Capítulo 28

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Capítulo 28

Bella

Tudo acontece muito rápido, que mal tenho tempo de perceber o que está acontecendo em volta. Enquanto seguro Arthur desacordado em meus braços, a porta principal da casa se abre e Ahmar entra junto com Dimitri, Zack, os seguranças e a polícia.

— Eu preciso de uma ambulância. — Grito, desesperada. — Por favor não me deixe... por favor... eu preciso de você.

Jax, o namorado da Dafne corre para ela e a pega em seus braços a afastando de onde estamos. A equipe médica chega, eles tentam me afastar do Arthur, mas meu corpo não funciona, por mais que meu cérebro entenda que preciso sair do caminho, meu corpo não obedece.

— Bella, venha. — Ahmar me segura, me abraçando com força enquanto vejo os médicos trabalhando no Arthur.

— Por favor...

Um deles rasga a camisa dele, mostrando o buraco por onde a bala entrou, o sangue escorre pelo buraco sem parar. Tem tanto sangue, que não preciso ouvir o que eles estão dizendo para saber que a situação do Arthur é grave.

Os batimentos cardíacos estão muito baixos. — Um deles fala. — Prepare a equipe, temos que leva-lo para o hospital o mais rápido possível.

— O paciente está entrando em choque hipovolêmico.

— Por favor não me deixe... por favor...

Quanto mais eles falam, mais meu corpo treme e mais forte o aperto do Ahmar se torna em volta de mim. Nesse momento ele está me segurando para se manter firme, forcar na dor do outro é o que está nos mantendo em pé.

Por favor não me deixe... por favor não me deixe... por favor não me deixe.... por favor não me deixe... por favor não me deixe... por favar... por favor não me deixe... não me deixe...

A equipe de paramédicos coloca Arthur na maca e eles saem correndo, Ahmar e eu observamos a cena a distância, perdidos, é como se nossos pés se recusassem a obedecer por puro medo.

— Eu vou levar vocês até o hospital. — O namorado da Dafne diz, ela está chorando desesperada.

— Por favor não me deixe...

— Vou cuidar de tudo aqui, e então vou para o hospital. — Dimitri diz.

Dafne agarra minha mão conforme caminhamos para o carro e entramos, tem muitos fotógrafos do lado de fora que no momento em que passamos pelos portões, começam a tirar fotos, os flashes nos cegando. Ahmar fica no telefone durante o caminho todo.

Por mais rápido que Jax dirija, não é rápido o suficiente, o tempo se arrasta, é como se eu estivesse presa no inferno. Meu corpo está tremendo, mal consigo respirar, enquanto tremores de frio percorrem todo meu corpo. Quando olho para minhas mãos, vejo o sangue seco nelas, mesmo elas parecem instáveis, tremendo.

— Ele vai ficar bem. — Dafne murmura.

Esse é mesmo mantra que estou repetindo na minha cabeça desde que ouvi os disparos, desde que o amor da minha vida caiu em meus braços. Tudo o que cérebro consegue fazer é repetir as mesmas palavras.

No momento que chegamos no hospital os primos e a mãe do Arthur já estão aqui, Ana e Sunny me levam com elas para a sala de emergência. As pessoas a nossa volta me olham estranho, talvez seja todo o sangue preso a minha roupa e nas minhas mãos, ou talvez seja o fato de que possivelmente estou tendo um surto mental.

— Ela precisa de um médico. — Escuto uma voz conhecida, mas não me viro para olhar.

— Vamos te levar até a enfermaria...

Sentindo NovamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora