>> Capítulo trinta

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AVISO ANTES DE LER: algumas partes podem ser desconfortáveis de ler, pois vão envolver violência, morte e tal. Se sintam a vontade pra pular essas partes!!

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Um ataque. A cidade onde Evangeline e Hollin estavam fora atacada, e pelo o que souberam, haviam tido dezenas de mortos.

Dorian tinha os braços cruzados e respirava profundamente, para não perder o controle.

Ele, Chaol e Georgina estavam em completo silêncio dentro da carruagem a caminho de Arran. Rowan e Aedion estavam logo atrás.

Dorian estava com Manon e Lothian quando foi avisado sobre o ataque, e viu a expressão de dor no rosto da rainha-bruxa quando soube.

Todos estavam em Adarlan quando souberam da notícia do ataque, e poucos foram até Arran. Foi uma decisão tomada em conjunto, para mantê-los seguros.

Dorian encarou a mãe e viu que a ela estava preocupada. Haviam recebido a notícia de um ataque direto a fortaleza onde Evangeline e Hollin estavam. E não sabiam nada sobre os dois.

Dorian também estava preocupado, mas tentava não transparecer tanto.

Ele sabia que Gother voltaria, e boa parte de Erilea estava preparada para isso, mas não imaginou que o ataque do Paladino seria em Terrasen.

Arran era uma das maiores cidades de Terrasen. E uma das mais seguras. O rei não entendia como Gother havia conseguido entrar ali, destruir a fortaleza onde o lorde vivia e ainda matar tantas pessoas.

O rei suspirou alto e se recostou no banco da carruagem, atraindo a atenção de sua mãe.

Ele viu os olhos da rainha-mãe repleto de lágrimas, e engoliu seco. Ela abriu a boca para falar algo, mas a carruagem parou, indicando que eles haviam chegado em Arran.

Georgina saiu apressada da carruagem, assim como Chaol e ele.

A primeira coisa que o rei reparou foi na mansão a sua frente. A casa, uma vez tão linda e imponente, naquele momento estava aos frangalhos.

As duas grandes torres da fortaleza estavam completamente destruídas, a maioria das janelas estavam quebradas e diversas paredes derrubadas.

Ele não se atreveu a olhar o restante da cidade, mas pelos xingamentos que ouviu de Chaol e Aedion, sabia que a cidade não estava em bom estado.

Eles entraram na mansão, e Dorian sentiu calafrios em seu corpo.

A casa estava repleta de corpos mortos e pessoas feridas logo na entrada. E como ele imaginava, a casa estava tão destruída por dentro quanto estava por fora.

Um soldado levemente ferido os acompanhou até onde Evangeline estava. Ninguém ousou perguntar o estado da jovem.

Todos andavam em silêncio, observando a destruição na mansão de Arran.

Dorian não conseguia encarar aquela destruição sem sentir uma parcela de culpa.

Talvez, se ele e Manon tivessem discutido sobre o acordo de Gother, talvez se tivessem considerado aceitar... as coisas teriam sido diferentes.

Se algo acontecesse com seu irmão, ele jamais se perdoaria. Jamais.

Surpreendentemente, Evangeline estava numa sala de reuniões, distribuindo ordens a todos os servos e soldados reunidos ali.

A jovem parecia estar bem fisicamente, tinha apenas uma faixa no braço.

Ela se virou ao ouvir a voz de Aedion, e correu para abraçá-lo.

Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°Onde histórias criam vida. Descubra agora