>> Capítulo dezoito

317 29 10
                                    

Desde a maldita invasão daquele estranho em seu casamento, Dorian não conseguia dormir direito.

Todos os dias após aquele ataque, ele se reunia com seus amigos na biblioteca para procurarem alguma pista.

Não tinham tido sucesso. Até aquele instante.

Aelin havia convocado todos na biblioteca pois finalmente havia encontrado uma pista de quem poderia ser o Paladino Dourado.

Dorian torcia para que fosse uma boa pista, queria voltar a viver sua vida normalmente.

Desde o dia do casamento que não conversava com Manon sobre alguma coisa que não fosse sobre o homem misterioso.

Ele não havia passado anos esperando por ela para que quando se casassem, tivesse que lidar com uma nova ameaça à Erilea.

O rei tentava manter a esperança de que eles iriam conseguir lidar com aquilo, seja lá o que fosse, mas sentiu o poder do homem naquele dia.

Nem mesmo quando sua magia e a de Aelin estavam em toda a sua glória, ele tinha sentido algo assim. Aquela magia era forte, antiga e parecia errada.

Dorian chegou na biblioteca quase ao mesmo tempo que Chaol. Ele tentou sorrir para o amigo, mas sabia que não tinha sido tão sincero.

Assim que entraram na biblioteca, Chaol foi para o lado de Yrene e Dorian procurou por Manon na mesa.

A rainha-bruxa estava junto de Lia e sua mãe, e parecia cansada. Ela estava mais pálida que o comum, como quase todos os dias daquela semana.

Desde o Maharee, Manon parecia exausta e ele não sabia o que poderia ser. Tentava conversar com ela sobre isso, mas sempre tinha algo para atrapalhar.

Ele prometeu a si mesmo que conversaria com ela ainda naquela semana! Que tipo de marido seria, se não conversasse?

Aelin pigarreou, atraindo a atenção de todos para si.

O rei reparou que ela segurava um livro velho na mão, e percebeu que a tal pista provavelmente estava naquele livro.

— Bom, agora que todos estão aqui, quero mostrar essa livro a vocês — começa Aelin, abrindo o livro e lançando para Dorian. — Esse livro é um dos milhões sobre os deuses, mas esse aqui não conta a história dos deuses de Erilea.

Dorian sentiu-se confuso e franziu o rosto. Não entendia onde Aelin queria chegar com aquela conversa.

Ele encarou os outros e viu que a maioria também estava confuso.

Ele abriu a boca para perguntar o que aquilo queria dizer, mas Manon bufou e pegou o livro da mão de Aelin.

A rainha-bruxa leu o livro em silêncio enquanto todos a encaravam. Por cerca de cinco minutos, o único som que Dorian ouviu foi a respiração de todos.

Manon virou uma página do livro e levou até Aelin, fazendo a rainha franzir o rosto em preocupação.

— O livro fala sobre a criação de um lugar chamado Prythian, que foi criado por uma mulher com um caldeirão, ou algo assim, não entendi direito — disse Aelin, dando de ombros. — Mas tem algo nos deuses daquele lugar que me prendeu a atenção. Olhem.

A rainha-feérica virou o livro e Dorian franziu o rosto, sentindo-se ainda mais confuso.

Os desenhos mostravam uma mulher de longos cabelos castanho-dourado de olhos fechados sentada em frente a um enorme caldeirão preto. Ao redor da mulher, estavam três pessoas: uma mulher e um homem pálidos com cabelos escuro como nanquim e outro homem que era exatamente igual ao desconhecido que havia invadido seu casamento.

Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°Onde histórias criam vida. Descubra agora