>> Capítulo trinta e cinco

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Manon quase caiu de joelhos ao perceber que estava no jardim de seu palácio no Reino das Bruxas.

A primeira coisa que quis fazer foi ir atrás de Lothian, mas primeiro se certificou de que todos da Corte Noturna estavam bem.

Todos olhavam ao redor, completamente estupefatos, admirados com a pequena parcela de beleza do lugar.

Ouviu o general soltar um assobio e encarar a esposa.

— Se somente os jardins são bonitos, imagine o resto desse lugar — disse ele, fazendo Nestha sorrir.

— Mal posso esperar para ver tudo — confessou Feyre, sorrindo animada.

Manon se virou para a Grã-Senhora, e lançou um pequeno sorriso.

— Posso levá-los para conhecer a cidade, antes de irmos para Adarlan — sugeriu, vendo os olhos azuis dela brilharem.

Feyre assentiu em agradecimento, ao mesmo tempo em que todas as crianças deram pulos de alegria.

Não demorou muito para que as crianças começassem a correr pelos jardins. Naveen era o único que estava parado, escondido atrás da mãe.

A rainha-bruxa faria o que pudesse para proteger aquelas crianças, assim como fazia com seus sobrinhos e sua filha.

Manon ouviu a porta de acesso ao palácio se abrir, e não conseguiu esconder o leve sorriso ao encarar Lia e Petrah, que correram até ela e a abraçaram ao mesmo tempo.

Ela nunca diria em voz alta, mas sentiu falta delas enquanto esteve longe.

— Pela Mãe, só se passou uma semana! — exclamou Manon, tentando se soltar do aperto das duas.

— Nós achávamos que você não voltaria — sussurrou Petrah, para que somente Manon e Lia escutassem. — Você não respondeu a nenhum dos recados que mandamos com os papéis encantados.

— Pela Mãe! Que bom que está inteira! — disse Lia, apertando Manon um pouco mais.

— Não recebi carta alguma — respondeu ela, bufando enquanto tentava se soltar do aperto delas. — Me larguem, estão me sufocando! 

Relutantes, as duas bruxas sangue-azul a soltaram, e só então repararam que a rainha delas não estava só.

Petrah tinha o rosto incrédulo e alternava o olhar entre Manon e os membros da Corte Noturna, enquanto Lia franziu o rosto.

— Nos apresente aos seus convidados, Manon — cantarolou Petrah, sorrindo confusa.

Manon apresentou cada um dos grão-feéricos e illyrianos ali, vendo os olhos de Petrah e Lia ficarem mais confusos a cada palavra que saía de sua boca.

Alina invadiu os jardins quase ao mesmo tempo que Manon acabou de falar. Ela encarou a rainha-bruxa e a todos que estavam ali, ficando estática ao ver os olhos de Rhysand.

— Você... tem os olhos de Kylie — a voz da antiga princesa falhou. — Os olhos da minha irmã.

Rhysand assentiu, apesar daquilo não ter sido uma pergunta.

— Ela é minha ancestral — disse ele, deixando Alina de boca aberta.

Manon virou-se para Petrah, que ainda tinha o rosto confuso.

— Chame Glennis e Sarah — pediu, tirando a bruxa de seu estupor. — Precisam saber o que descobri em Prythian.

∆•∆•∆

Depois de encontrar uma babá para cuidar de todas as crianças da Corte Noturna, Manon se reuniu os adultos em sua sala de reuniões.

A confusão que outrora estava no rosto de Petrah e Lia, passou para Sarah, Glennis e Alina, ao ouvir toda a história do Paladino Dourado, Kylie e a profecia.

Após as Cinzas ➝ °•Manorian•°Onde histórias criam vida. Descubra agora