Fenrys admirava a Capital de Terrasen da grande janela de seu quarto enquanto pensava em tudo o que havia acontecido nos últimos meses.
Como era possível tantos desastres em tão pouco tempo? Era a pergunta que ele se fazia todos os dias, mas que nunca encontrava uma resposta.
O desastre mais recente – há 3 meses atrás – fora o ataque de Gother a Elide. Todos ficaram preocupados e foram imediatamente para Perranth, até mesmo Aelin, que não deveria viajar por conta de sua gestação.
Graças ao Deuses, a lady ficou bem em poucos dias e logo conseguiram aperfeiçoar seus escudos mentais. Fenrys não demonstrou, mas ficou extremamente aliviado assim que viu que Elide ficaria bem.
Ele adorava Elide e ficou assustado com o ataque tão direto à ela. Todos chegaram na conclusão que aquilo tinha sido para desestabilizar tanto a corte de Adarlan quanto de Terrasen, já que todos eram tão próximos de Elide.
E pelo o que Gother dissera, as algemas não existiam mais, então estavam sem um plano. Pelo menos, era isso o que ele pensava.
Alina disse que iria pensar em algo e que todos deveriam continuar procurando por pistas em livros, mapas e onde mais fosse possível. E eram o que todos faziam há três meses, mas sem sucesso algum.
Fenrys acordara pensativo naquela manhã. Fazia quase quatro meses que não falava com Lia. E era inegável o quanto ele sentia falta dela.
Ele pensava em mandar cartas à ela, mas ainda não sabia se estava pronto para voltar a vê-la.
O feérico, apesar de entender o motivo dela esconder tantas coisas, ainda sentia receio em confiar nela novamente. Mas ele sabia que não poderia evitá-la para sempre.
Além de todos os sentimentos confusos que ele insistia em ignorar, existia também a estranha linha pulsante que os ligava. E ele estava preocupado.
Desde o momento em que Lia e Alina revelaram quem eram, a bruxa parecia estar a cada dia mais triste e exausta. Ele conseguia sentir em si a tristeza presente na linha, mas... não sabia como ajudar.
Não sabia se ela estava magoada com ele, ou se algo estava errado no Reino das Bruxas ou o que era. E ele se sentia envergonhado.
Ele nunca deveria ter saído do lado dela, mesmo estando magoado e até mesmo receoso. Não deveria ter deixado-a sozinha, fora um péssimo amigo e não sabia bem como se redimir. E nem mesmo sabia se conseguiria a amizade dela novamente.
— Fenrys? Aelin está esperando você para o café — o feérico nem mesmo percebera a entrada do príncipe consorte em seu quarto. — Tudo bem?
Ele desviou os olhos da janela e direcionou o olhar para o amigo.
— Claro, só estou... pensativo — ele deu de ombros.
Rowan soltou um riso nasalado e cruzou os braços.
— Creio que esteja pensando naquela bruxa. Lia — Fenrys não respondeu, fazendo Rowan sorrir convencido. — Acho que deveria ir ao Reino das Bruxas visitá-la. Se desculpar, talvez.
— Não sei se devo — Fenrys suspirou e sentou-se na poltrona próxima a janela. — Ela mentiu pra mim, não sei se consigo confiar nela de novo.
Rowan resmungou, parecendo impaciente, e o feérico se perguntou se Aelin o havia mandado para que conversasse com ele sobre Lia e sobre o fato dele ainda não ter se resolvido com ela.
O príncipe o encarou, como se soubesse o que ele pensasse e assentiu com a cabeça.
— Bom, não nego que Aelin pediu que eu conversasse com você sobre Lia — Rowan sentou-se numa poltrona ao lado dele. — Mas eu já iria vir, de qualquer forma. Passamos muitos séculos juntos, somos amigos e eu me preocupo com você, apesar de não ficar declarando isso a todo instante — Rowan suavizou a voz e sorriu fraco. — Se gosta tanto daquela bruxa, por que ainda não está lá? Sabe que Aelin nunca impediria você de ficar com alguém que goste, mesmo que ela seja de um reino distante.
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Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°
FanfictionSPOILER DE TODOS OS LIVROS DE TRONO DE VIDRO E ACOTAR Seis anos se passaram após a terrível Guerra Valg. Seis anos que Manon perdera suas irmãs na batalha, seis anos que Manon e Dorian haviam se encontrado pela última vez. Dorian chamara Manon para...