Dorian acordou com o barulho de batidas fortes na porta de seu quarto.
Ele permaneceu deitado com os olhos fechados, sentindo seu braço pesado e dormente. Isso fora a dor de cabeça infernal.
As batidas persistiram, e Dorian se forçou a abrir os olhos. E reparou que não estava em seu quarto, mas no de Manon.
Ele olhou para o lado e viu a rainha-bruxa bruxa dormindo tranquila, deitada em seu peito. Aquilo fez Dorian sorrir.
Ele não se lembrava de nada que havia acontecido ontem depois da reunião e conversas com Chaol, mas algo bom acontecera para ele estar ao lado de Manon.
Dorian levantou com cuidado para não acordar Manon, e foi até a porta, dando de cara com um soldado aflito.
— Desculpe incomodá-lo, majestade — pede, envergonhado. — Os soldados de Terrasen trouxeram essa carta, dizem que é urgente e é da própria rainha Aelin.
Dorian franziu o rosto e pegou a carta, dispensando o soldado.
Aelin havia ido embora de Adarlan a pouquíssimo tempo, por qual razão mandaria uma carta tão urgente assim?
Seu pensamento logo foi para Jude e suas convulsões, pensando que a menina podia ter sofrido algum outro acidente ou algo assim.
Pálido, o rei caminhou até a cama, vendo que Manon não estava mais. Ele estranhou aquilo, mas sentou-se na cama e abriu a carta mesmo assim.
Quando acabou de ler, Dorian não sabia se respirava aliviado por não ser nada com as crianças, ou se gritava de desespero.
Outro assassinato. Em Terrasen dessa vez, porém o corpo era idêntico ao do homem em Adarlan.
Ele não sabia nem mesmo o que dizer. Depois de seis anos de paz, assassinatos estranhos acontecem nos dois reinos mais poderosos do norte.
Agora que sabia que era algo maior que um simples assassinato, como contaria aquilo ao povo?
Deveria se reunir com o conselho, para resolverem o que fazer. Iria pedir para Chaol organizar uma reunião ainda naquele dia.
Levantou-se disposto a sair do quarto, quando Manon apareceu no seu campo de visão.
Ele andou até ela e abraçou, sentindo o cheiro bom de lavanda que emanava dela, e deixando um beijo em seu ombro coberto pelo robe azul.
— O que...
— Outro assassinato, mas dessa vez em Terrasen — disse, interrompendo Manon. — Te explico melhor depois, querida, agora tenho que ir.
Ele viu a rainha ficar levemente pálida enquanto assentia, perdida em seus próprios pensamentos.
Dorian tocou os lábios dela com os seus, num beijo rápido.
— Te amo, até mais tarde — disse ele, antes de sair do quarto, deixando uma Manon atônita.
∆•∆•∆
Dorian só se deu conta do que disse depois da reunião com os conselheiros. E não sabia se aquilo era bom ou ruim.
Ele não se lembrava bem da noite passada, mas achava que não havia dito nada para a rainha, já que ela estava tranquila pela manhã.
Mas naquele dia, ele daria um fim naquela agonia. Confrontaria a rainha-bruxa e ia fazê-la dizer o que sentia.
Não aguentava mais esperar pela boa vontade de Manon de ser sincera com ele e dizer o que sentia. Ele não aguentaria esperar nem um pouco mais.
Tentou se concentrar na reunião, mas foi complicado. Os nobres só queriam saber se Manon havia aceitado o pedido, nem ligavam para os reais problemas.
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Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°
FanfictionSPOILER DE TODOS OS LIVROS DE TRONO DE VIDRO E ACOTAR Seis anos se passaram após a terrível Guerra Valg. Seis anos que Manon perdera suas irmãs na batalha, seis anos que Manon e Dorian haviam se encontrado pela última vez. Dorian chamara Manon para...