prólogo

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"Nosso sol é uma entre 100 bilhões estrelas na galáxia. É muita presunção achar que seríamos os únicos seres do universo".

- Wernher Von Braun

Em um universo muito, muito distante, onde Grão-Senhores não existem, nem o Caldeirão

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Em um universo muito, muito distante, onde Grão-Senhores não existem, nem o Caldeirão....

      Há muito tempo, uma legião de anjos foi expulsa do céu após desavenças com seus companheiros. Eles, que foram criados para servir e trazer luz aos mortais, começaram a ter pensamentos egoístas e a realizar ações completamente destoantes do que eles supostamente deveriam fazer. Eles estavam humanos demais e suscetíveis a influências maiores. Por tal razão, os anjos foram enviados ao mundo dos mortais, encarregados daquele fardo de viver em meio aos humanos e lidar com as consequências de sua ira e luxúria.

      Ao se envolver romanticamente com demônios, seus inimigos naturais, os anjos deram origem a uma nova espécie de descendentes: os feéricos, criaturas cruéis e de difícil convivência, o sangue que fluía em suas veias dourado como o dos anjos. Eles foram divididos em duas categorias: aqueles que possuíam todos os sentidos aprimorados e força física surreal, e aqueles que nasciam com poderes. Embora diferentes nesse quesito, eles eram extremamente iguais em maldade e beleza.

      Feéricos não podiam viver com os humanos, e por isso os anjos juntaram seus poderes e criaram um enorme rio que dividiu o mundo. A porção de terra menor ficou para os feéricos, que existiam em menor quantidade, e a outra porção foi dada aos humanos. O rio era uma espécie de barreira impenetrável, pois nenhum dos dois lados conseguia invadir o território oposto. Uma pequena precaução dos anjos para fazer com que os feéricos e humanos coexistissem no mesmo universo, mas sem precisarem de fato ver um ao outro.

     O mundo dos imortais, como era chamado o território dado pelos anjos, foi dividido em sete reinos: Andrômeda, Encantor, Cinderian, Kallivar, Aquila, Solarian e Alovar, embora este último fosse um ambiente abandonado, destroçado pela guerra, morto pela ganância. Cada reino possuía suas características próprias e, embora cultivassem laços firmes no comércio, os reis tinham jeitos diferentes de governar e lidar com seus povos. Eles eram a personificação sombria de todas as lendas. Cruéis e astutos.

      Orion Scorpius, por exemplo, crescera com a vida equilibrada em uma corda tênue e quebradiça. Desde a infância ela esteve rodeada por pessoas de caráter duvidoso e, embora lhe tenha sido ensinada a diferença entre o bem e o mal, também lhe fora ensinado que o mal podia ser muito mais benéfico do que as virtudes oferecidas pelo altruísmo barato, e que a bondade podia ser o prelúdio para a sua destruição.

      Muito embora Orion costumasse considerar esses ensinamentos particularmente assombrosos na infância, foram eles que lhe deram o material necessário para sobreviver às adversidades do mundo dos feéricos, especialmente no reino Andrômeda. O mundo dos imortais possuía diversas facetas, cada qual assustadora e suja a sua maneira.

storm of poison and steel | ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora