Capítulo 18

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Capítulo 18

Arthur

Bella se encaixou fácil na minha família, ela e minha mãe se tornaram amigas facilmente, e quando minha tia Abby chegou, minha mãe e ela começaram a falar como conheceram os homens da família.

— Ela é uma boa garota. — Meu pai comenta. — E por mais difícil que seja, espero que esteja preparado para o que pode descobrir.

Olho para a TV, me incomoda a ideia da minha mulher ter sofrido tanto nas mãos de um idiota que deveria protege-la, alguém que entrou em sua vida mentindo e dizendo que estava lá para cuidar dela, e na verdade foi o monstro que destruiu o pouco que ela tinha.

— Já este tudo pronto. — Augusto fala, guardando o celular no bolso.

— Quem cuidou disso? — Nathan pergunta.

Augusto dá de ombros.

— Meus homens são eficientes, faz parte de se trabalhar com clientes de alto escalão.

— Bom, não sei o que Dominic pretende fazer. — Meu pai está preocupado com seu irmão e com minha prima, Charlie não merecia isso.

— Por falar nisso, eu gostaria de conhecer a noiva.

— Não tem nenhuma razão para falar com ela. — Mais uma vez meu pai está irritado e quer proteger minha prima.

— Tem sim, todos vocês estão focados no traidor, que esqueceram que ela está no centro disso, alguém tem que conversar com ela. Ver se ela tem ideia do que está acontecendo. — Augusto parece irritado. — Estão tão preocupados em protege-la, que esquecem que proteger também é contar a verdade.

Tenho que admitir que ele tem um bom ponto, Charlie não é uma criança, ela é uma adulta que entende o nosso mundo e sabe que muitas pessoas são más e baixas a ponto de fazer de tudo para conseguir o que quer. Dinheiro e poder têm sua forma de destruir até mesmo as melhores pessoas.

— Está certo. — Falo. — Vou ligar para ela, pedir que venha aqui amanhã, posso usar como desculpa apresentar ela a Bella.

— Bom, não queremos levantar suspeitas. — Meu pai concorda.

— Até lá, podemos focar no que vai acontecer hoje. — Peço. — Nada pode fugir do nosso controle.

— Não sou um amador, consegui a planta da casa. Bernardo é um filho da puta paranoico, ele tem algumas entradas escondidas, por sorte, a segurança delas são uma merda.

— Tem certeza? — Peço.

— Absoluta! Pessoas que tem esse tipo de entrada secreta falham na segurança delas, eles não esperam que ninguém as descubra. — Garante. — Por falar nisso, eu dei uma olhada nas propriedades, e já pedi para cuidarem de qualquer falha.

O telefone da Bella toca na mesa ao meu lado, penso em ignorar, uma vez que é um número desconhecido, mas acabo atendendo.

Esse telefone pertence a Bella? — A voz do outro lado da linha é jovem, e parece um pouco temerosa.

Ignoro o fato de a pessoa do outro lado da linha ter usado um nome que mais ninguém além de mim e dos amigos próximos dela usa.

— Eu sou o marido dela, quem gostaria?

Eu me chamo Clara, sou a responsável pela mãe dela na casa de repouso. — Informa a mulher.

Por um segundo fico em silêncio tentando absorver o que a mulher disse, achei que a mãe da Bella estivesse morta. Nas poucas vezes que Bella e eu conversamos sobre sua mãe, ela nunca se referiu a mãe como se ela estivesse viva.

Sentindo NovamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora