{concluída} Orion Scorpius não sabe absolutamente nada sobre a origem de seu poder ou família. A rainha sombria que chegou ao poder por meio de um golpe é temida por todo o território feérico, especialmente por ser portadora de imensurável poder e a...
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Eles tinham recém chegado a Cinderian, e o teletransporte os levara diretamente ao centro de uma floresta aparentemente mágica da região. As copas das árvores farfalhavam com o vento, e era impossível ignorar os efeitos que a escuridão de Kalel causava ao ambiente. O lugar parecia ter comportado um dose extrema de iluminação e vida antes da eclosão, mas agora parecia um cenário abandonado aos moribundos. O ar úmido que os comprimia era arrebatador.
Sebastian se aproximou de um pequeno lago do qual barulhos particularmente sombrios vinham, muito semelhantes ao ciciar de pássaros em estado de excruciante dor.
- Recomendo que não beba dessa água se não quiser acabar com lesmas saindo do seu estômago - aconselhou Elphys de modo impassível, agachando-se no chão para tocar a textura da terra morta com seus dedos. - Ainda há algumas garrafas de água potável nas mochilas. Não use qualquer recurso dessa floresta enquanto puder evitar.
- Achei que essa floresta fosse mágica e coisa assim - resmungou o ruivo, limpando a sujeira dos joelhos enquanto se colocava de pé novamente, os olhos avaliando a visão nublada que tinha do céu através das frestas entre o topo das árvores.
- Ela é, mas não magia boa - respondeu Alípio, captando rapidamente o que acontecia ali, sempre atrevidamente observador. - A escuridão de Kalel deve ter tornado tudo o contrário do que era antes, transformando bom no ruim e proveitoso em maléfico. Pouco sutil, devo dizer.
- É claro que sim - Orion concordou com um resmungo, olhando em volta com uma curiosidade palpável. Ela pegou o mapa no bolso do uniforme preto que usava, avaliando as rotas apresentadas. - A caverna fica a uma distância considerável. Não creio que hajam quaisquer ameaças no caminho. Não que eu esteja sentindo, pelo menos. Quem se disponibiliza a ir pegar o cristal?
- Por que você não vai? - Perguntou Alípio, arqueando as sobrancelhas para a irmã mais velha conforme pegava o mapa de sua mão estendida.
- Porque eu preciso do meu sono de beleza, e estou cansada de livrar a bunda de vcs, bastardos irritantes, toda hora - explicou com explícito tédio, deitando no chão com a cabeça apoiada na mochila.
- Ah sim, porque você é certamente a nossa salvadora - murmurou Alípio, resignado, enquanto olhava em volta.
Aquele lugar, apesar de deteriorando aos poucos, apresentava um tipo de essência incomum. Alípio conseguia enxergar uma pintura tomando forma em sua mente, as cores que usaria, o que aquilo representaria. A destruição triunfante, era assim que ele chamaria a arte que gostaria de pintar. Seus dedos tremeram suavemente, desejando um pincel.
