Capítulo 13
Arthur
— Arthur... — Dafne ofega surpresa.
Meu pai não demonstra nenhuma reação, mesmo sabendo que teremos uma conversa longa mais tarde. Ele não é meu foco nesse momento, o meu foco é a mulher venenosa que acha que ter o mesmo sangue nos torna irmãos.
— Não, você vai calar sua boca e me deixar falar. — Falo, não me importo se estou sendo maldoso com ela ou não. — Em primeiro lugar, você não tem que achar alguma coisa sobre meu relacionamento com a Bella, tudo o que tem que fazer é ficar quieta e aceitar que você não é nada para mim, então não tem direito de me dizer o que é bom e o que é ruim. Em segundo lugar, não me chame de irmão, sangue não define família, não somos irmãos, você pode enganar meu pai e quem mais souber dessa palhaçada, mas não me engana.
— Eu sou...
— Filha do homem que tentou me matar? Um tipo de espiã que está aqui com o interesse de ajuda-lo contra minha família e eu? — Ofereço, em seguida dou risada. — Não sou tão estúpido como pensou, não é?
— Eu posso explicar. — Chora.
— Sim, pode, mas não quero ouvir. — Dispenso. — Não acredito em você, e devo dizer que não precisei de fonte nenhuma para juntar um mais um, porém, agora que sei por onde começar, vou até o final disso.
— Não sou uma pessoa má. — Limpa as lágrimas. — Fui pega em um jogo, e até o momento, fiz tudo o que pude para te manter seguro, você e sua família.
A forma como ela diz a palavra seguro me faz pensar que o atirador que capturamos não tenha cumprido seu trabalho a pedido dela.
— O tiro que levei, foi coisa sua? — Pergunto.
Bella ao meu lado aperta minha mão, sinto sua tensão com a menção do atentado que sofri.
— Pedi um favor, ele não te matou a meu pedido, era para te avisar que algo estava vindo. — Dafne fala.
Meu pai a encara, como se só agora estivesse vendo o tipo de pessoa que ela realmente é. Quem sou eu para dizer que ele ficou do lado errado, e que a verdade sobre essa víbora vai aparecer?
— Como é que é? Você mandou alguém atirar no meu filho? — Meu pai rosna com raiva. — Isso foi longe demais.
— Sim, foi mesmo. — Caminho até a porta. — Você está demitida, não te quero na empresa, e nem perto de mim.
— Por favor. — Implora.
— Seque suas lágrimas, não vou amolecer com seu show.
— Arthur? — Bella me chama baixinho, segurando sua mão caminhamos até o elevador.
— Estou bem, só preciso ficar longe dela. — Falo, apontando para a porta onde meu pai e Dafne ainda estão conversando.
Não sei quantas vezes apertei o botão do elevador, mas quando as portas se abrem, respiro aliviado em colocar uma distância entre eles e eu. Bella está me encarando, ela está preocupada comigo, e ainda assim, se mantém em silêncio com medo da minha reação.
— Não acho que a demitir seja uma boa ideia. — Murmura.
A encaro, esperando por sua explicação.
— Por que você pensa assim?
— É mais fácil manter um olho nela estando por perto do que longe, e se o pai dela quer te ferir, não é melhor fingir que está tudo bem e que não sabe de nada?
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Sentindo Novamente
RomansaDescendentes do crime livro 3 Quando eu era criança, em meio a uma vida infernal, o meu passatempo favorito era me trancar no meu quarto e imaginar uma vida melhor. Eu não precisava de muito apenas, poder dormir a noite sem me preocupar com acordar...