>> Capítulo vinte e nove

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— Eles crescem tão rápido, não é? — disse Rowan, segurando Sam em seus braços.

Dorian sorriu para o amigo e assentiu, vendo Lothian, Lavínia e Lyria brincando com Fenrys, Lia, Cardan e Gavriel nos jardins.

Há um ano atrás, Dorian se tornou pai. E naquele momento, ele pensava em como passou tanto tempo sem essa dádiva.

Ele sempre se pegava pensando em como sua vida mudara há sete anos atrás. E se perguntava, às vezes, o que teria acontecido caso Manon não tivesse aparecido naquele baile.

Aquele ano foi, com toda a certeza, o melhor de sua vida.

Estava casado com o amor da sua vida, tinha uma filha linda e esperta e haviam finalmente conseguindo evoluir nas pesquisas sobre Prythian.

Fenrys e Lia acharam um mapa para – possivelmente – Prythian dentro de um dos livros sobre aquele mundo.

Dorian, Aelin e Manon mandaram navios em busca daquele território há algumas semanas atrás, mas ainda não haviam tido retorno.

O rei não podia negar que apesar de ter tido um ano maravilhoso, estava preocupado.

Gother havia sumido desde o dia em que propôs o acordo a Manon, exatamente como ele disse que faria. E ele não sabia o que pensar.

Ele e Manon nunca mais conversaram sobre a proposta de Gother, mas Dorian sabia que a rainha-bruxa pensava constantemente naquilo.

Ainda tinha a questão do soldado que conseguiram capturar no ataque de Anielle. 

Várias e várias curandeiras passaram meses tentando descobrir o que havia de errado com ele, mas nunca chegavam a lugar nenhum.

Aquilo deixava o rei preocupado. O que diabos o Paladino Dourado tinha feito com aquele homem? E com quantos mais faria a mesma coisa? Ou pior.

Ele balançou a cabeça, para espantar aqueles pensamentos. Não era dia de se preocupar com aquilo. Era um dia especial e que deveria ser feliz para todos.

Manon, Aelin, Rowan e ele decidiram fazer uma pequena festa para comemorar o primeiro aniversário de Lothian e Lyria, somente para os amigos mais próximos e familiares.

Como Aelin dissera, as duas princesas nasceram em datas próximas. E provavelmente seriam melhores amigas.

Dorian ficava feliz ao ver que sua filha nunca estaria sozinha. Ele crescera em um palácio com poucas crianças, e ficava aliviado de ver que Lothian cresceria rodeada de amigos.

Lothian era a melhor coisa que ele poderia querer! Mesmo tão nova, era tão inteligente... ou ele que era um pai babão demais.

Ele viu Manon e os outros adentrando os jardins do palácio, e sorriu para os amigos.

Lothian virou-se para mãe e caminhou até ela. A rainha-bruxa esticou os braços e pegou a filha no colo, deixando um beijo na testa da bruxinha.

Evalin, Marion, Josefin e Jasmin estavam usando roupas combinando, e cochichavam entre si, rindo. Emma, Rhoe, Allison e Jude vinham logo atrás deles, também risonhos.

Jude estava muito melhor desde o início do treinamento. A bruxinha não tinha mais convulsões e já dominava quase perfeitamente o idioma das bruxas, assim como Marion e Elide.

Dorian sorriu ao pensar em Elide, que vinha junto de Lorcan e Aelin, conversando. A barriga da Lady de Perranth estava com uma leve protuberância, por conta dos quase cinco meses de gestação.

“Foi um ótimo ano”, pensou ele, ao ficar de pé e ir até a esposa.

Ele só implorava a qualquer Deus para que aquela onda de paz continuasse, mesmo sentindo em seu coração que algo estava tremendamente errado.

Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°Onde histórias criam vida. Descubra agora