Capítulo 8

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Capítulo 8

Bella

Escuto a respiração baixa do Arthur contra o meu cabelo, ele está me segurando com força contra seu corpo, como se não quisesse que eu fugisse. Notei a forma como ele me olhava enquanto preparava o jantar, é como se estivesse com medo de eu desaparecer.

Também tenho que dar crédito a ele, mesmo comigo agindo como se não me importasse em estar aqui ou em outro lugar, Arthur tem me feito sentir em casa. Me sinto segura quando estou com ele, ainda mais quando estou em seus braços.

É estranho me sentir assim com ele depois de tanto tempo, sempre que pensei no Arthur, as memórias do nosso passado eu me sentia em casa. Quando ele se foi, me vi presa em uma vida horrível sem ter como fugir, com pessoas que me odiavam e que fizeram de tudo para me ferir.

Com calma me afasto dele e o deixo sozinho, vou para o quarto que ele me mostrou ontem a noite e entro no banheiro. Tiro minhas roupas e tomo um banho rápido, depois me troco e coloco um vestido floral e um chinelo, desço e começo a preparar o café da manhã.

A cozinha desse lugar é incrível, quando eu era mais jovem sempre sonhei em ter uma casa grande com uma cozinha dessas, onde toda a minha família se reuniria para refeições e conversar. O problema nos meus sonhos são justamente a parte da família, tirando Vitória e sua família, não tenho ninguém.

— Acordou cedo. — Arthur me assusta ao entrar na cozinha e se sentar na ilha.

— Não sou boa em dormir até tarde, me acostumei com as horas de trabalho malucas. — Respondo.

Entrego uma xícara com café para ele, e me volto para o fogão. Termino as panquecas, e os ovos, e sirvo em dois pratos, em seguida pego o bacon do forno e adiciono no prato.

Arthur come em silêncio, fazendo pequenos gemidos de apreciação.

— Isso está muito bom. — Elogia.

Dou de ombros.

— Obrigada, no fim das contas acho que minhas habilidades do passado ainda estão funcionando. — Me levanto e começo a colocar a louça na máquina. — Quais são os planos para o dia?

Ele se recosta na cadeira e me encara.

— Não planejei nada, achei que você deveria escolher o que quer fazer. — Diz.

— Vou precisar da sua ajuda para isso, você é a pessoa que conhece tudo por aqui. — Lembro.

Ele pensa por um momento, então sorri.

— Venha, eu já sei o que faremos.

Segurando minha mão ele me puxa para fora da casa, onde um JIP vermelho está nos esperando, depois de me ajudar a entrar no carro, Arthur dá a volta e começa a dirigir. Me inclino e ligo o rádio, a música Older That I am está tocando, começo a cantá-la baixinho, apreciando a letra.

Não percebo que chegamos até que Arthur chama meu nome e eu me viro para encontrar sua expressão preocupada. Forço um sorriso, deixando de lado a melancolia imposta pela música e saio do carro.

— O que vamos fazer? — Peço.

— Acho que você vai gostar. — Ele mal termina de falar e escuto o barulho de cavalos. — Venha.

Arthur me leva para uma construção, onde ele me entrega um par de botas de montaria, nós dois colocamos as botas, então mais uma vez, sou arrastada para um celeiro, onde dois cavalos grandes com o pelo preto, estão nos esperando já selados.

— Precisa de ajuda? — Oferece.

Nego e subo no cavalo, Arthur é mais habilidoso do que eu e parece um príncipe em cima do cavalo.

Sentindo NovamenteOnde histórias criam vida. Descubra agora