➜ Capítulo treze

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Dorian estava estupefato com a beleza do Reino das Bruxas.

Ele sabia que Manon havia feito mudanças, mas... não imaginava o que lhe esperava.

O reino era cercado por uma muralha impenetrável e tinha diversas sentinelas ao redor dela, as casas eram enfileiradas e organizadas lado a lado, e os prédios eram altos e guardados por serpentes aladas. As ruas eram repletas de lojas e tendas com as mais variáveis coisas, e numa praça, uma estátua de treze bruxas no centro, juntamente com um poço cheio d'água. E no centro da cidade, um palácio branco com torres azuis se erguia. Alto, impotente e lindo, essas eram as três palavras que descreviam a beleza do palácio.

E Dorian viu aquilo tudo somente de cima. Mal esperava para descer e explorar cada canto daquele lugar belo.

Pousaram num pátio enorme, e Dorian podia jurar que ouviu sua mãe suspirar.

Até ele quis suspirar, porque até mesmo aquele pátio em tons marfim e dourado era esplêndido.

— Apreciando a vista, principezinho? — indagou ela, se apoiando em seu ombro.

— Você fez um ótimo trabalho, bruxinha — ele se virou para ela e beijou seu rosto, sorrindo. — Se o pátio é desse jeito, imagina o palácio por dentro.

— A maioria das coisas já estavam prontas quando chegamos, só... tivemos que reformar tudo — ela deu de ombros. — Petrah ficou super feliz decorando cada detalhe desse lugar.

Como se tivesse sido invocada, Petrah adentrou o pátio, junto de um homem alto e alegre, que segurava um bebê enquanto dava a mão para uma menina idêntica... a ela.

Ele encarou Manon, surpreso demais para acreditar no que via.

— Bom, ela viveu a vida — a rainha deu de ombros novamente enquanto sorria minimamente para Petrah.

— Ah, pela Deusa, você tá sorrindo! — Petrah franziu o rosto e encarou o homem ao seu lado. — Está vendo, Ed? Ela tá sorrindo! Dorian, o que fez com ela?

Dorian gargalhou do espanto da mulher, e sorriu para ela e para a criança que encarava Manon como se olhasse para a coisa mais preciosa do mundo.

O rei daria o mundo para saber o motivo de todas as crianças olharem assim para Manon.

— Tia Manon! Como foi a viagem?! Trouxe algo de Adarlan pra mim?! — perguntou ela, eufórica.

Manon se abaixou até ficar na altura da criança, e a abraçou.

— Trouxe tecidos adarlianos somente pra você, bruxinha — a criança sorriu alegre e olhou para o homem que Dorian presumiu ser o pai dela.

— Ah, será que posso dividir com Lav? Mamãe diz que sempre é bom dividir — Manon sorriu para ela e assentiu.

— Os tecidos são seus, faça o que quiser com eles — Manon ficou de pé e a criança voltou para o lado da mãe.

— Achei que odiasse crianças — Dorian sussurrou, tão baixo que sabia que ninguém tinha ouvido além dela.

— Nem tanto — rebate ela, cruzando os braços. — Mas acho que posso me acostumar com a penca de crianças que seus amigos tiveram.

Dorian sorriu e reparou que Petrah encarava os dois com o cenho franzido.

— Pela Deusa, você a deixou louca — Petrah balançou a cabeça e encarou os outros além de Dorian. — O que diabos a corte de Adarlan está fazendo aqui? Os chamou pro Maharee?

— É... um pouco mais além disso, Petrah — disse a rainha, levemente alegre com a confusão de Petrah.

— Está diante da futura rainha de Adarlan — declarou Dorian, sorrindo orgulhoso. — Eu e Manon vamos nos casar!

Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°Onde histórias criam vida. Descubra agora