Capítulo 19

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ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS DE TORTURA


Capítulo 19

Arthur

Caminhamos mais uns metros pelo corredor, é quando um dos homens faz sinal para que a gente pare, ele aponta para o chão onde vemos um monte de pontas de pregos apontando para cima.

— O filho da puta preparou tudo, não sei se é uma boa ideia seguir por aqui. — Diz. — Se esse lugar é uma indicação do que ele é capaz, devíamos procurar uma outra saída.

— São apenas pregos. — Falo. — Vamos nos manter atentos, Augusto me garantiu que vocês sabem o que estão fazendo.

O cara bufa.

— Acha que o exercito prepara as pessoas para lidar com psicopatas? — Zomba. — Estou aqui como se segurança também, não acho que seja uma boa ideia.

— Está com medo? — Augusto pergunta a ele.

— Não, estou apenas agindo com a razão e não com a emoção. — Diz. — Isso foi muito fácil, entramos rápido, ninguém nos impediu, e quanto mais entramos nesse lugar, estamos vendo armadilhas, ele está nos guiando para dentro.

— Como?

— Eu sou o único que assiste filmes de terror aqui? É como se fosse uma armadilha, temos a chance de voltar, ou seremos atraídos mais para dentro, levados pela raiva e vamos acabar em uma daquelas caixas que prendem animais. — Fala. — Estamos sendo atraídos, motivados pela raiva.

— Bernardo não pensaria nisso. — Respondo.

— Tem certeza? Ou ele sabe que as únicas pessoas que procurariam uma entrada secreta seriam seus inimigos? Então ele deixa uma garota viva, um rasto de corpos, e deixaria os homens que entraram irritados, tão irritados que seguiriam o corredor, caindo em armadilha após armadilha.

Tenho que admitir que ele tem razão no que está dizendo, mas nós sabemos o que vem pela frente, não somos as mulheres despreparadas que estavam desesperadas para fugir deste lugar. Nós estamos aqui com um objetivo, e não vou sair daqui sem ter o filho da puta preso em um desses ganchos e morto da mesma forma que ele condenou essas mulheres.

— Ele tem um ponto, nós vamos seguir, mas vai ser lentamente e com cuidado. — Ordeno. — Quando chegar no final do corredor, se tiver uma porta, ninguém fica em pé ou perto dela.

— Por que? — Augusto pergunta.

— Eu também assisto filmes de terror. — Respondo.

Arrumo os meus óculos, e volto a caminhar, pulando a grande faixa de pregos no chão. Enquanto passo por ela, noto que tem pedaços de pele presos, e sangue, por um segundo penso ter visto a ponta de um dedo, mas decido que é melhor seguir, não vou me apegar a esse tipo de coisa.

— Se abaixem. — Mando, vendo um machado preso no teto, em algum lugar no chão tem algum gatilho que aciona a armadilha.

— Filho da puta. — Augusto diz.

Me abaixo e procuro no chão, encontrando uma elevação pequena no chão e pressionando, no momento que faço isso, não só o machado cai, como uma faixa de facas cai em linha reta no mesmo lugar, todas parando em pé e por pouco não pega minha mão.

— Espero que tenham pensado em uma boa tortura para o desgraçado. — O homem diz. — Ele não está pegando leve, você viu o dedo no chão?

— Acho que ele arrastou uma das mulheres, e ela se agarrou aos pregos em um ato desesperado. — Falo.

Sentindo NovamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora