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— Tá, sei que deve ter sido frio e solitário, mas eu não tinha como rastreá-lo.

Agora, aquilo que podemos chamar de final feliz.

Após eu transferir parte considerável do pagamento adiantado que recebemos de Aleister Oz, que na verdade era uma fraude e integrante do NIP, para o dono da konbini que foi esburacada pelo relâmpago de Nuwa, eu consegui encontrar outra konbini e enfim fui capaz de me alimentar.

Minha fome era enorme.

Até porque, eu não comia nada há cinco dias.

Eu mal estava ligando para a questão de banhar meu corpo nu.

Depois de me alimentar, minha parceira e eu caminhamos rumo a ACAP, entrando no primeiro trem de Nova Saitama para Tóquio.

Curiosamente, só havia nós dois no vagão.

— Por que não tinha como?

— Bem, depois que você desmaiou, eu tive de lidar com aqueles três shikigamis e proteger você o afastando para o mais longe que podia. Não foi uma tarefa fácil. Com você nos braços, a extensão de meus poderes elétricos diminuiu bastante e as coisas complicaram. Aquele canário abria portais e sempre conseguia me alcançar, e a garota de preto parecia ler minha mente e sempre se antecipava aos meus movimentos.

— Certo. E quando chega a parte em que o falcão me faz vir parar em Nova Saitama?

— Mas não foi ele quem fez isso. Foi um amigo seu.

— Amigo?

— Eu também fiquei surpresa em saber que tem relações sociais com alguém. Ele disse que o conhecia da explosão de Saitama e uma parte de seu corpo era coberta por cicatrizes de queimadura. Ele apareceu enquanto eu fugia e me disse que o levaria para um local seguro. Também disse que colocaria um feitiço em você que o deixaria impossível de ser rastreado, mas que isso o faria dormir por cinco dias, que era o tempo de duração do feitiço. Eu só consegui te encontrar porque esse seu amigo disse para eu aparecer em Nova Saitama após cinco dias. Depois foi só sentir o cheiro do seu medo.

— Então, foi... o Tetsu.

Caso encerado, caros leitores.

Não foi o falcão que me enviou para Nova Saitama, e não foi o golpe da garota de cabelo prata que me deixou desacordado por cinco dias. Tudo isso foi obra de Tetsu Tetsuya, o Assassino Intocável. Um hanyou, como Yuna Nate. E um antigo arqui-inimigo, eu acho.

Nunca pensei que justamente ele me salvaria de uma situação como aquela.

E não só a mim, ele também acabou salvando Nuwa, se pararmos para pensar.

— Eu não fui salva, pequena ovelha. Eu tinha tudo sob controle. Ele só tornou as coisas mais práticas. Aliás, depois que esse Tetsu apareceu e te tirou de lá, eu ainda tentei enfrentar os três shikigamis e eles deixaram minhas roupas deste jeito aqui. Mas, o que me encheu de ódio, é que eles fugiram quando a coisa iria ficar séria, e isso é imperdoável. Então, eu passei esses dias pesquisando bastante e acabei descobrindo o QG desse tal de NIP.

Phew, eu já sabia onde aquilo iria dar.

Mesmo assim, não contestei. Nem eu, nem ninguém, conseguiria impedir a Abelha Trovejante de fazer o que ela quisesse.

— Tudo bem, Nuwa. Só me deixe dormir mais cinco dias, antes. Eu estou só o pó.

A Imortal Yuna NateOnde histórias criam vida. Descubra agora