta de flores — Josefin deu de ombros enquanto apontava para Aelin.

— Eu posso ter uma também? — perguntou Marion, cutucando o braço de Manon.

Manon sabia que Marion era mais bruxa que feérica, havia sentido, mas conteve a vontade de perguntar a Elide qual era a cor do sangue da menina.

— Não acho que sua mãe permitiria — respondeu, cerrando os olhos para menina. — Mas poderá montar em uma quando for no Reino das Bruxas.

A menina sorriu e encarou seus pais, que estavam do outro lado da mesa.

— Ah, mamãe, quando iremos em Sant'claire?! Preciso subir numa serpente alada!

— Não vai montar numa daquelas tão cedo! — gritou Elide, do outro lado da mesa. Manon lhe lançou um sorriso felino.

— Josie, nem ouse pedir — Chaol nem mesmo olhou para filha, mas fez a menina cruzar os braços, emburrada.

Elide e Chaol olharam para Aelin esperando que ela falasse algo. A rainha de fogo parou de comer um enorme pedaço de bolo de chocolate e encarou os amigos.

— O quê? Se Eve quiser uma serpente alada, deixarei que ela tenha uma serpente alada — Yrene e Lysandra a encararam como se ela fosse louca. — Eu também tenho um bichinho!

Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°Onde histórias criam vida. Descubra agora