Capítulo 15
Bella
— Sempre tem alguém tentando matar um membro dessa família, quando me casei, pensei que estava fugindo dos malucos que ficam tentando matar todo mundo, mas na verdade as coisas ficaram piores. — A mulher que conheci no hotel há um tempo, diz. — Vamos resolver isso.
Fico mais tranquila com suas palavras, o que é engraçado uma vez que mal a conheço. Ela se senta ao meu lado e dá tapinhas desajeitados na minha mão, tentando me acalmar.
— Onde o Arthur está? — Pergunto, tentando mudar o foco da minha mente.
— Quando Sunny ligou e contou que você tinha sido levada e a coisa da arma, Arthur ficou puto, ele surtou e ligou para o meu homem, e todos foram a sua procura. — Conta. — Já mandei uma mensagem para ele dizendo que você está aqui e segura.
— Obrigada, quando sai de lá não pensei em nada além de ir o mais longe possível. — Admito.
Ana me encara por um segundo, ela está me avaliando, tentando ler se estou dizendo a verdade ou não. Por um segundo seus olhos se estreitam em mim, e sua mão segura a minha com força.
— Entendo como é precisar de um tempo para processar seus pensamentos. — Concorda. — Para aonde te levaram?
— A casa onde passei uma parte da minha adolescência. — Não entro em detalhes, não quero falar sobre o que aconteceu.
— Deixa eu adivinhar, adolescência de merda com pais de merda? — Me surpreendo com seu jeito direto de falar e concordo. — Não vou te pressionar a me contar nada, fique tranquila.
— Obrigada. — Respondo, realmente me sentindo grata.
O celular dela apita e ela sorri para a tela, em seguida me mostra uma foto de dois homens dormindo com a boca aberta e com palitos de depilação saindo do nariz.
— Eu os conheço. — Falo.
— Eles são meus irmãos, somos trigêmeos e como você pode ver, fiquei com todo o cérebro. — Brinca me fazendo rir. — Ao que parece meus irmãos irritaram as minhas cunhadas.
— Será que não vai machucar eles? — Observo a foto.
— Elas são médicas, eles vão sobreviver. — Dá de ombros, o celular dela apita mais uma vez, dessa vez é um vídeo.
Quando ela começa a rodar o vídeo, as duas aparecem em frente a câmera, elas devem ter pedido para alguém gravar. Com um sorriso maldoso no rosto elas agarram ambos os palitos ao mesmo tempo e puxam, os homens acordam gritando alto, então ambos se olham e correm ao que acredito ser a direção do banheiro.
— Acho que eles estavam chorando. — Olivia fala.
— Agora eles aprendem a não agir como idiotas. — Responde Caroline, em seguida o vídeo corta.
Ana e eu estamos rindo muito, sempre que a risada começa a passar, ela volta o vídeo e nós duas começamos a rir novamente. E quanto mais assistíamos, mais detalhes percebemos, como o fato de que ambos realmente estavam chorando quando correram para o banheiro.
— Imagino como vai ser com elas aqui, todas nós reunidas para torturar nossos homens. — Diz empolgada.
— Como irmã é seu dever espalhar esse vídeo para toda a família. — Provoco.
Ela me dá um olhar animado, em seguida o substitui por um conspirador.
— Vou fazer isso, mas só depois de fazer o mesmo com Zack, ele tem me deixado maluca nos últimos dias. — Bufa.
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Sentindo Novamente
RomanceDescendentes do crime livro 3 Quando eu era criança, em meio a uma vida infernal, o meu passatempo favorito era me trancar no meu quarto e imaginar uma vida melhor. Eu não precisava de muito apenas, poder dormir a noite sem me preocupar com acordar...